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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Aliados vão cobrar de Kassab apoio do PSD

Política

Amazonas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são alguns dos raros lugares em que o partido estará solto para construir o projeto eleitoral que bem entender

Gilberto Kassab Gilberto Kassab (André Vicente/Folhapress)
Depois de contar com a ajuda preciosa de governadores e líderes políticos de vários partidos para construir seu PSD ao longo do ano passado, 2012 chega para o prefeito de São Paulo e presidente da nova legenda, Gilberto Kassab, como a hora do acerto de contas. O pagamento pela boa vontade dos aliados virá nas eleições municipais deste ano, com o PSD dando apoio aos candidatos dos padrinhos que o ajudaram Brasil afora.
Será assim na Bahia do governador petista Jacques Wagner, que cedeu ao partido de Kassab até seu vice Otto Alencar, um ex-carlista cooptado pelo PT. Lá, o PSD vai trabalhar pela candidatura do petista Nelson Pelegrino a prefeito de Salvador.
No Rio de Janeiro, a gratidão ao apoio sem exigências do governador Sérgio Cabral (PMDB) virá na campanha pela reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB). A situação se repete em Pernambuco, onde a ordem é seguir as instruções do governador Eduardo Campos (PSB), especialmente quando o assunto é a prefeitura do Recife.
Será assim também no Ceará, onde o governador socialista Cid Gomes ajudou a montar o PSD. A operação cearense foi comandada pelo irmão do governador e ex-candidato a presidente Ciro Gomes, que sangrou o PSDB do ex-aliado Tasso Jereissati para engordar a nova legenda.
Apoio tucano - A extensa lista de credores inclui ainda o PSDB. No Pará, o maior aliado de Kassab na construção do PSD foi o governador tucano Simão Jatene.
Da mesma forma, no Paraná do governador Beto Richa, o partido nasceu como força política auxiliar do PSDB. Em Minas Gerais, a sigla já surgiu abrigada no secretariado do governo tucano de Antonio Anastasia, quando o secretário de Gestão Metropolitana e deputado federal Alexandre Silveira trocou o PPS pelo PSD.
Não por acaso, a exceção ao quadro geral é São Paulo, onde Gilberto Kassab acumula o comando do PSD nacional, com o estadual e o municipal. É em território paulista que ele tem de garantir, desde já, sua sobrevivência política em 2014.
Um de seus aliados diz que foi diante da dificuldade de obter espaço no projeto futuro do tucanato que ele fez aceno ao PT. A expectativa é de amarrar o quanto antes a vaga ao Senado por São Paulo.
Voo solo - Os casos em que o PSD estará solto para construir o projeto eleitoral que bem entender são raros. As exceções são Amazonas e Santa Catarina, únicos Estados comandados por governadores do PSD: Omar Aziz e Raimundo Colombo, respectivamente. A regra também vale para o Rio Grande do Sul, onde a legenda se formou sem o apoio de nenhuma liderança gaúcha importante. Se o partido ganhar na Justiça o direito de levar os votos e o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão dos que migraram de outras legendas, o projeto é lançar a candidatura do deputado federal Danrlei de Deus, em Porto Alegre.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/aliados-vao-cobrar-de-kassab-apoio-do-psd

Aprendizado

Pais e professores, uma relação difícil

São comuns os conflitos acerca da responsabilidade de cada um na formação das crianças. A solução está na aproximação entre as partes

Nathalia Goulart
Thinkstock (Thinkstock)
A relação entre pais e professores inclui, já faz algum tempo, boa dose de tensão. O assunto voltou à tona com força no fim do ano passado, quando um professor americano chamado Ron Clark resumiu as reclamações de boa parte dos mestres da seguinte maneira: professores não são babás de alunos, ao contrário do que pensam seus pais. Ele acusa os pais de repassar à escola suas responsabilidades, recusando, contudo, as regras impostas pela instituição educadora. Seu artigo, chamado "O que os professores realmente querem dizer aos país", tornou-se o segundo mais compartilhado no Facebook em 2011 (o primeiro trata do desastre da usina de Fukushima, no Japão), trocado mais de 630.000 vezes – prova de que a discussão é, no mínimo, pertinente. O texto ecoou em outros países e também no Brasil. "Por aqui, os pais perderam a habilidade de impor limites a seus filhos. Agora, tentam impor limites à escola, interferindo na atividade dos professores", diz a educadora Tânia Zagury, autora do livro Escola sem Conflito: Parceria com os Pais. De acordo com uma pesquisa realizada pela escritora, 44% dos professores apontam a ausência de limites como causa principal da indisciplina em sala de aula: um quinto dos profissionais responsabiliza a família pelo problema.
Do outro lado da linha, os pais também reclamam de intromissões da escola em disposições que acreditam justas. É o que vive a empresária Marcela Ulian, de 34 anos, mãe de um garoto de 6 anos – o nome dele, assim como o da instituição, um renomado colégio privado paulistano, serão omitidos a pedido da empresária. Há alguns meses, Marcela contesta uma determinação da escola que proíbe alunos de portar dispositivos eletrônicos, como celular ou tablet, no interior da instituição. "As crianças não podem ficar alheias às novas tecnologias. Acho inclusive que os professores podem ensinar que aqueles aparelhos podem servir como material educativo", diz Marcela. Não houve acordo. Para a escola, é em casa que as crianças devem aprender a fazer uso dos aparelhos. "Continuo não concordando com a escola e seguirei tentando provar que estou certa."
Não raro, as queixas de um lado e de outro são mais severas; outras revelam exageros flagrantes. Há, por exemplo, relatos de professores contestados por pais porque atribuíram uma nota baixa a um aluno, ou por tê-lo repreendido por comportamento inadequado. Preocupados com as reclamações de parte a parte, educadores se debruçaram sobre a questão. Descobriram duas razões principais para os desentendimentos. A primeira é uma transformação sofrida pela engrenagem familiar, fruto das mudanças sociais dos últimos 50 anos. Um exemplo disso: nesse período, as mulheres, tradicionalmente encarregadas de acompanhar o crescimento das crianças em casa, ganharam definitivamente o mercado de trabalho, distanciando-se da antiga função. "A consequência disso é que as escolas passaram a ser responsáveis também pela educação moral das crianças. A família moderna demandou isso delas", diz Maria Alice Nogueira, educadora e especialista em sociologia da educação.
A segunda razão envolve um movimento em sentido oposto: a intromissão dos pais em assuntos sobre os quais as escolas antes mantinham monopólio. À medida que as famílias perceberam que a ascensão nos bancos escolares é sinônimo de ascensão social e econômica, passaram a cobrar mais de instituições e professores, que antes davam as cartas na sala de aula – não por acaso, "mestre" é uma designação que quase não se aplica mais a professores. "O êxito proveniente da educação formal levou a família a interferir nos assuntos escolares", diz Maria Alice.
Excetuados os exageros, os educadores de olho na questão alertam que a nova realidade exige nova atitude. "O que ouço dos docentes em momentos como esse é aquela velha história de que, antigamente, eles eram mais respeitados", diz a educadora Elaine Bueno. "Esse é um discurso velho, pois os tempos mudaram: os pais não enxergam mais o professor e a escola como autoridades inquestionáveis. Eles precisam aceitar isso e prestar contas de seu trabalho."
O caminho da convivência harmoniosa exige trabalho intenso de pais e professores, garantem escolas que já o perseguem. Entre as lições aos professores (confira o quadro abaixo), estão orientações como jamais desqualificar ações dos pais diante dos filhos. É o que prega Sylvia Figueiredo, sócia-fundadora do colégio Castanho Lourenço, de São Paulo. Certa vez, ela descobriu que uma mãe fazia o dever de casa do filho. "Em nenhum momento, desmereci a atitude da mãe diante do menino, apesar de estar certa de que a conduta dela interferia negativamente no desempenho dele", conta. O assunto foi tratado em uma conversa a portas fechadas, cara a cara, entre a educadora e a mãe. "É preciso muito treinamento para lidar com os pais. A relação é uma bomba-relógio e pode explodir a qualquer momento se você puxa o fio errado na hora de desarmá-la." Aos pais, em situações como essa, cabe a lição de ao menos ouvir atentamente a posição do educador.
O esforço vale a pena. A harmonia entre as partes é valiosa para a educação – é o que apontam estudos na área. Uma pesquisa encabeçada pela Fundação Getulio Vargas, por exemplo, mostra que os efeitos da presença dos pais na vida escolar se fazem notar por toda a vida adulta. Na infância e na adolescência, a participação da família está associada a notas até 20% mais altas e riscos de evasão até 64% inferiores. "Gostamos de deixar claro aos pais que a interferência deles no processo educativo é saudável. Mas ambas as partes precisam estar abertas ao diálogo", diz Celina Cattini, diretora geral do Colégio Visconde de Porto Seguro. "Muitos professores sentem saudade do tempo em que os pais respeitavam a autoridade da escola. Mas é preciso lembrar que aqueles eram tempos em que havia respeito, mas não havia interação entre escola e família: isso não é bom para as crianças." Celina tem razão.
Com reportagem de Renata Honorato
 http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/pais-e-professores-uma-relacao-dificil#quadro1

Professores são educadores, não babás

Entrevista: Ron Clark

Autor do 2º artigo mais compartilhado no Facebook em 2011, americano diz que pais desrespeitam regras de escolas, pondo em risco o futuro dos filhos

Nathalia Goulart
Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores (Divulgação/Ron Clark Academy)
"Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade"
O segundo artigo mais compartilhado em 2011 por usuários americanos do Facebook foi escrito por um professor, Ron Clark (o primeiro trazia fotos da usina de Fukushima). Mais de 600.000 pessoas curtiram o texto na rede, escrito a pedido da rede de TV CNN e intitulado "O que os professores realmente querem dizer aos pais". O artigo descreve um cenário de guerra, travada entre pais e professores. Na visão de Clark, os pais vêm transferindo suas responsabilidades para a escola, sem, contudo, aceitar que seus filhos se submetam de fato às regras da instituição. Por isso, assim que surge a primeira nota vermelha ou uma advertência, invadem a sala de aula culpando os professores – a pretexto de preservar a reputação e o orgulho de seus filhos. "Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças", diz o professor, na entrevista concedida a VEJA.com e reproduzida a seguir. "Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas." Clark conhece sua profissão. Aos 39 anos, vinte deles dedicados à carreira, o americano já lecionou na zona rural da Carolina do Norte, nos subúrbios de Nova York e atualmente comanda uma escola modelo no estado da Geórgia que oferece treinamento a educadores. Graças à função, manteve, desde 2007, contato com cerca de 10.000 educadores de diversas partes do mundo, incluindo brasileiros.
Em seu artigo, o senhor fala de um ambiente escolar em que pais e professores não se entendem mais. O que tornou a situação insustentável, como o senhor descreve? A sociedade se transformou. Hoje, vemos pais muito jovens, temos adolescentes que se veem obrigados a criar uma criança sem ao menos estarem preparados para isso. São pessoas imaturas. Por outro lado, temos famílias abastadas, em que pais trabalham fora e são bem-sucedidos profissionalmente. Pela falta de tempo para lidar com os filhos, empurram toda a responsabilidade da educação para a escola, mas querem ditar as regras da instituição. Ou seja, eles querem que a escola eduque, mas não dão autonomia a ela.
Que tipo de comportamento dos pais irrita os professores? Acho que o ponto principal são as desculpas que os pais criam para livrar os filhos das punições que a escola prevê. Se um aluno tira nota baixa, por exemplo, ou deixa de entregar um trabalho, os pais vão à escola e descarregam todo tipo de desculpa: dizem que o filho precisava se divertir, que a escola é muito rigorosa ou que a criança está passando por um momento difícil. Ou, ainda, culpam os professores, dizendo que eles não são capazes de ensinar a matéria. Mas nunca culpam seus próprios filhos. É muito frustrante para os professores ver que os pais não querem assumir suas responsabilidades.
Problemas com notas são bastante frequentes? Sim. Certa vez tive uma aluna que estava indo mal em matemática. A mãe dela justificou-se dizendo que, na escola em que a filha estudara antes, ela só tirava boas notas, sugerindo, assim, que o problema éramos nós, os novos professores. Infelizmente, essa ideia se instalou na nossa sociedade. Se a nota é boa, o mérito é do aluno; se é baixa, o problema está com o professor. E quando as notas ruins surgem, os pais ficam furiosos com os professores. O resultado disso é que muitos profissionais estão evitando dar nota baixa para não entrar em rota de colisão com os pais, que nos Estados Unidos chegam a levar advogados para intimidar a escola.
Os pais poupam os filhos de lidar com fracassos? Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade. Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas. Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças.
Que conselho o senhor dá aos professores? É possível evitar que os pais surtem diante de notas ruins e do mau comportamento dos filhos se for construída uma relação de confiança. Em vez  de só procurar os pais quando as crianças vão mal na escola, oriento que os professores conversem com os responsáveis também quando a criança vai bem. Na minha escola, procuro conhecer os pais de todos os meus alunos. Procuro encontrá-los com frequência e envio cartas a eles com boas notícias. Assim, quando tenho que dizer que a criança não está rendendo o esperado, eles me darão credibilidade e confiarão na minha avaliação.
É possível determinar quando termina a responsabilidade dos pais e começa a da escola? As duas partes precisam trabalhar em conjunto. Os pais precisam da escola e a escola precisa do apoio da família para realizar um bom trabalho. Um conselho que sempre dou aos pais é que nunca falem mal da instituição de ensino ou do professor na frente dos filhos. Se a criança ouve os próprios pais desmerecerem seus mestres, perde o respeito por eles. O contrário também é verdadeiro. Os professores precisam respeitar os pais, porque eles são parte fundamental na educação de uma criança.
Em algumas situações a discussão sobre responsabilidades da família e da escola surge com muita força. Em casos de bullying, por exemplo, pais e professores trocam acusações. Sobre quem recai a maior parte da responsabilidade nesses casos? A minha resposta novamente é que precisamos trabalhar em conjunto. Quando o bullying acontece na escola, é obrigação dos professores intervir imediatamente. Mas muitos não agem assim porque querem evitar conflitos com os pais. E isso é muito grave. O bullying está devastando nossas crianças. Precisamos combatê-lo. Para que os professores tenham liberdade para agir, precisam do apoio dos pais. Mas você sabe o que acontece? Muitas vezes, quando os pais são chamados na escola para serem alertados de que seu filho está praticando bullying contra um colega de classe, o que ouvimos é: "Mas qual o problema disso? Tenho certeza de que outros colegas também zombam do meu filho e ele não se sente mal por isso." Mais uma vez, vemos os pais se esquivando da responsabilidade.
A que o senhor atribui o sucesso do artigo que estourou no Facebook? Eu escrevi o que todos os professores tinham vontade de dizer aos pais, mas não podiam dizer, porque isso os enfureceria. O que eu fiz foi dar voz a milhões de profissionais. Fiquei sabendo que muitas escolas imprimiram o texto e enviaram uma cópia a cada família. Na internet, pessoas de outros países também compartilharam a minha mensagem.
O senhor criou uma escola modelo, a Ron Clark Academy. Como é a relação de seus professores com os pais? Procuramos estabelecer uma relação próxima. Como eu disse, estamos constantemente em contato com os pais, nos bons e nos maus momentos. Também promovemos encontros semanalmente, nos quais ofereço aos pais a oportunidade de assistir a uma aula na escola, destinada exclusivamente a eles, para que acompanhem o que está sendo ensinado a seus filhos. Ou seja, trabalhamos muito para conquistar uma relação harmônica. Não estou dizendo que é fácil lidar com os pais. Alguns deles podem ser bem malucos.
O senhor, na sua escola, recebe professores de diversas partes dos Estados Unidos e tambem de outros países, como o Brasil. Além dos problemas de relacionamento com os pais, do que mais professores de todo o mundo reclamam? As avaliações tiram o sono dos professores. Não sei exatamente como funciona no Brasil, mas nos Estados Unidos os professores são constantemente cobrados a melhorar o desempenho de suas escolas em testes padronizados. E todo o processo educacional passa a girar em torno de algumas provas. Isso é massacrante, para os alunos e para os professores. Os professores precisam de mais diversão na sala de aula.
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/pais-e-professores

Wagner e o traficante


Nas asas do tráfico
Com 22 anos de magistratura nas comarcas criminais da Bahia (e muitas passagens polêmicas), a juíza Olga Regina Guimarães lançará hoje um livro que promete trazer muita dor de cabeça para Jaques Wagner.
Batizado de O preço amargo da calúnia, o livro relata episódio ocorrido em 2002, quando Wagner, então candidato ao governo baiano, voou no avião do narcotraficante colombiano, Gustavo Duran Bautista, preso no Uruguai em 2007 com meia tonelada de cocaína.
Apesar de levantar a polêmica, o livro alivia a barra de Wagner quando Olga diz acreditar que o petista voou no jato sem saber que o dono era traficante. Gustavo se passava por um promissor fazendeiro no estado. Os adversários de Wagner estão vibrando com o livro.
Por Lauro Jardim
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/brasil/wagner-e-o-traficante/

Produção industrial avança 0,3% em 2011

Conjuntura

Dados do IBGE mostram que a produção cresceu 0,9% em dezembro - estimulada, sobretudo, pelos bons resultados do primeiro trimestre

Produção industrial cresce apenas 0,3% em 2011 e sofre pela desaceleração do setor automotivo Produção industrial cresce apenas 0,3% em 2011 e sofre pela desaceleração do setor automotivo (Germano Luders)
A produção industrial brasileira fechou 2011 com modesto crescimento de 0,3%, informou nesta segunda-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é bem abaixo do crescimento de 10,5% registrado em 2010, quando acumulou a maior variação positiva em 24 anos. O resultado acumulado de do ano passado ficou dentro do esperado por analistas, que previam aumentos de 0,20% a 0,50%, e em linha com a mediana projetada para o período, de 0,3%.
Em dezembro de 2011, o índice cresceu 0,9% frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após ter registrado ligeira variação positiva de 0,2% em novembro. Na comparação com dezembro de 2010, a produção da indústria teve queda de 1,2%.
Setores - Entre as categorias industriais, o segmento de bens de capital foi o principal destaque, sustentado principalmente pelo avanço na produção de bens de capital para transportes. Já o segmento de bens de consumo duráveis acabou sendo pressionado pela queda na fabricação de automóveis, exerceu a influência negativa mais relevante.
O avanço de 0,9% da atividade industrial na passagem de novembro para dezembro foi reflexo de um movimento de recuperação da indústria, que alcançou 16 dos 27 ramos pesquisados e todas as categorias de uso. Entre os setores, a principal influência positiva veio de veículos automotores, com avanço de 5,2%, após recuar 13% em setembro de 2011. Segundo o IBGE, a principal razão do recuo foi a concessão de férias coletivas em várias empresas do setor - que, por sua vez, ocorreram devido à forte queda na demanda por automóveis.
Entre os demais impactos positivos do índice, na comparação mensal, estão os segmentos de alimentos (3,9%); equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (16,8%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,4%); máquinas e equipamentos (2,1%); outros equipamentos de transporte (2,4%); e celulose e papel (1,3%). Por outro lado, entre as 11 atividades que reduziram a produção, os desempenhos de maior importância foram edição e impressão (-4,0%), vestuário e acessórios (-9,4%), que praticamente eliminou a expansão de 9,5% verificada no mês anterior, têxtil (-4,6%), produtos de metal (-2,0%) e borracha e plástico (-1,8%).
A desaceleração da indústria pode ser notada de maneira ainda mais clara por meio dos índices trimestrais. Nos três primeiros meses do ano, o avanço foi de 2,8%, uma vez que o segundo não passou de 0,6% e, no terceiro, ficou em 0%. O recuo mais expressivo foi verificado no quarto trimestre, quando a atividade industrial caiu 2%.
 http://veja.abril.com.br/noticia/economia/producao-industrial-avanca-0-3-em-2011

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Para historiador, rigor de Dilma é “pura fantasia”

Por GAbriel Manzano, no Estadão:
A ideia de que a presidente Dilma Rousseff é uma boa gestora, como anunciam seus aliados e indicam as pesquisas de opinião, “decorre não de seus méritos, mas da baixa consciência política dos cidadãos”, afirma o historiador Marco Antonio Villa, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Para ele, “não faz sentido considerar boa gestora uma presidente que está permanentemente em conflito com sua própria equipe, afastando auxiliares e, ao mesmo tempo, deixando de ir até o fim na apuração das denúncias”.
Essa mistura de má gestão com alto prestígio ocorre, segundo ele, “porque o Brasil é um país que foge inteiramente dos parâmetros”. A participação política dos cidadãos “é mínima e vive de espasmos, depois dos quais tudo volta logo à rotina”, acrescenta. Villa entende que, à parte o ato formal de se votar em eleições, a democracia “ainda está muito longe de se consolidar no País”.
Dizer que a presidente é uma grande gestora, diz ele, “é apenas mais uma invenção do PT”. Sua visão do petismo é que, assim como o partido inventou a falsa ideia de que foi o primeiro partido de trabalhadores, agora inventou que Dilma é uma grande gestora. “O PT tem conseguido construir sua própria história política, porque é o partido das invenções”, conclui.
Villa menciona desde iniciativas “importantíssimas” que foram para a geladeira, como o trem-bala, até projetos prioritários como a construção de creches, que praticamente não saiu do papel, além do ritmo lento do Minha Casa, Minha Vida, como “exemplos de uma gestão confusa e ineficaz”, que deixam claro que “sua fama de boa gestora é só propaganda”. A entrega das creches “revela, se não o desinteresse, a incapacidade do governo, e a construção de casas vai aos trancos e barrancos. Mas, do outro lado, o BNDES repassou bilhões a grandes empresas, para iniciativas nem sempre prioritárias”.
O historiador descreve como “pura fantasia” a ideia de que Dilma é “muito rigorosa” nas cobranças. “Se fosse, já teríamos gente punida, e a punição tornada pública, na leva das demissões por escândalos que atingiram seis ministérios.” Ao contrário, o que se viu, conclui, foram “elogios incabíveis aos demitidos” nas cerimônias de troca.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/para-historiador-rigor-de-dilma-e-pura-fantasia/

Dilma, a mãe durona e incompetente. Ou: Relação de brasileiros e de imprensa com o governo nunca foi tão infalizada! Freud complica!

30/01/2012
às 16:17
Sugiro ao leitor que faça depois uma pesquisa na área de busca do blog, à direita da foto deste escriba (preciso trocar, agora que deixei a cabeleira crescer…) com as palavras “creche Dilma primeiro ano” (sem as aspas). Vejam lá o resultado. Venho fazendo a conta do estelionato eleitoral da presidente desde… bem, desde fevereiro do ano passado, e ela estava apenas no segundo mês de mandato.
No dia 22 de fevereiro do ano passado, escrevi um texto intitulado “Dilma, o dividendo, o divisor e o quociente do estelionato eleitoral”, de que reproduzo um trecho (em azul):
Dilma prometeu entregar 3,288 quadras esportivas em escolas neste ano. No dia 1º de janeiro, isso significava 9,01 por dia. Como não se fez nenhuma, agora, já são 10,5. Também garantiu construir 1.695 creches só em 2011 - 5 mil até 2014. São 5,42 creches a cada um dos 313 dias que faltam para encerrar o ano. Também neste ano, asseverou que seriam feitos 723 postos de policiamento comunitário -2,31 por dia agora. Unidades Básicas de Saúde seriam 2.174 neste ano: 6,95 por dia a partir de hoje. E, claro, há as UPAs, aquelas capadas pela metade: agora há 313 dias para entregar 125 unidades: 0,4 por dia.
Ao fim desta terça, Dilma terá deixado de entregar:
- 10,5 quadras;
- 5,42 creches;
- 2,31 postos policiais;
- 6,95 Unidades Básicas de Saúde;
- 0,4 UPA
Dilma ruim de serviço
Os petralhas ficavam sempre muito bravos. “Como? Você já está cobrando?” Ora, parodiando Camôes, para tão grande obra, tão curto o mandato, não é? Como demonstrei no dia
26 de setembro do ano passado, Dilma é muito ruim de serviço. E não é de hoje. Toda a infra-estrutura brasileira, que patina no atraso, especialmente portos, aeroportos e estradas, estava sob o seu domínio no governo Lula. Desde quando ministra, ela sempre FOI MUITO COMPETENTE EM CRIAR A FAMA DE QUE É COMPETENTE. E assim foi avançando…
A imprensa, no geral, é fascinada por essa imagem da “Dilma mandona, que faz e acontece”. O Estadão de domingo fez uma edição particularmente interessante. Na página A4, lia-se: CEO do governo”, Dilma escala Gerdau para cobrar ministros e definir metas. Deixo para a ironia da história o fato de ser um empresário o homem encarregado, no Partido dos Trabalhadores, de cobrar eficiência dos companheiros… A matéria seguinte, na página A8, tinha este título: Broncas em público, rotina do Planalto. Éramos então informados de que Dilma não se constrange em fazer os ministros passar carão. Dá bafão mesmo! Huuummm… A terceira reportagem a abrir uma página de política, na A10, informava: Governo fecha 1º ano sem concluir nenhuma creche. Entendo.
Com qual Dilma você fica, leitor? Com a que sai distribuindo pitos, que chama o Poderoso do Bairro Peixoto para puxar a orelha de todo mundo, ou com aquela nossa velha conhecida, que promete a enormidade de 1.695 creches só no primeiro ano — 6 mil em quatro anos!!! — e que encerra 2011 sem entregar um miserável prédio de pé? Com a que prometeu acrescentar dois milhões de casas àquele milhão do programa “Minha Casa, Minha Vida” ou com a Dilma de verdade: tudo o mais constante, os três milhões de unidades só serão entregues daqui a uns 20 anos?
Talvez seja o nosso lado sentimental, não sei… Quem sabe haja algo de coletivamente edipiano nessa relação… O fato é que a imprensa, na média, é fascinada por homens sensíveis e por mulheres enérgicas. Sempre se apreciou em Lula o seu lado meio bonachão, um tanto amoroso, tendente ao confessional — tudo devidamente estudado e calculado pelo marketing petista. Mas ele sempre foi muito convincente no papel. Chora com impressionante facilidade. Há, curiosamente, algo de feminil em sua personalidade rascante. Já na Soberana se apreciam as supostas características que fogem ao estereótipo feminino: autoritária, ríspida, durona. E tudo faz um enorme sentido.  Não por acaso, os homens aderiram a Dilma antes das mulheres… Saudade da autoridade materna: “Lavou as mãos, moleque? Tomou banho? Limpou as orelhas? Chacoalhe bem o pipi depois de fazer xixi pra não sujar a cuequinha…”
A relação da média dos brasileiros e de amplos setores da imprensa com o governo nunca foi tão infantilizada, desde o primeiro mandato de Lula. Até o jornalismo tende a hostilizar os políticos movidos pelo racionalismo e por cálculos frios. Prefere a abordagem amorosa, extremada, seja o afeto do pai generoso (Lula), seja o rigor da mãe cobradora (Dilma). Nesse ambiente, dane-se a eficiência. Convenham, nas famílias, esse não é um critério de aceitação ou rejeição…
Isso tudo explica por que se escreveram quilômetros de texto ironizando o “FHC intelectual”, mas sempre pareceu um crime fazer blague com a ignorância afirmativa e propositiva de Lula.  
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-a-mae-durona-e-incompetente-ou-relacao-de-brasileiros-e-de-imprensa-com-o-governo-nunca-foi-tao-infalizada-freud-complica/

"Um vacilo é o bastante para uma recaída", diz ex-viciado

Crack

Luciano está há dois meses em uma clínica pública. Ele precisa enfrentar a solidão e a angústia para não desistir do tratamento no meio do caminho

 

Falta pouco mais de uma semana para Luciano*, de 23 anos, deixar a clínica onde está se tratando da dependência de crack, álcool e cocaína. Nessa reta final, ele se concentra para encarar novamente as ruas, onde encontrará um bar em cada esquina, cigarros sempre à mão e os colegas que seguem consumindo drogas. Tem diante de si o desafio de evitar frustrações e conflitos, "gatilhos" que o fizeram voltar para as drogas depois da primeira internação, há mais de um ano. "O seu corpo fica limpo, mas a sua mente vai se lembrar da droga para sempre. Um vacilo é o bastante para você ter uma recaída", diz.
Luciano está em tratamento há dois meses no Serviço de Atenção Integral ao Dependente (SAID), clínica pública gerida pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Hospital Samaritano, em Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo. Desde a sua inauguração, em 2010, o local recebe, prioritariamente, pacientes provenientes da Cracolândia - região do bairro da Luz sob forte policiamento desde o dia 3 de janeiro, dentro da Operação Centro Legal. A prefeitura afirma que a operação - com abordagem e encaminhamento de dependentes para tratamento - acontece desde 2009.
O rapaz procurou ajuda num posto de saúde por conta própria. Estava há três dias sem comer, dormir ou tomar banho. Em um fim de semana, gastou todo o salário bebendo e fumando crack. Luciano esperou por duas horas para falar com o médico e mais duas para ser levado até a clínica. "Por pouco não desisti".
A primeira vez que fumou crack foi aos 18 anos, após um período de uso intenso de cocaína. "A farinha já não fazia efeito", diz, referindo-se à cocaína. "Nesse dia eu fumei umas 10 pedras." Seu corpo pequeno, apesar de forte, não aguentou tanta droga, e Luciano teve um princípio de overdose.
Sessões - Nas atividades que duram todo o dia, os pacientes da clínica – homens, mulheres e adolescentes – fazem sessões nas quais, pouco a pouco, tentam entender as razões que os levaram à dependência. Quase 100% deles chegaram ali por causa do crack. Enquanto pintam uma caixinha, fazem um colar de miçangas ou criam uma tela, eles soltam pequenas pistas sobre seus problemas de convivência, a saudade da família e os momentos de raiva.
Foi durante uma dessas sessões que, na semana passada, Luciano decidiu que ligaria para o padrasto, com quem não falava há mais de cinco meses – e motivo pelo qual saiu da casa da família, no interior de São Paulo. "Foi o passo mais importante que eu dei no meu tratamento", afirma. Os conflitos com o padrasto eram a desculpa que usava para se drogar.
A educação física diária é o momento em que Luciano, ex-jogador de futsal, mais disfruta na sua grade de atividades. Na quadra, assume o papel de capitão do time e se entrega ao jogo. Mas os momentos que para ele realmente fazem diferença são aqueles em que, nas palavras dele, "trabalha a cabeça".
Na clínica, cada um é acompanhado por um terapeuta, chamado de "manejador". “É como a nossa mãe aqui dentro”, define Luciano. São eles que conversam com os pacientes nos momentos de agressividade, angústia ou vontade de desistir. Na mesma sala onde Luciano dá entrevista aconteceram seus momentos de desabafo com Carol, sua manejadora. "Molhei muito o papel dessa mesa. No primeiro mês eu chorei demais".
No início, os remédios amenizaram os sintomas da abstinência. Depois, a fissura foi contornada com passeios intermináveis pela área da clínica e artesando - dobraduras, muitas dobraduras. "Cansei de tanto fazer pato de papel".
Comunicação - “Pai, afasta de mim a biqueira. Pai, afasta de mim a cocaine. Pois na quebrada escorre sangue”. Os versos do rapper Criolo - uma versão de Cálice, um dos maiores sucessos de Chico Buarque - são o tema do grupo de poesia. A tarefa é escrever sobre o que sentiram ao ouvir as palavras que resumem muito daquilo que querem deixar para trás.
Enquanto alguns parecem que nunca mais vão parar de escrever, outros ficam imóveis diante do papel em branco. De repente, um dos rapazes se levanta com cara de choro. “Vou descer, professora”. A terapeuta pede para que ele se sente e conte o que está acontecendo. “Estou preocupado. Penso o tempo todo em me matar”. Ele é convencido a ficar. A comunicação está entre as habilidades mais trabalhadas nos grupos. “Se fosse uns dias atrás eu não estaria falando com você”, afirma Luciano.
Pelo menos duas vezes por semana há visita. Nesses dias Luciano fica no seu quarto, apenas com a companhia das moças bonitas dos pôsteres colados na parede. "Minha família não vem porque mora longe. Fica complicado." A esposa o deixou depois da sua primeira recaída, e a filha, de quatro anos, não vê desde agosto do ano passado. O irmão mais velho também é usuário de crack e esteve internado. "Ele aguentou só um mês. Agora diz que parou. Tomara".
O maior desafio para quem encara o tratamento é levá-lo até o final. Qualquer detalhe é motivo para desistir. Na terceira semana, mais lúcido, Luciano pensou em ir embora: a desistência de um colega de quarto quase o derrubou.
“Era meu melhor amigo. Um dia soube que ele tinha brigado e ido embora e desabei”. O confidente de Luciano passou a ser, então, seu caderno azul - o diário que muitos dos pacientes, principalmente os homens, relutam em manter. "Nesse caderninho tem coisas que ninguém sabe. Só eu e ele. Tinha dias que as pessoas perguntavam se eu estava bem e dizia que sim, mas por dentro estava estourando. Aí escrevia no caderninho e ficava mais calmo".
Despedida - No quarto em frente, um jovem alto, forte e bonito chama a atenção. Maurício* hoje está bem diferente daquele rapaz sujo e extremamente magro que entrou na clínica por ordem judicial há três meses. "No começo foi muito difícil porque ele não queria estar aqui", lembra uma enfermeira. Ela separa todas as cartas e o diário que Maurício escreveu durante o tratamento, que ele levará para casa.
Antes de sair de braços dados com a mãe, Maurício se despede dos amigos. “Daqui a pouco sou eu”, diz Lucas ao dar um abraço no colega.
*Para preservar a identidade dos pacientes foram adotados nomes fictícios
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/um-vacilo-e-o-bastante-para-uma-recaida-diz-ex-viciado 

Mais de 655 mil vivem abaixo da linha da miséria no PI

Política

Por Luciano Coelho, especial para a AE
Teresina (AE) - O Piauí tem mais de 20% da população vivendo em condição de miséria. Segundo dados do Governo do Estado, são mais de 655 mil piauienses vivendo abaixo da linha da miséria, com renda de R$ 70, por mês. O Governo informou que há menos de dez anos eram 40% da população vivendo nesta situação. Outros 550 mil pessoas vivem às custas do Bolsa Família. Hoje a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participou do lançamento do Programa Mais Viver, ao lado do governador do Piauí, Wilson Martins.
O programa visa complementar as ações do Plano Brasil Sem Miséria. No Mais Viver serão apresentadas as principais ações do programa nas áreas de saúde, educação, assistência social e inclusão produtiva.
Há dez anos o Piauí tinha 1,2 milhão de piauienses na condição de miseráveis. Os programas de inclusão social com o Bolsa Família promoveram a mudança de miserável para pobre de cerca de 500 mil piauienses.
Para reduzir esse contingente de miseráveis, o governo trabalha três eixos: garantia de renda, inclusive através do Bolsa Família, onde as pessoas teriam o mínimo para sobreviver; acesso aos serviços públicos com qualidade como saúde, educação e segurança, sendo que o poder público deve estar mais próximo da população e oferecer mais resolutividade; e promover a inclusão produtiva através de programas de garantia de renda para que as pessoas deixem de depender dos programas de inclusão social e passem a gerar renda.
Segundo informações confirmadas pelo Coordenador de Comunicação do Estado, jornalista Fenelon Rocha, dois terços da população vive na zona rural e são trabalhadores rurais,que precisam de estimulo dos arranjos produtivos promovidos pelo Governo do Estado. Os outros um terço vivem nas sedes das cidades e devem passar por programa de qualificação profissional.

Trânsito é liberado no entorno do local da tragédia no Rio

Cidades

Buscas entram no 5º dia. Defesa Civil admite: corpos podem não ser achados

A rotina nas avenidas que cercam o local do desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro começa a ser retomada nesta segunda-feira. Algumas vias que estavam interditadas ao tráfego e aos pedestres desde a última quarta-feira, dia da tragédia, foram liberadas no começo da manhã desta segunda. A Avenida Almirante Barroso foi totalmente liberada ao tráfego de veículos às 5h20. A via estava interditada entre a Avenida Rio Branco e a Rua Senador Dantas para facilitar o trabalho das equipes nas buscas e retirada de escombros dos três prédios que desabaram na Avenida Treze de Maio.
A Avenida Treze de Maio também foi liberada aos pedestres, após a instalação de tapumes que cercam os escombros que ainda são retirados. Já a Rua Senador Dantas voltou à mão de origem, da Evaristo da Veiga à Avenida Chile. Permanecem interditados preventivamente pela Defesa Civil o prédio de número 6 da Avenida Almirante Barroso e o anexo do Theatro Municipal.
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, foram retirados, até o momento, aproximadamente 45.000 toneladas de entulho do local. A Seconserva realizou serviços de manutenção e limpeza nas avenidas Treze de Maio e Almirante Barroso. A operação de recuperação incluiu a pavimentação das calçadas em pedras portuguesas, reposição de fradinhos, tampões de bueiros e desobstrução do sistema de drenagem. Os serviços também incluíram manutenção dos pontos de iluminação pública, retirada da lama, lavagem das pistas, calçadas, fachadas e placas de sinalização.
Buscas - O trabalho de resgate dos corpos de vítimas da tragédia entra nesta segunda em seu quinto dia. E as famílias dos desaparecidos seguem sem saber o que esperar da conclusão da operação de resgate. No domingo, o comandante dos bombeiros, coronel Sérgio Simões, admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de que algumas vítimas da tragédia jamais sejam encontradas.
O número oficial de mortos até a noite de domingo era de 17 pessoas, quatro delas sem identificação. Foram encontrados também, misturados ao entulho retirado do local, restos humanos. Os exames de DNA para identificação de vítimas começam amanhã. "Existe a possibilidade de (corpos) terem sido carbonizados. Nesse caso, não estamos mais procurando corpos, mas ossos, dentes", lamentou Simões.
Embora as autoridades descartem a possibilidade, algumas pessoas ainda parecem esperar rever os parentes com vida. A maioria não gosta de dar entrevistas. Não quer que seus parentes sejam dados como mortos, ver suas fotos nos jornais. "Não recebemos ainda qualquer informação", contou César Sabará, irmão de Eliete Machado, cujo marido, Franklin, não havia sido encontrado até o fim da tarde de hoje. "Minha irmã fica naquela expectativa. É difícil ele ter sobrevivido, mas ela quer ver, quer enterrar".
"Toda hora que o telefone toca, a gente acha que pode ser uma boa notícia. Mas não há perspectiva", disse um primo de Priscila Montezano, de 23 anos, também desaparecida. A Defesa Civil trabalha com um número oficial de nove desaparecidos, por ser este o número de famílias reclamando parentes. Mas, como há quatro corpos sem identificação, os bombeiros procuram por mais cinco corpos.
Os quatro corpos sem identificação permanecem no IML, além de seis fragmentos localizados nos escombros que foram levados para o depósito de Duque de Caxias. O secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, que mantém equipes na Câmara e no IML, informou que o acompanhamento deverá ser feito em casa. "Imagino que ficar na Câmara não será mais necessário, mas estamos à disposição. É muito sofrimento, são nove famílias e quatro corpos. A Polícia Civil vai agilizar os exames de DNA."
A intenção dos parentes era ficar o mais perto possível dos prédios, não só para ter notícias, mas também por uma questão emocional, como se o afastamento físico da Cinelândia fosse sinônimo de desistência.
Indenização - As famílias que perderam parentes no desabamento dos três prédios no centro do Rio poderão receber, cada uma, cerca de R$ 200 mil de indenização por danos morais, segundo cálculo do procurador-geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), Ronaldo Cramer. Ações desse tipo levam em média cinco anos para serem concluídas, afirmou o advogado.
Se forem confirmadas 22 mortes, seriam cerca de 4,4 milhões de reais, sem contar ressarcimentos por danos materiais, que acontecem no caso de a vítima ser a responsável pelo sustento da família. Para chegar ao valor da indenização individual, Cramer baseou-se em processos semelhantes de danos morais que já tiveram decisão final da Justiça.
Para darem início às ações, no entanto, os parentes precisam que a polícia aponte um ou mais responsáveis pela tragédia, de quem serão cobradas as indenizações. "Se não se sabe qual é a causa, não se sabe quem é o responsável. As famílias têm que entrar com a ação apontando quem são os réus", diz Cramer.
Câmeras - A prefeitura instalou câmeras de segurança no depósito da Comlurb na Rodovia Washington Luís, em Caxias, para onde foram levados os entulhos dos três prédios e onde os bombeiros ainda procuram por corpos de vítimas. As câmeras monitoram os trabalhos para evitar desvio de bens. Nos primeiros dias, houve denúncias de que parte do material estaria sendo recolhido irregularmente.
(Com Agência Estado)
 http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/vitimas-podem-nunca-ser-encontradas-diz-comandante

 



OMS prevê mais de 1 milhão de casos de câncer de mama por ano

Câncer de mama

Doença é a principal entre mulheres de todo o mundo e o tipo de câncer que provoca mais mortes entre o sexo feminino

Câncer de mama: OMS prevê mais de 1 milhão e de casos por ano Câncer de mama: OMS prevê mais de 1 milhão e de casos por ano (Thinkstock)
O câncer de mama é a doença que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde, estima-se que anualmente sejam registrados 1.050.000 casos desse mal. E o câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres.

Trata-se da multiplicação desordenada de células que formam um tumor. Essas células são capazes de originar metástases - invadir células sadias que estão ao seu redor - e formar um tumor maligno.

No entanto, para a mulher controlar a saúde de suas mamas e diagnosticar um câncer no início, deve fazer exames anuais como ultrassonografia e mamografia, sempre com acompanhamento médico.
Brasil- De acordo com estimativas do Instituto do Câncer (Inca) para 2012, haverá neste ano 52.680 novos casos de câncer de mama no país, sendo que a maior parte será diagnosticada na região Sudeste.
Clique nas perguntas para assistir aos vídeos:

Dr. Antonio Wolff

O oncologista Antonio Wolff é especialista em câncer de mama. Está começando um projeto de pesquisa com 8.000 mulheres, que fará testes com dois remédios — trastuzumabe e lapatinibe. Os primeiros resultados deverão começar a aparecer em dois anos.
Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Wolff é pesquisador da Universidade Johns Hopkins há doze anos. Ali, atende pacientes duas vezes por semana e estuda, faz pesquisas, dá palestras. Seu foco é no que pode ser feito para melhorar a vida do paciente. 

 

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/oms-preve-mais-de-1-milhao-de-casos-de-cancer-de-mama-por-ano

Ultrassom se mostra eficaz como contraceptivo masculino

Métodos contraceptivos

Radiação reduziu a concentração de espermatozoides em ratos a níveis suficientes para provocar infertilidade

Homens: estudo mostrou eficácia em testes com ultrassom como contraceptivo masculino Homens: estudo mostrou eficácia em testes com ultrassom como contraceptivo masculino (Thinkstock)
Um novo estudo publicado no periódico Reproductive Biology and Endocrinology mostrou que sessões de ultrassom podem funcionar como método anticoncepcional. O aparelho foi capaz de reduzir a quantidade de espermatozoides em ratos a níveis suficientes para provocar infertilidade. A pesquisa foi desenvolvida no Departamento de Pediatria da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte.

Saiba mais

FERTILIDADE MASCULINA
Homens considerado saudáveis têm uma contagem de espermatozoides por mililitro de sêmen superior a 39 milhões. Abaixo dos 20 milhões, já é considerada uma baixa contagem (oligospermia). E o homem é considerado infértil quando a contagem fica abaixo dos 10 milhões.
Dos testes realizados pelos autores do estudo, os que apresentaram melhores resultados foram duas sessões de ultrassom de alta frequência em torno dos testículos dos ratos. Elas tiveram duração de 15 minutos cada e um intervalo de dois dias entre uma e outra.
A técnica foi capaz de diminuir a concentração de espermatozoides para menos de 10 milhões por mililitro de sêmen nos animais. Essa redução, embora não seja suficiente para causar infertilidade nos ratos, é capaz de causar infertilidade nos homens e, portanto, seria eficaz como método contraceptivo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um homem com infertilidade é aquele que tem menos de 10 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen. Em 95% dos homens, essa concentração é maior que 39 milhões por mililitro.
"Nosso tratamento de ultrassom não invasivo reduziu as reservas de espermas em ratos a níveis muito menores do que os observados em homens férteis. Porém, mais estudos são necessários para determinar quanto tempo dura o efeito contraceptivo e se o uso repetido desse método é seguro", afirma James Tsuruta, coordenador do estudo.
 http://veja.abril.com.br/noticia/saude/ultrassom-se-mostra-eficaz-como-contraceptivo-masculino

Descoberta de câncer de próstata em múmia ajuda a entender melhor as causas da doença

Câncer

A doença foi identificada em uma múmia de 2.200 anos; achado reforça ideia de que a doença tem forte viés genético

Uma pesquisadora da Universidade Americana do Cairo (AUC, sigla em inglês) acaba de anunciar a descoberta de uma múmia de 2.200 anos com câncer de próstata. O achado reforça a tese de que a doença pode ser causada principalmente por motivos genéticos, e não ambientais.
O estudo, publicado no periódico Internacional Journal of Paleopathology, usou tomografia computadorizada para analisar por dois anos três múmias da coleção do Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa. As imagens revelaram que havia lesões na pélvis, espinha e membros próximos, traços indicativos de câncer de próstata metastático, em uma das múmias – um homem que morreu por volta dos 40 anos de idade.
A interação entre genética e ambiente é uma das questões principais para a compreensão do câncer. Até recentemente, acreditava-se que a ocorrência generalizada de agentes cancerígenos nos alimentos e no ambiente eram as principais causas de câncer na era industrial moderna. “Estamos começando a acreditar, no entanto, que as causas do câncer podem ser menos ambientais, e mais genéticas”, diz Salima Ikram, professora da AUC.
De acordo com a pesquisadora, esse é o segundo caso mais antigo conhecido de câncer de próstata. “As condições de vida nos tempos antigos eram muito diferentes. Não havia poluentes ou alimentos modificados, por exemplo, o que nos leva a crer que a doença não é necessariamente ligada apenas a fatores industriais”, diz.
Um comunicado da AUC afirma que o caso mais antigo de câncer de próstata conhecido diz respeito ao esqueleto de um rei da Rússia, de 2.700 anos de idade.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/descoberta-de-cancer-de-prostata-em-mumia-reve-tese-sobre-causas-da-doenca

sábado, 28 de janeiro de 2012

Bee Gees - Too Much Heaven (Video)

Bee Gees - How Deep Is Your Love (Video)

Bee Gees - Please, Please Me (1963)

Roberta Flack - Killing me softly - rare

Roberta Flack - Killing Me Softly

Roberta Flack Killing Me Softly - [karaokê] Tradução

Roberta Flack - Killing Me Softly With His Song

PMDB atribui ao PT 'ataque especulativo' no 2º escalão

Por CHRISTIANE SAMARCO, estadao.com.br, Atualizado: 28/1/2012 12:04
A cúpula do PMDB está convencida de que o partido está sob ataque especulativo do PT, que trabalha para avançar sobre o espaço político e administrativo dos peemedebistas Brasil afora. Foi nesse contexto que o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, interrompeu a semana de férias nos Estados Unidos e voltou a Brasília ontem só para confirmar a permanência 'definitiva' de Sérgio Machado na presidência da Transpetro.
Discreto, Lobão confirmou apenas que fez uma viagem de dois dias aos Estados Unidos, embora só devesse retornar ao trabalho na terça-feira, e disse que realmente está 'trabalhando para que haja paz no PMDB'. Sua volta atendeu aos apelos de dirigentes peemedebistas, especialmente do líder no Senado, Renan Calheiros (AL), que é padrinho da indicação de Sérgio Machado para a Transpetro e estava aflito com os rumores sobre a demissão do afilhado.
O clima interno no PMDB é de desconfiança e apreensão por conta do que eles denominam 'ataque especulativo duplo'. Além de investidas paroquiais de petistas que se movimentam para desalojar aliados do PMDB de postos do segundo escalão, eles identificam uma espécie de ataque mais 'estruturante', que serve ao projeto de poder do partido. Daí a manifestação rápida de Lobão, para não permitir que a crise do Dnocs se espalhasse, fazendo outras vítimas peemedebistas no segundo escalão.
'Querem nos asfixiar para disputar as eleições municipais em melhores condições', acusa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele diz não ter dúvidas de que as investidas sobre o PMDB fazem parte do projeto de poder do PT e conclui: 'Estão nos asfixiando nas bases, que é de onde vem a força do PMDB'.
Para o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), seu partido é sem dúvida a maior vítima dos ataques especulativos do PT, por ser o maior partido da base aliada, mas não é a única. 'Somos nós que mais sofremos, mas o ataque é em cima de todos os aliados, no sentido de estabelecer uma hegemonia.' As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/pmdb-atribui-ao-pt-ataque-especulativo-no-2%C2%BA-escal%C3%A3o

'Vamos atuar não importa o aplauso ou a crítica', diz Marco Aurélio Mello

Por Mariângela Gallucci, BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 28/1/2012 12:14
'Vamos atuar não importa o aplauso ou a crítica', diz Marco Aurélio Mello
"'Nessa quadra psicodélica, tudo é possível', diz ministro Marco Aurélio Mello"
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste sábado, 28, que a Corte tem de atuar de forma independente, não se curvando a pressões e ao clamor público. 'Vamos atuar pouco importando o aplauso ou a crítica', disse.
Ao ser indagado sobre declarações de magistrados de que por trás da crise do Judiciário estaria o processo do mensalão e de que o STF estaria 'emparedado', como revelou o Estado, o ministro foi direto: 'Nessa quadra psicodélica, tudo é possível.' Procurado por meio de sua assessoria, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, não quis comentar as manifestações feitas pelos magistrados durante um encontro em Teresina, no Piauí.
Para Marco Aurélio, ao contrário do que deveria ser, existe atualmente no Supremo 'uma preocupação muito grande em relação à repercussão das decisões'. 'O dia em que atuarmos de acordo com o clamor público estaremos mal', afirmou. 'Nos meus quase 22 anos de STF nunca houve isso.'
O ministro lembrou que já disse no plenário do STF que a magistratura está intimidada. 'Será que o Supremo também está?'. Ele citou o fato de o tribunal não ter julgado no ano passado a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que questiona o poder do CNJ de iniciar por conta própria investigações contra magistrados suspeitos de envolvimento com irregularidades, apesar de ela ter sido colocada na pauta do plenário semanas antes.
'Qual foi a sinalização quando deixou de chamar a Adin (do CNJ)? Qual é a leitura que se faz? Só o ingênuo não percebe', afirmou. Diante do fato de o plenário não ter julgado o processo, Marco Aurélio decidiu sozinho o pedido de liminar, determinando que o CNJ inicie investigações contra magistrados somente após os tribunais locais já terem apurado as suspeitas.
O processo sobre o poder de investigação do CNJ foi colocado novamente na pauta do plenário e o julgamento está previsto para a próxima quarta-feira. Na ocasião, os ministros definirão se a liminar de Marco Aurélio será ou não mantida.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, comentou as declarações feitas pelos magistrados em Teresina. 'Às vésperas do julgamento do dia 1 (do CNJ), a magistratura, sobretudo a estadual e os Tribunais de Justiça, lançam uma cortina de fumaça para desviar o foco da discussão no sentido de criar um factoide de que estariam por trás de tudo isso pessoas que querem desacreditar o Supremo por conta do mensalão'.
http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/vamos-atuar-n%C3%A3o-importa-o-aplauso-ou-a-cr%C3%ADtica-diz-marco-aur%C3%A9lio-mello

Depressão leve também pode ser tratada com remédio, diz pesquisa

Psiquiatria

Estudo feito nos Estados Unidos aponta benefícios de antidepressivos para pacientes com sintomas moderados, mas persistentes

Depressão moderada: estudo mostrou que, se problema é duradouro, antidepressivos podem ser uma opção de tratamento Depressão moderada: estudo mostrou que, se problema é duradouro, antidepressivos podem ser uma opção de tratamento (Jupiterimages/Thinkstock)
Segundo um novo estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do Estado de Nova York e da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, pessoas com depressão leve, ou seja, com sintomas menos intensos da doença, também podem se beneficiar com o uso de antidepressivos. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira na versão online do periódico Journal of Clinical Psychiatry, se opõe a levantamentos anteriores que haviam identificado efeitos positivos desses medicamentos somente em pacientes com quadros de depressão grave.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Can People With Nonsevere Major Depression Benefit From Antidepressant Medication?

Onde foi divulgada: versão online do periódico Journal of Clinical Psychiatry

Quem fez: Jessica A. Stewart, Deborah A. Deliyannides, David J. Hellerstein, Patrick J. McGrath e Jonathan W. Stewart

Instituição: Instituto de Psiquiatria do Estado de Nova York e Universidade de Columbia, Estados Unidos

Dados de amostragem: 825 pessoas com depressão moderada e duradoura

Resultado: Pessoas com depressão leve e duradoura se beneficiam mais com antidepressivos do que com placebos
"Atualmente existe uma concepção válida de que, se uma pessoa não tem um quadro de depressão tão grave e que não dura tanto tempo, ela pode melhorar sozinha ou somente com terapias", afirma David Hellerstein, médico da Universidade de Columbia e um dos autores do estudo. Para ele, porém, a decisão dos profissionais de receitar ou não antidepressivos não deve se basear necessariamente no grau do problema, mas sim na persistência dos sintomas.
"Pacientes que conseguem melhorar, após algumas semanas, com mudança na dieta ou praticando atividades físicas não precisam dos medicamentos", disse o médico à agência Reuters. "Porém aqueles com depressão mais persistente devem ser avaliados e os antidepressivos podem ser uma boa opção, mesmo para sintomas moderados da doença."
Foram coletados dados de seis estudos diferentes feitos no próprio Instituto de Psiquiatria do Estado de Nova York entre os anos de 1985 e 2000. Ao todo, essas pesquisas analisaram as características de 825 pessoas com depressão moderada e duradoura. Em metade dos casos, os pacientes que tomaram antidepressivos apresentaram uma melhora mais acentuada nos sintomas depressivos do que aqueles que receberam placebo.
"Esse resultado é suficiente para os profissionais cogitarem recomendar esse tratamento", afirma o estudo. Porém, os pesquisadores ressaltam que isso não significa que todas as pessoas com depressão leve devam receber antidepressivos, já que pacientes com esse problema costumam responder bem a psicoterapias. Além disso, os medicamentos podem apresentar efeitos colaterais para o organismo.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/antidepressivos-tambem-podem-beneficiar-pessoas-com-depressao-leve

Sobe para 17 o número de vítimas em tragédia no Rio

Rio de Janeiro

Bombeiros que trabalham nos escombros do desabamento encontraram mais dois corpos durante a madrugada; buscas podem acabar antes do previsto

Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro

Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Marcos Michael


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro

Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar Cabral


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar Cabra 
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro
 
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar Cabra

Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro

Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Marcos Michael

Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar Cabral


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro
 
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar cabral 
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar Cabral


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar Cabral

Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro
 
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Oscar cabra

 Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro 


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Marcos Michael


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Marcos Michael


Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro
 
 
Desabamento de 3 prédios no Rio de Janeiro, na noite do dia 25 de janeiro - Marcos Michae 
 
O Corpo de Bombeiros localizou durante a madrugada deste sábado mais dois corpos entre os escombros do desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro. Agora, o número de mortos na tragédia subiu para dezessete. As equipes de resgate ainda não informaram a identidade e nem o sexo das últimas vítimas.

Entre as vítimas encontradas até o momento estão sete homens e seis mulheres. Outros quatro corpos permanecem sem identificação do sexo. Segundo a Polícia Civil, treze corpos estão no Instituto Médico Legal, sendo que nove já foram identificados por exames ou reconhecimento de parentes. Entre eles estão Alessandra Alves de Lima, Luiz Leandro de Vasconcellos, Elenice Consani Quedas, 64 anos, Kelly da Costa Menezes, de 28, e Flávio Porrozzi Soares, de 34.

Inicialmente, a previsão era de que os trabalhos de resgate se estenderiam até domingo. Porém, os Bombeiros afirmam que as buscas podem terminar antes do esperado. A área nas proximidades da Avenida Treze de Maio, onde se concentram dezenas de escritórios e lojas comerciais, permanece interditada.
Os bombeiros acreditam ter chegado ao ponto dos escombros onde estava a sala de informática do Edifício Liberdade. No local acontecia um curso de tecnologia da informação com pelo menos dez pessoas no hora que o prédio desabou. Na quinta-feira, os bombeiros acharam cinco corpos. Para as equipes de resgate, há poucas chances de encontrar alguém com vida.
De acordo com os Bombeiros, mais de 80% dos escombros foram vasculhados. O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, informou que, terminadas as buscas, o trabalho de remoção dos escombros ficará a cargo da prefeitura.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sobe-para-17-numero-de-vitimas-de-desabamento
 

 

PT está otimista para reconquistar Prefeitura de SP

Política

Por Daiene Cardoso
São Paulo - O Conselho Político da pré-campanha do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo discute na manhã deste sábado uma proposta de resolução do PT que reunirá as diretrizes do projeto da legenda para a administração do executivo municipal. Segundo o presidente nacional do partido, deputado estadual Rui Falcão, os integrantes deste conselho discutem também a organização da agenda do pré-candidato, além de questões burocráticas, como estrutura para o comitê de campanha e os primeiros esboços do plano de governo. "Estou muito otimista com a nossa possibilidade de reconquistar a Prefeitura", disse Falcão, ao deixar o encontro, que está sendo realizado num hotel da capital.
O presidente da legenda adiantou que o plano de governo de Haddad terá contribuição de entidades sociais e dos aliados da base do governo Dilma que aderirem à candidatura. A resolução em discussão também deve abordar o perfil do futuro vice da chapa petista. "Primeiro vamos definir os compromissos programáticos e os partidos que vão se reunir em torno disso. E o vice tem de corresponder a este perfil", afirmou.
Rui Falcão disse também que a discussão em torno do eventual apoio do PSD do prefeito Gilberto Kassab não esteve no foco das discussões dessa manhã, assim como não foram abordadas as alianças com outras legendas: "Esse diálogo com os partidos, mesmo com quem tem candidatos, não é para pressionar a retirar a candidatura, é porque São Paulo, tradicionalmente, tem dois turnos."
Marta. Participam, neste momento, da reunião, 19 dos 27 integrantes do Conselho Político. A principal ausência é da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que até agora não compareceu a nenhum dos outros dois encontros. "Ela deve estar fora de São Paulo, mas tenho certeza, absoluta, de que ela participará da pré-campanha, como sempre esteve em todas as campanhas do PT."
Falcão comemorou a liberação de Haddad pela presidente Dilma Rousseff de suas atribuições na pasta da Educação para se dedicar integralmente à campanha. "Queria ressaltar nossa alegria pela liberação do Fernando Haddad, que agora pode estar em tempo integral na campanha. E também transmiti o sentimento que vi em Brasília do apoio ao trabalho dele lá, inclusive com o simbolismo do milionésimo estudante do ProUni", ressaltou.
Em sua breve participação na reunião de hoje, o dirigente petista disse ainda que a vitória em São Paulo só será possível com a unidade do partido e com um programa de mudanças na gestão municipal. "Estou totalmente de acordo com a visão programática que ele (Haddad) tem de que dentro de casa o cidadão paulistano está muito satisfeito com os benefícios que auferiram nesses anos os governo Lula e Dilma. Mas, da porta para fora, nós temos que mudar muita coisa", disse, numa referência aos problemas que a cidade de São Paulo enfrenta.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Rio: prédio estava em péssimas condições, diz contador

Geral

Por Equipe AE

São Paulo - O contador Everton Assunção Ferreira, que trabalhava com o pai em um escritório de contabilidade, no 7º andar de um dos prédios que ruiu no centro do Rio, contou que 30 minutos após ter saído do edifício ouviu no rádio do carro a notícia do desabamento. O pai dele havia ficado no escritório.
"Voltei imediatamente ao prédio, mas por causa do bloqueio das ruas pela polícia, não tive mais notícias dele. É bom ressaltar que o prédio estava em péssimas condições de manutenção", afirmou Ferreira.
O bancário Orlando Silvino, de 52 anos, estava em companhia de um amigo na lanchonete de produtos naturais no térreo de um dos edifícios. "O meu amigo foi ao prédio entregar um documento quando ouvi um estrondo num dos andares onde havia uma obra. Começaram então a cair pedras e a subir muita poeira. Não tive mais notícias dele", disse.
Débora Marconi, hospedada em frente ao Edifício Liberdade, um dos que desmoronou, disse que pedaços do prédio caíram antes de a estrutura vir abaixo por completo. Segundo ela, pelo menos três andares do edifício "estavam em obras há muito tempo."
Ricardo Santos, de 50 anos, que trabalha em uma empresa de engenharia vizinha ao Edifício Liberdade, havia acabado de sair da lanchonete do térreo quando houve o desabamento. "Estava bem perto do prédio quando comecei a ouvir barulhos. Parecia que estavam caindo pedras dos últimos andares. O edifício estava tombando na minha direção", afirmou.

Obra era realizada em andar de prédio, diz engenheiro

Geral

Por Pedro Dantas e Solange Spigliatti

Rio de Janeiro - O presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia (Crea), Luiz Antonio Cosenza, confirmouque estavam sendo realizadas obras no terceiro e no nono andar do edifício Liberdade, na Avenida Treze de Maio, que desabou ontem à noite junto outros dois prédios, no centro do Rio de Janeiro. "Estamos tentando descobrir se as obras tinham autorização. Dependendo do tipo de obra, pode ter havido comprometimento da estrutura do prédio. Mas é cedo para afirmar as causas do acidente".
Em entrevista ao jornal Bom dia Brasil, da TV Globo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, corrigiu o número de desaparecidos no desabamento de dois prédios e um sobrado. "Desde a noite de ontem, segundo informações de parentes de possíveis vítimas, estariam nos escombros 19 pessoas que não voltaram para casa ontem", explica.
O prefeito havia comentado sobre as possíveis causas do desmoronamento. "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento aconteceu por um dano estrutural em um dos prédios. Acredito que não tenha sido vazamento de gás", conclui.
Segundo ele, as causas do acidente ainda não foram esclarecidas. "A prioridade agora é o trabalho dos bombeiros em procurar as vítimas". De acordo com o prefeito, ainda não foi encontrada nenhuma vítima que tenha morrido.

Conselheiro do CNJ quer anular licitação do próprio órgão

Justiça

Relatório aponta irregularidades em certame para serviços de suporte técnico. Contrato, de R$ 68 milhões, levantou suspeitas de direcionamento. E é mais um capítulo da briga interna no CNJ - que faz nesta quinta a primeira sessão do ano

Luciana Marques
O plenário do CNJ: mais um capítulo da briga nesta quinta O plenário do CNJ: mais um capítulo da briga nesta quinta (Luiz Silveira/ Agência CNJ)
A briga interna no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve ter um novo capítulo na primeira reunião deste ano, marcada para esta quinta-feira. Nesta quarta, véspera da sessão, o conselheiro Gilberto Martins encaminhou ao presidente do CNJ, Cezar Peluso, um parecer em que pede a anulação do contrato da empresa NTC - Núcleo de Tecnologia e Conhecimento em Informática Ltda, prestadora de serviços de suporte técnico. O documento, ao qual o site de VEJA teve acesso, solicita que todos os efeitos do Pregão Presencial 049/2011 sejam suspensos, por apresentarem "vícios insanáveis".
O certame, realizado em dezembro de 2011, prevê um contrato de no valor de 68 milhões de reais. O contrato era para implantação da Central Nacional de Informações Processuais (CNIP), um banco de dados com informações de todos os tribunais do país. O edital previa a contratação de uma única empresa para o fornecimento de softwares e hardwares necessários para suportar a central, bem como a prestação de serviço para instalação.
A licitação causou controvérsia no fim do ano passado, quando uma das empresas vencedoras apontou possível direcionamento na concorrência. O caso passou a ser investigado. Gilberto Martins, indicado pelo Ministério Público para uma cadeira do CNJ, faz parte de um grupo do conselho que se opõe a Cezar Peluso. Esse grupo afirma que a licitação foi chancelada por Peluso e seu secretário-geral, Fernando Marcondes. A escolha do secretário-geral, por sinal, é outro tema de embate no conselho. O mesmo grupo pleiteia uma mudança na forma de escollha do ocupante desse cargo, que passaria a ser eleito em vez de indicado pelo presidente.
Fernando Marcondes admitiu ao site de VEJA que teve acesso aos documentos durante o processo de licitação, assim como Peluso. "O ministro viu", afirmou. Mas, segundo ele, a responsabilidade pela licitação é da diretoria-geral do órgão. Marcondes negou qualquer ilegalidade no certame. "Tenho absoluta certeza de que não houve qualquer irregularidade", disse. Segundo Marcondes, a área técnica do CNJ deve dar explicações aos conselheiros sobre o caso  nesta quinta-feira.
Irregularidades – No parecer encaminhado a Peluso nesta quarta, Gilberto Martins sustenta que a licitação tramitou com uma celeridade “impressionante”. A concorrente IBM, que perdeu a disputa, já havia reclamado do pequeno prazo de realização do certame. O conselheiro apontou fatores como a exigência de qualificação técnica não prevista na Lei de Licitações e a falta de justificativa para impedir a participação de consórcios.
Ele também estranhou o fato de a então diretora-geral, Helena Yaeco Fujita Azuma, que não estava no exercício da função, ter assinado a ata de registro de preço no dia 22 de dezembro de 2011 e o contrato no dia seguinte. Nestas datas quem respondia pelo órgão era seu diretor-geral substituto Kleber de Oliveira Vieira, que inclusive assinou, no mesmo período, a homologação do pregão e a autorização para o empenho de valores.
"Será que ambos estavam exercendo as funções ao mesmo tempo?", questionou o conselheiro. Procurada pelo site de VEJA, a assessoria do CNJ não soube informar se o procedimento é legal, mas informou que daria uma resposta ao site de VEJA na quinta-feira.
Operação abafa – O documento entregue por Martins é mais um reflexo de que o órgão está dividido entre aqueles que apoiam o presidente do CNJ e os que são mais próximos da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. As relações entre Peluso e Eliana, já nada amistosas, ficaram ainda mais estremecidas no ano passado, quando ela disse que há bandidos escondidos sob suas togas. Um conselheiro revelou sua insatisfação: "O presidente do CNJ não comunica, não esclarece nada. É o fim do mundo."
Enquanto os conselheiros se movimentam para enfraquecer Peluso, a corregedora Eliana Calmon tem trabalhado para colocar panos quentes na briga interna do Judiciário. Ela não vai comparecer à sessão extraordinária desta quinta. Aos conselheiros mais próximos, disse que será paraninfa de formandos de uma faculdade de Salvador (BA), sua terra natal. 
Em entrevista ao site de VEJA, nesta quarta, Eliana afirmou que não definiu sua posição sobre os assuntos que deverão elevar a temperatura do encontro. "Estou com os meus problemas, que não são pequenos", disse. "Vivo em uma ciranda danada porque, quando eu me defendo de uma coisa, me acusam de outra."
A corregedora disse que está debruçada sobre a realização de um levantamento dos processos que originaram a investigação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e que foram suspensos por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello no fim de 2011. "A gente está respondendo a uma autoridade maior, que é a do Supremo Tribunal Federal, então estou absolutamente parada e aguardando que as coisas aconteçam".
Proposta - Os conselheiros discutem na noite desta quarta as propostas que levarão para o encontro. O conselheiro Marcelo Nobre, por exemplo, pretende comunicar o grupo sobre um projeto para que o secretário-geral seja escolhido pela maioria do conselho, e não indicado pelo presidente, como é hoje. O texto também prevê a destituição do secretário-geral do cargo, após aprovação de dois terços dos integrantes do CNJ. “A maior área de atrito no CNJ hoje é a secretaria-geral”, disse Nobre. 
Sete dos quinze membros do grupo já se mostraram favoráveis ao texto. Outros três estão sendo sondados para apoiar a proposta, que precisa da maioria dos integrantes para aprovação. O texto não será votado nesta quinta, mas encaminhado para a Comissão de Regimento Interno do órgão. O relator será o conselheiro Jorge Hélio, que já demostrou ser um “entusiasta” do texto, segundo colegas. Martins também admite apoiar ao texto: "Tenho simpatia pela proposta, desde que seja para gestão posterior.”
Além de Eliana, outros três conselheiros não comparecerão à sessão de quinta: José Múcio Munhoz, Fernando da Costa Tourinho Neto e José Guilherme Vasi Werner. As ausências, no entanto, não impedirão o andamento dos trabalhos. 
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/conselheiro-do-cnj-quer-anular-licitacao-do-proprio-orgao

Ao menos 19 estão desaparecidos após desabamentos

Rio de Janeiro

Informações são da prefeitura, que tem como base lista elaborada pelas famílias de vítimas. Total, porém, pode ser maior. Trabalhos de busca seguem nesta 5ª


Trabalhos de resgate após o desabamento de prédios na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

Trabalhos de resgate após o desabamento de prédios na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro - France-Presse

Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro - Pedro Kirilos / Agência O Globo

Trabalhos de resgate após o desabamento de prédios na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

Trabalhos de resgate após o desabamento de prédios na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro - EFE

Local de desabamento de prédios, no centro do Rio

Local de desabamento de prédios, no centro do Rio - France-Presse

Trabalhos de resgate após o desabamento de prédios na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

Trabalhos de resgate após o desabamento de prédios na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro - France-Presse

Prédio desaba no centro de Rio de Janeiro. Carros foram atingidos

Prédio desaba no centro de Rio de Janeiro. Carros foram atingidos - Marcelo Piu/Agência O Globo

Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro - Marcelo Piu / Agência O Globo

Carros atingidos em desabamento no centro do Rio

Carros atingidos em desabamento no centro do Rio - France-Presse

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  • Funcionário da Defesa Civil busca sobreviventes em prédio que desabou na noite desta quarta-feira no centro do Rio de Janeiro

    Funcionário da Defesa Civil busca sobreviventes em prédio que desabou na noite desta quarta-feira no centro do Rio de Janeiro - Victor R. Caivano/AP

    Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

    Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro - Reprodução/TV Globo

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  • Equipes de resgate socorrem sobrevivente de desabamento de prédio no centro do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira

    Equipes de resgate socorrem sobrevivente de desabamento de prédio no centro do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira - Felipe Dana/AP

    Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro

    Prédio desaba na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro - Marcelo Piu / Agência O Globo

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  • Destacados em vermelho, os dois edifícios no local do desabamento, no centro do Rio, vistos a partir da Avenida Almirante Barroso

    Destacados em vermelho, os dois edifícios no local do desabamento, no centro do Rio, vistos a partir da Avenida Almirante Barroso - Reprodução/Google Street View

    A prefeitura do Rio de Janeiro estima que haja ao menos 19 pessoas sob os escombros dos três prédios que desabaram no centro da cidade na noite desta quarta-feira. O prefeito Eduardo Paes afirmou, na manhã desta quinta-feira, que o número é calculado com base em uma lista elaborada pelos familiares das vítimas. Ele ressalta, porém, que o total de desaparecidos ainda não é definitivo.
    Os bombeiros trabalham desde a noite no resgate das vítimas. Cinco pessoas foram resgatadas com vida durante a madrugada. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Souza Aguiar. Ainda segundo Paes, ainda não se pode afirmar quais foram as causas do desabamento, mas a possibilidade de explosão já foi praticamente descartada.
    Os três prédios desabaram pouco depois das 20h30 desta quarta-feira. O Edifício Liberdade, de cerca de 18 andares, ficava na Rua Treze de Maio, 44. O Edifício Colombro, de 10 andares, estava localizado na Rua Manuel de Carvalho, 16. A proprietária de um terceiro prédio, de quatro andares, informou à GloboNews que a construção também foi abaixo.
    As equipes de resgate trabalham com escavadeiras e cães farejadores na busca de pessoas sob os escombros. Num dos prédios afetados funcionava um curso de inglês. Segundo testemunhas, aulas estavam em andamento no momento do acidente. No edifício Liberdade, estaria em andamento também um treinamento de TI, do qual participariam cerca de 20 pessoas. Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil, assegurou que não há risco de mais desabamentos na região. Para ele, as chances de encontrar sobreviventes são remotas, embora exista a esperança de que tenham se formado bolsões de ar nos escombros.
    A região onde houve o desabamento é a mais importante do Centro do Rio. Pela área compreendida entre o Largo da Carioca e a Cinelândia circulam centenas de milhares de pessoas todos os dias. Um episódio como o desta quarta-feira, em horário comercial, configuraria uma das maiores tragédias da história da cidade. Ali estão situados também prédios históricos, como o do Theatro Municipal - cujo anexo ficou danificado -, a Câmara dos Vereadores, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. A Treze de Maio desemboca na Cinelândia, ao lado da Câmara, e abriga edifícios comerciais e de uso misto. A área foi isolada para facilitar o trabalho dos bombeiros e a aproximação de ambulâncias. A estrutura dos prédios vizinhos foi abalada, ainda não se sabe em que grau. Testemunhas que estavam no prédio em frente contam ter sentido um forte abalo no momento do desabamento, que provocou falta momentânea de luz.
    Ao Hospital Souza Aguiar, o maior do Rio de Janeiro, chegaram cinco vítimas, uma em estado grave - Cristiane do Carmo, cerca de 30 anos, está no centro cirúrgico com traumatismo craniano. Um homem de 30 anos, ainda não identificado, fora de risco, com trauma no abdome. Um zelador de 50 anos também foi atingido, e sofreu ferimentos leves. Francisco Rodrigo, de 37 anos, estava passando e foi atingido por escombros e teve um corte na perna. “Foi tudo muito rápido, não entendi direito o que havia acontecido. Só depois ouvi pessoas gritando “o prédio caiu”. Alessandro da Silva, de 31 anos, foi a primeira vítima resgatada pelos bombeiros. Ele está consciente e vai ficar em observação.
    http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/ao-menos-19-estao-desaparecidos-apos-desabamento-no-rio