Você é muito bem-vindo aqui!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

IN MEMORIAM agosto 31st, 2010 Última edição impressa do “JB” circula hoje Dívidas levaram ao fim do diário, de 119 anos;


A última edição impressa do “Jornal do Brasil”, um dos mais antigos diários do país, circula hoje. A partir de amanhã, o jornal terá apenas uma versão on-line.
Criado em abril de 1891 pelo escritor Rodolfo Dantas, o “JB” ajudou a definir os rumos da imprensa brasileira.
Por sua Redação passaram jornalistas como Janio de Freitas, Marcos Sá Corrêa e Zózimo Barroso do Amaral, além de escritores que assinavam colunas regulares, a exemplo de Manuel Bandeira, Clarice Lispector e Carlos Drummond de Andrade.
O jornal vivia há décadas em crise financeira, com dívidas trabalhistas crescentes e queda na circulação.
Atualmente, na gestão do empresário Nelson Tanure, que arrendou o uso da marca por 60 anos, tinha dificuldade para manter seu custo operacional (cerca de R$ 3 milhões por mês) diante da queda na circulação e de um passivo estimado em R$ 100 milhões em dívidas.
Tanure já tinha feito outras incursões pela mídia. Em 2002, comprou os direitos de publicação da revista “Forbes”, no Brasil, que um ano depois rompeu o contrato.
Em 2003, arrendou o jornal econômico “Gazeta Mercantil”, que também tinha grande passivo e deixou de funcionar no ano passado.
Em 2008, o “Jornal do Brasil” tinha uma tiragem média de 95 mil exemplares diários. Este ano, caiu para 20 mil.
Tanure não quis comentar o fim da circulação.
Para a versão digital, o jornal pretende manter uma equipe de 150 jornalistas e profissionais da área comercial e administrativa.
Em comunicado a seus leitores, o jornal diz que se tornará o primeiro veículo 100% digital do país. A versão on-line para assinantes custará R$ 9,90 mensais.
Hoje, ao meio-dia, no centro da cidade, o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro fará um ato contra o fim da versão impressa, com a participação de ex-funcionários do “JB”.

HISTÓRIA
O jornal nasceu como um veículo monarquista em pleno regime republicano. Chegou a ser empastelado no primeiro ano por sua cobertura favorável a D. Pedro 2º. Nessa época, tinha em seus quadros nomes como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa.
Em 1959, realizou uma revolucionária reforma gráfica e editorial. Além da diagramação mais limpa e moderna, passou a trazer um noticiário claro e objetivo.

Folha de São Paulo.

Maria Bethania e Gal Costa - Sonho meu

Amo muito Essas Duas!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Comida na boca

Voluntário amamenta um filhote de gato e um filhote de macaco no hospital animal de Hathijan, no Oeste da Índia.

Olhar melancólico

Filhote de tigre branco de seis semanas é segurado no colo durtante uma conferência de imprensa em um zoológico no norte da Alemanha.

Carinho materno

Mãe e cria, ratos silvestres se abraçam em zoológico na Áustria.

Os animais de julho

Macaco curte um picolé dado por seu criador para combater o forte calor no Zoológico de Zhengzhou, na China.

Brincadeira de criança

Hudson, um simpático filhote de urso polar de dois anos de idade, brinca com um balde de gelo no Brookfield Zoo, nos EUA.

Só observando

A ursa polar Nancy se refresca na piscina durante um quente e longo dia no Zoológico de Berlim, na Alemanha.

Raça rara

Cavalos 'Peruvian Paso' são vistos na província de Lurin, próximo a Lima, no Peru. Esta raça de cavalo é criada na região há mais de 500 anos e é conhecida como 'Caballo de Paso Peruano' - ou Cavalo de Passo Peruano.

Dormindo abraçadinho

Dois macacos-aranha tiram um cochilo abraçadinhos no Brookfield Zoo, nos EUA.
Bototerapia
Leonardo Araújo, de 12 anos, nada com um boto cor-de-rosa durante sessão de 'bototerapia' no Rio Negro, na cidade de Novo Airão, no Amazonas. A terapia, que envolve o nado com o boto cor-de-rosa, tem o objetivo de ajudar a curar problemas de saúde através das ondas ultrassônicas emitidas pelo boto, de acordo com o fisioterapeuta Igor Simões. Araújo, que não conseguia andar antes da terapia, diz que sua capacidade física melhorou muito após as sessões.
Ganhando um mimo
Homem brinca com sua iguana de estimação durante abertura da Convenção Internacional de Tattoo em Taipei, em Taiwan.
Bom de bola
Gorila brinca com bola de plástico no Brookfield Zoo, nos EUA.
Vítima do vazamento de petróleo
Uma gaivota atingida pelo óleo que vazava no Golfo do México é limpa por voluntários em Lousiana, nos EUA.
Olhar simpático
Wendy, a zebra que é mãe de um macho recém-nascido, lança um olhar simpático para a câmera no Zoológico de Roma, na Itália.
Cara de malandro
Kekasih, um pequeno filhote de orangotango, escala cordas enquanto aprecia um pequeno lanche no Brookfield Zoo, nos EUA.
Duas abelhas colhem pólen de um girassol em Utrecht, na Holanda.

sábado, 28 de agosto de 2010

Trechos de Clarice Lispector



"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades
para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E
esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

(Clarice Lispector)]

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

What a Wonderful World - Louis Armstrong

Politicando: História do Jazz

Politicando: História do Jazz

História do Jazz




HISTÓRIA DO JAZZ

Nascido do blues, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, o jazz passou por uma extraordinária sucessão de transformações no século XX. É notável como essa música se modificou tão profundamente durante um período de apenas um século.

O termo jazz começa a ser usado no final dos anos 10 e início dos anos 20, para descrever um tipo de música que surgia nessa época em New Orleans, Chicago e New York. Seus expoentes são considerados "oficialmente" os primeiros músicos de jazz: a Original Dixieland Jass Band do cornetista Nick LaRocca, o pianista Jelly Roll Morton (que se auto-denominava "criador do jazz"), o cornetista King Oliver com sua Original Creole Jazz Band, e o clarinetista e sax-sopranista Sidney Bechet. Em seguida, vamos encontrar em Chicago os trompetistas Louis Armstrong e Bix Beiderbecke, e em New York o histriônico pianista Fats Waller e o pioneiro bandleader Fletcher Henderson. Em 1930 o jazz já possui uma "massa crítica" considerável e já se acham consolidadas várias grandes orquestras, como as de Duke Ellington, Count Basie, Cab Calloway e Earl Hines.

A evolução histórica do jazz, assim como da literatura, das artes plásticas e da música clássica, segue um padrão de movimento pendular, com tendências que se alternam apontando em direções opostas. Em meados dos anos 30 surge o primeiro estilo maciçamente popular do jazz, o swing, dançante e palatável, que agradava imensamente às multidões durante a época da guerra. Em 1945 surge um estilo muito mais radical e que fazia menos concessões ao gosto popular, o bebop, que seria revisto, radicalizado e ampliado nos anos 50 com o hard bop. Em resposta à agressividade do bebop e do hard bop, aparece nos anos 50 o cool jazz, com uma proposta intelectualizada que está para o jazz assim como a música de câmara está para a música erudita.

O cool e o bop dominam a década de 50, até a chegada do free jazz, dando voz às perplexidades e incertezas dos anos 60. No final dos anos 60, acontece a inevitável fusão do jazz com o rock, resultando primeiro em obras inovadoras e vigorosas, e posteriormente em pastiches produzidos em série e de gosto duvidoso. Hoje existe espaço para cultivar todos os gêneros de jazz, desde o dixieland até o experimentalismo free, desde os velhos e sempre amados standards até as mais ambiciosas composições originais para grandes formações. Mas qual seria o estilo de jazz próprio dos dias de hoje? Talvez o jazz feito com instrumentos eletrônicos - samplers e sequenciadores - num cruzamento com o tecno e o drum´n´bass. Se esse jazz possui a consistência para não se dissolver como tantos outros modismos, só o tempo dirá.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Patch Adams despedida (poema)


A presunção de inocência e a condenação sumária

O professor de Direito Penal, Túlio Viana, em seu desabafo “Sobre o projeto Ficha Limpa”, vai mais longe: “Se o 'ficha-limpa' não fere a presunção de inocência (defendida pelo art.5º LVII da nossa Constituição), é pior ainda, pois vão tolher a exigibilidade do cidadão mesmo sendo inocente. Êh argumento jurídico bão: nós continuamos te considerando inocente, mas não vamos te deixar candidatar mesmo assim! Que beleza! Ou o cara é presumido inocente ou é presumido culpado. Não tem meio termo. Muitos dos corruptos brasileiros possuem 'ficha limpa' – especialmente os mais espertos, que não deixam rastros. Por outro lado, várias lideranças sindicais brasileiras possuem condenações em segunda instância por 'crimes' que envolveram participação em greves ou em lutas populares; devemos impedir que se candidatem?”, indagou Viana.

Como se vê, a polêmica idéia trata-se de uma aberração, que, pelo mundo, tem apresentado resultados com efeito contrário. A Itália, por exemplo, depois de promover uma perseguição política através da chamada operação “Mãos Limpas”, elegeu Silvio Berlusconi. Tão limpo quanto Maluf. Já uma lei do tipo na África do Sul não teria permitido a eleição de Nelson Mandela, cuja “ficha suja” envolvia condenação por “terrorismo”.

No vídeo citado no início deste texto, o jurista Aristides Junqueira alega que “diferentemente do que em direito penal, no direito eleitoral impera a precaução sobre a presunção”. Por que essa diferença? Não seria a “precaução” uma forma de condenação sumária?

“Ordem e precaução”

Muito se fala em “pôr ordem na casa”. E eu pergunto: a que tem se prestado a palavra “ordem” em nossa história? O que é o “choque de ordem”, de Eduardo Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro, senão a criminalização da pobreza? O que foi o Departamento de Ordem Pública e Social (vulgo DOPS), instaurado por nossa ditadura militar, senão uma caçada a “terroristas”, como Mandela? Pode-se citar ainda episódios desconhecidos de nossa história, mas que, certamente, não foram os únicos. O que foi a “Operação mata-mendigo” (bem contada no filme “Topografia de um desnudo”), que, na década de 60, objetivou “pôr ordem” na cidade do Rio para visita da Rainha Elizabeth? Os mendigos foram brutalmente torturados e jogados no rio Guandu. Policiais e funcionários do então Governo da Guanabara foram indiciados. Porém, com o Golpe de 64, os inquéritos foram todos arquivados e o episódio quase apagado da história do Brasil.

Será incontável o número de artifícios malabaríticos que, já tão usados pelos políticos, surgirão ainda com mais freqüência, como drible para a “mão pesada” da nova lei. Já se tem notícia, por exemplo, de um que candidatou a esposa. É o incentivo a esse tipo de “precaução laranja”, à sujeira encoberta por debaixo do pano para melhor ludibriar o eleitor, que buscamos para nossa sociedade e política?

Por que (e para que) será?

Será que os pequenos delitos diários, não condenáveis pela justiça, não corrompem muito mais nossa política? É muito fácil demonizar os políticos. E nossa “grande mídia” é a primeira a atirar todas as pedras. Por que será? Imaginem se Lula vetasse a lei. Seria massacrado nas capas dos jornalões, ainda mais do que já é. E se fosse proposto um projeto “Ficha Limpa” para a profissão de jornalista, quantos sobrariam? Haja hipocrisia!

Tamanha foi a pressão popular, convenientemente apoiada pela mídia, que todos os deputados votaram pela aprovação do projeto. Ops... Menos um, que, com medo da reação da opinião pública, se apressou em alegar “ter trocado os botões no painel de votação por cansaço”. Os eleitores se enganam, porém, quando imaginam que a nova lei impedirá a reeleição de figuras como Renan Calheiros, José Sarney ou Fernando Collor. Todos estão em dia com a Justiça, a começar por Collor, que se elegeu senador depois de ficar inelegível por oito anos, situação em que se encontram os ex-deputados José Dirceu e Roberto Jefferson.

“E os casos de compra de voto e abuso do poder econômico?”, é o que indaga o ex-deputado José Dirceu em seu artigo “A mídia em mais uma de suas jogadas”. De fato, estes casos raramente levam a condenações. Por que não se tem coragem de falar em reforma política? Uma reforma que proporcionasse reais mudanças na legislação sobre as eleições, no sistema de financiamento das campanhas, nos guetos que ainda permitem que votos sejam trocados por dentadura? Será que alguém já parou para pensar que a aprovação do projeto significou dar poder de veto de candidaturas às oligarquias regionais, que controlam a maioria dos Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Eleitorais? Por que não se discute a sério uma reforma no Judiciário que proporcionasse maior rapidez nos julgamentos, não apenas impedindo a candidatura dos corruptos, mas fazendo com que eles de fato fossem condenados e presos?

Por que não pensarmos antes em educar a população, desde as classes mais básicas do ensino, levando-lhe ao entendimento de que o eleitor é o agente responsável pelas mudanças de uma nação, que é ele que detém nas mãos o verdadeiro poder e mostrando-lhe o caminho para saber escolher melhor seus representantes? Se houver a conscientização de que voto é direito e não dever, para que mesmo uma lei que impõe ao povo o que é ou não condenável?

Hitler tinha a ficha limpa?

Numa atitude desesperada e destemperada, em grande parte repleta de boas intenções, foi o próprio povo que a avalizou. Faltou lembrar que Hitler, o senhor da “mobilização popular”, tão pregada pelo movimento (“radical democrático”) que deu origem ao projeto, era um exemplo de “moral e bons costumes”: para aproximar sua figura a de Gandhi, Goebbles, ministro da Propaganda de Hitler, o “vendia” como vegetariano, enquanto, alertam historiadores, “ele comia macarrão recheado com carne picante e coberto com molho de tomate”. Na busca por “pureza”, não bebia, não fumava.
Estão claras as diferenças contextuais: o Fürer alemão foi um ditador. Mas que, em nome da busca por uma “raça pura” – ou “limpa”, não faz muita diferença – gozou de grande popularidade em sua terra.

Por:Ana Helena

Pesando os prós e contras



Pesando os prós e contras

Apesar de assumi-la como dispensável e muito provavelmente inútil, e, mesmo admitindo que “O candidato pode não ter sido condenado criminalmente, mas ter sua vida partilhada de circunstâncias que comprometem uma probidade imprescindível para o exercício de um mandato público.”, em artigos recentes, Dr. Hélio tem se mostrado simpático à nova lei, porque considera legítima e bem intencionada a iniciativa popular. Legítima, sem dúvida, é. O problema é que o diabo mora nos detalhes e é inegável que lá também mora com ele um sem número de pessoas “bens intencionadas”.

Jânio de Freitas também acha que a lei tem pontos a serem considerados como vitória. “É um caso raro de aprovação contra o interesse de grande número de parlamentares.”, garante. Será mesmo? A quem serve a desmoralização da classe política senão aos próprios políticos que se vêem beneficiados pelo desinteresse de um povo que vota por mera obrigação?

Compreendo e integro a indignação popular diante do fato de políticos usarem o mandato para escapar da punição por seus crimes. Indignação que levou à atitude extrema da criação de tal lei. Não há, no entanto, nada que me convença de que este seja o caminho.

Tal como o Dr. Hélio Bicudo, o advogado Erick Wilson Pereira também considera a lei desnecessária, alegando, porém, outros motivos: "O Brasil é a única democracia no mundo que precisa de uma lei para dizer que os políticos precisam ter ficha limpa. Ter vida pregressa idônea é uma obrigação do agente público. Porém não se pode inverter os valores democráticos. Afinal o grau de civilidade de uma nação se mede pelo princípio da presunção de inocência."

Lavou, tá nova...




Afinal, quem pode ser condenado por “vida pregressa” sem, ao menos, ter direito à sentença condenatória com trânsito em julgado, como quer a nova lei? Quem é “ficha limpa” no mundo e na política de hoje?

O Maluf que conseguiu provar inocência em todos os inquéritos nos quais foi processado e, por isso, não entra na roda? Ele votou a favor do projeto e está aí agora posando de justiceiro.

Taí um papel renegado pelo ministro Marco Aurélio Melo, único do TSE a votar contra a nova lei: “Eu não sou um justiceiro. Eu sou juiz. Aprendi desde cedo que no sistema brasileiro o direito posto visa a evitar que o cidadão tenha sobre a sua cabeça uma verdadeira espada de Dâmocles. Aprendi que a lei não apanha fatos passados.” Isso é o que reza o artigo 5º da nossa Constituição, ao afirmar que a “lei não pode retroagir em detrimento do acusado”.

No final das contas, uma lei desnecessária

Aprendi recentemente com o consagrado jurista Dr. Hélio Pereira Bicudo, que esse artigo é quebrável por crimes imprescritíveis, como a tortura e o seqüestro contínuo. Crimes de lesa-humanidade. Só. E, segundo o mesmo Dr. Hélio, para o caso específico de eleições, é quebrável também pelo “princípio da inelegibilidade”, apresentado no artigo 14, parágrafo 9, da Constituição de 88, que reza que: “Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada a vida pregressa do candidato (...)”.

É esse o artigo usado em defesa da lei pelo “Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral”, responsável pela organização do projeto na sociedade civil e que o chama de “democrático radical”. E é esse o artigo que faz Dr. Hélio chamar a lei de “obsoleta”.

O respeitável jornalista Jânio de Freitas resumiu, em seu artigo “Ficha Limpa” (Folha de S. Paulo, 13 de Maio de 2010): “Trata-se de um projeto de iniciativa popular, cuja aprovação vale como uma advertência para a presença desse direito na Constituição.” Ou seja, já existia. Mas será mesmo válida essa “advertência”?

Lavou, tá nova...




Quando a limpeza não cheira bem

A Itália, depois de promover uma perseguição política através da chamada operação “Mãos Limpas”, elegeu Silvio Berlusconi. Já uma lei do tipo na África do Sul não teria permitido a eleição de Nelson Mandela, cuja “ficha suja” envolvia condenação por “terrorismo”.

Ana Helena Tavares

Como se sabe, a esquerda, embora progressista, não é toda democrática. Exultado pelos dois pólos da política, stalinista e fascista são alguns dos nomes que se aproximam perigosamente do chamado “Ficha Limpa”. O que é essa nova lei? Uma limpeza moral à força? Você? Se fosse um político arrependido de seus crimes não gostaria do direito à segunda chance?

De onde vem a idéia

Peço a quem puder que me cite uma ditadura que não tenha sido instaurada em nome do “combate à corrupção”. Um dos vídeos, criados ainda ano passado em defesa do projeto, é um primor de moralismo hipócrita. Apresenta a proposta de uma varredura que “faria com que os que os eleitores pudessem confiar (?) em quem votar e mudaria o país”. Em política, cruzadas desse tipo invariavelmente acabam em vitória da direita - e mais corrupção. A última que vingou por aqui (travestida de “Marcha pela família com Deus pela Liberdade”) eu ainda nem era nascida, mas sei bem que resultou em 20 anos de ditadura. O jornalista e ex-deputado federal Marcos Rolim lembra: “Foi a ditadura militar que, com a Emenda Constitucional nº 1 e a Lei Complementar nº 5, estabeleceu a cassação dos direitos políticos e a inegibilidade por 'vida pregressa' ”, disse Rolim em seu artigo “Boa intenção, má solução”, em que acusa ainda o projeto de legalizar a “presunção de culpa”.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

James Taylor & Carole King - You've Got a Friend (HQ) (Uploaded by Torni...

Animais em família







O fotógrafo de vida selvagem sul-africano Steve Bloom está lançando seu mais recente trabalho, um livro de fotografia para crianças com idade entre sete e 11 anos.

My Favourite Animal Families (Minhas Famílias Animais Favoritas, em tradução livre), traz fotos de 14 espécies diferentes em 70 páginas e explora a semelhança de comportamento entre animais e humanos.

Com texto do autor infantil David Henry Wilson, o livro detalha as particularidades de cada espécie e seu comportamento em família, como o orangotango, por exemplo, que tende a passar entre seis e sete anos com a mãe antes de ir "morar sozinho".

A obra, publicada pela editora Thames & Hudson, reúne 14 anos de trabalho do fotógrafo, baseado na Grã-Bretanha, e traz imagens de vários continentes, variando entre savana, selva e Antártida.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

What a Wonderful World - Louis Armstrong

Enquanto vc ouve este Genio da Música em todos os Sentidos... Leia Sobre ele aqui!

Louis Armstrong (1901-1971)


Louis Armstrong (1901-1971)
> trompete, voz

Louis Armstrong é, sem dúvida, o músico de jazz mais conhecido do público em todo o mundo. Foi chamado de "a personificação do jazz". Seu retrato e sua voz são inconfundíveis, até para quem não é aficionado do jazz.

Nascido em Storyville, o distrito de New Orleans famoso por seu ambiente, digamos, diversificado, que incluía de bordéis até igrejas, passando por espeluncas diversas, Louis Daniel Armstrong passou a infância mergulhado em grande pobreza. Seu pai abandonou a família asssim que Louis nasceu. Dividindo seu tempo entre a liberdade das ruas e o trabalho para ajudar a família, o pequeno Louis tornou-se uma criança extremamente esperta e adaptada à vida difícil. Conseguiu comprar uma corneta e, sozinho, começou a aprender a tocá-la. Também cantava com um grupo pelas ruas para ganhar uns trocados a mais. Na noite do ano novo de 1912, por brincadeira, atirou para o alto com um revólver, e por isso foi enviado a um reformatório, onde passaria um ano e meio. Curiosamente, foi essa temporada no reformatório que o fez ter um contato intensivo com a música, tocando bugle e corneta na banda da instituição. Ali também começou a aprender harmonia. De volta à liberdade, fez diversos bicos para se sustentar, e aproveitava cada oportunidade para emprestar uma corneta e tocar onde fosse possível, dentre as inúmeras bandas que pululavam por New Orleans - uma música que, no entanto, ainda não era o jazz.

A extraordinária musicalidade inata de Armstrong, somada à disciplina técnica que havia adquirido na banda do reformatório, capacitaram-no a tocar num estilo pessoal, incisivo e virtuosístico que ultrapassava o estilo reinante em New Orleans naquele tempo. Por volta de 1917, Joe “King” Oliver, percebendo o talento do jovem, tomou Armstrong sob sua proteção, e quando foi para Chicago em 1918, recomendou Armstrong para substituí-lo na banda de Kid Ory. Louis tocou com a banda de Fate Marable entre 1919 e 1921, e em 1922 foi para Chicago para se juntar novamente a Oliver. Em 1924 casou-se com Lillian Hardin, a pianista do conjunto de Oliver (a segunda de suas quatro esposas). Por incentivo de Lil, Louis deixou Oliver e entrou para a orquestra de Fletcher Henderson em Nova Iorque, com quem ficaria pouco mais de um ano.

A estréia de Armstrong como líder se deu em 12 de novembro de 1925. Nos anos seguintes, Armstrong gravaria muito, com os Hot Five de 1925-1926, os Hot Seven de 1927 e os Hot Five de 1928 - os melhores (com seis integrantes), com Earl Hines ao piano. Toda essa série de gravações é absolutamente antológica, e ocupa um lugar central na história do jazz. Nelas, o gênio de Armstrong se revela em sua plenitude. Durante esse período, Armstrong também trabalhou com inúmeras orquestras. Foi por essa época que ele trocou definitivamente a corneta pelo trompete. A partir de 1929, Armstrong deixa os conjuntos pequenos e passa dezenove anos trabalhando apenas à frente de grandes orquestras, sempre como estrela absoluta. Em 1932 e 1933 fez suas primeiras turnês pela Europa. Em 1938 Louis e Lilian se divorciam e ele se casa com Alpha Smith. Em 1942 casa-se com Lucille Wilson, que seria sua esposa até o fim da vida. Nos anos 40, especialmente com o declínio do swing no pós-guerra, a música de Armstrong começou a ser considerada pelo público como um tanto fora de moda. Em 1948 forma o Louis Armstrong and His All Stars, um sexteto de grandes músicos, nos moldes do seu segundo Hot Five, agora com a participação do ex-clarinetista de Duke Ellington, Barney Bigard, o notável trombonista Jack Teagarden, o baixista Arvel Shaw, o grande baterista Sid Catlett, e o mestre Earl Hines ao piano. Esse conjunto se revela o contexto ideal para a arte de Armstrong, e com ele faz turnês por todo o mundo. No entanto, com o passar do tempo, ocorreram sucessivas mudanças no pessoal dos All Stars, o padrão musical caiu sensivelmente, e a música se tornou mais previsível.

Nos anos 50 e 60, Armstrong se tornou uma celebridade sem paralelo no mundo da música popular, graças não só às suas turnês e gravações, mas também, às suas participações em filmes. Apesar de ter sofrido um ataque cardíaco em 1959, continuou ativo e realizando turnês. Enfrentou algumas críticas por parte dos ativistas negros norte-americanos, pelo fato de não militar mais ativamente no movimento dos direitos civis. Porém é preciso lembrar que, naquela época, Louis já se aproximava dos 60 anos de idade, e pertencia a uma geração diferente daquela que estava assumindo a linha de frente dos protestos e da militância no final dos anos 50 e ao longo dos anos 60. Armstrong trabalhou até os seus últimos dias, e morreu dormindo em sua casa, em Nova Iorque, em 6 de julho de 1971.

Numa avaliação objetiva, no plano musical, toda a fama de Armstrong, de proporções quase mitológicas, é plenamente merecida. Ele efetivamente redefiniu o jazz, e foi o seu primeiro grande virtuose. Em primeiro lugar, Armstrong expandiu os limites de seu instrumento, ampliando a extensão do trompete até notas consideradas inacessíveis aos executantes anteriores, de tão agudas. Seu som é límpido e quente, com um vibrato absolutamente regular nos finais de frases, como poucos na história do jazz. Seu fraseado é admiravelmente focalizado e, acima de tudo, inventivo: Armstrong inicia e termina suas frases em pontos que nunca são óbvios. Sua improvisação nos depara uma imaginação que parece inesgotável. A influência de Armstrong pode ter sido mais direta ou indireta, dependendo das épocas e dos estilos em voga, porém nunca desapareceu completamente; está presente em todo o jazz. A maioria dos trompetistas que vieram depois de Armstrong têm alguma dívida para com ele.

Com o passar dos anos, Louis começou a cantar cada vez mais, às vezes até mais do que tocar, e foi principalmente essa imagem que ficou gravada no inconsciente coletivo - a de cantor e entertainer, mais do que trompetista. Alguns críticos consideram a propensão cada vez maior de Armstrong para cantar como um sinal claro de declínio ou acomodação no plano musical. Porém é preciso entender o canto de Armstrong como sendo mais uma faceta de seu talento, que já se manifestava em algum grau desde os anos 20. Com uma voz singular e sem paralelo na história da música - embora se tenha freqüentemente tentado imitá-la - Armstrong era um grande cantor. O timbre rouco e grave teria sido considerado esdrúxulo em qualquer outro contexto, porém para o jazz se mostrava um instrumento admirável. A entonação aparentemente “preguiçosa” escondia um timing perfeito e um senso rítmico impecável, que dava a cada frase o recorte perfeito. Uma outra característica única da voz de Armstrong era a maneira pela qual ele mantinha o vibrato mesmo nas consoantes finais das palavras (“ar-r-r-r-r”, “is-z-z-z-z”, etc). Finalmente, deve-se destacar que ele era um cantor imensamente expressivo, que valorizava cada verso da letra na medida exata.

Acima de tudo, Armstrong demonstrou, ao longo de toda a carreira, possuir uma personalidade generosa, em termos tanto humanos como musicais.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

The Mamas & The Papas: California Dreamin'

LINDA LINDAAAA

O pão político(Fernando Sobral)


Fernando Sobral

A antiga Roma explicou como se governava com sucesso: com pão e com circo.
Garantia estabilidade social e vida descansada aos cônsules. No Coliseu, o povo distraía-se enquanto recebia pão e trigo. Tudo se complicava quando este equilíbrio de emoções não era possível de concretizar. Um dos inimigos de Cícero, Clodius, chegou a propor a distribuição de pão grátis aos cidadãos. A questão que se pôs foi então: como se poderá pagar esta medida? Os políticos da idade moderna aprenderam com os romanos. O pão e o circo foram hoje substituídos pelo consumo como garante da democracia. Na Europa agrega-se a isso a saúde,
a educação e a segurança social como pão político do nosso tempo. É por isso que o aumento do pão em Portugal já não faz cair regimes, como ia acontecendo em 1923. O pão foi substituído pelos telemóveis e pelos plasmas como símbolo das nossas necessidades. Mas isso não esconde a realidade: neste mundo de interdependências, há coisas que mostram que não podemos ser dependentes em tudo das importações. Portugal depende das importações de trigo para colocar todos os dias na mesa um hábito salutar: o pão. E não só: importa dois terços do peixe que consome. No azeite, só os olivais plantados nos últimos anos permitirão equilibrar as nossas necessidades. Somos deficitários em alguns dos produtos que são a base
da dieta mediterrânica que hoje tantos prezam. Um disparate. Já não há espaço para o pão político nos dias de hoje. Mas ele simboliza perfeitamente os desequilíbrios estruturais
da nossa economia. E a falta de vontade política.

O caos organizado (Fernando Sobral)


(Fernando Sobral)
O melodrama foi criado em finais do século XVIII.
Tecnicamente misturava drama com música e o seu objectivo era criar emoção e lágrimas. O cinema refinou a técnica e agora os portugueses adaptaram-no ao seu sistema judiciário. A justiça portuguesa tornou-se um drama pimba. Já não se sabe se devemos rir ou chorar. O que se vai sabendo da investigação ao que se passou no Freeport é um "vaudeville" completo, cheia de números de acrobacias sem nexo. Pinto Monteiro já nos tinha convencido que era uma irrelevância activa. Desconhecia-se é que Cândida Almeida tinha vocação para funcionar como alvo móvel sempre que há "fogo amigo" sobre José Sócrates e isso possa causar danos colaterais. E estávamos longe de imaginar que os investigadores britânicos eram os melhores ombros para os procuradores portugueses chorarem as infâmias que lhes fazem.

O que se passa na justiça portuguesa já nem é um melodrama: é um ensaio de ópera-bufa num hospício.

É o resultado da politização da justiça portuguesa a que ninguém soube reagir: nem a sociedade civil, nem os magistrados, nem os polícias. Não é de agora que se tem vindo a efectivar esta politização: lembre-se só o que foi o ínclito mandato de Celeste Cardona à frente do sector. As mudanças de leis penais a pedido ajudaram à festa. E tudo isso traduziu-se na balcanização da magistratura e da polícia.

Os políticos portugueses conseguiram o que queriam: nos tribunais e nas polícias todos estão contra todos.

É o chamado caos organizado. Péron governava assim. Os nossos políticos aprenderam com ele.

O desleixo


Fernando Sobral
O fogo traz, todos os anos, o fumo das dúvidas sobre a forma como Portugal olha para a sua floresta.
As temperaturas extremas, com as mudanças climatéricas globais, estão aí para ficar e sobre isso já não há dúvidas. Mas o fundo da questão é sempre esquecido quando os fogos desaparecem da abertura dos telejornais. A floresta é um bem social, cultural, económico e ecológico. Mas Portugal trata-a com desleixo. Da mesma forma como muitas coisas são tratadas neste País. Basta olhar para as sarjetas de Lisboa: quando chover tudo voltará a ser inundado, por falta de limpeza atempada. A política florestal é inexistente. Há uma estratégia clara em Portugal: arde e deixa arder. Basta ver a grande esfinge que é o ministro Rui Pereira na televisão para sentirmos que tudo continuará na mesma como a lesma. Não há uma gestão do território por parte do Estado. Há demasiadas terras ao abandono e estas são, na maior parte dos casos, o terreno perfeito para os incêndios. Não há uma eficaz utilização da floresta como bem económico por parte do Estado e este não sabe, ou não quer, utilizar o "know-how" privado para essa gestão. Porque ele existe, como se sabe. Quando a floresta produz riqueza as pessoas ficam lá e não a abandonam. Sem isso irá morrer, abandonada. A preservação ecológica da floresta portuguesa, da sua fauna e flora, passará pela forma como soubermos usufruir dela. É essa gestão que o Estado português não tem sabido fazer por pura incompetência. A cinza é o que sobra do desleixo português com a sua floresta.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pavarotti & Barry White - My first, my last, my everything

Lula assina 'contrariado' decreto com sanções ao Irã, diz Amorim


Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 10/8/2010 16:06
Lula assina 'contrariado' decreto com sanções ao Irã, diz Amorim

Lula assina 'contrariado' decreto com sanções ao Irã, diz Amorim

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice José Alencar durante reunião ministerial nesta terça-feira (Foto: Ricardo Stuckert / PR)"

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou "contrariado" o decreto que regulamenta uma nova rodada de sanções econômicas contra o Irã, aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em junho.

"O Brasil faz isso contrariado, porque votamos contra esta resolução", disse o ministro Amorim, logo depois de participar de uma reunião ministerial com o presidente Lula.

"Não acreditamos que (a medida) contribua para resolver o problema do programa nuclear iraniano", acrescentou.

Brasil e Turquia, que participam como membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, votaram contra a aplicação das sanções. A medida foi defendida principalmente pelos Estados Unidos, com o apoio de outras potências que integram o Conselho.

As sanções foram aprovadas com o argumento de que o Irã estaria desenvolvendo um programa nuclear com fins militares.

Entre as medidas está a proibição da venda de várias categorias de armamentos pesados ao Irã, inclusive helicópteros de ataque, mísseis e navios de guerra.

Além disso, a resolução pede que todos os países inspecionem, em portos e aeroportos dentro de seus territórios, cargas suspeitas de conter itens proibidos a caminho do Irã ou vindos do país.

Multilateralismo

Mesmo tendo sido voto vencido, o Brasil irá adotar as penalidades contra Teerã por "ser fiel ao multilateralismo", segundo Amorim.

"O presidente Lula assinou o decreto porque o presidente Lula tem a tradição de cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança, mesmo quando não concorde com elas, por ser fiel ao multilateralismo e por ser contra decisões unilaterais", disse o ministro.

As sanções foram aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU menos de um mês depois de Brasil e Turquia terem intermediado uma proposta de acordo com o Irã a respeito de seu programa nuclear.

Naquela semana, em uma entrevista à BBC Brasil, Amorim disse ter ficado "desapontado" com a reação dos Estados Unidos e outros membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, referindo-se ao fato de terem ignorado a tentativa de acordo entre Brasil, Turquia e Irã.

Asilo

Amorim também disse que governo brasileiro formalizou, junto ao governo do Irã, uma proposta de asilo à iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por adultério.

"O presidente Lula expressou o oferecimento do Brasil de recebê-la, se isso ajudar a evitar a execução", disse o chanceler.

Ainda segundo Amorim, o embaixador brasileiro em Teerã foi "instruído" a comunicar a proposta à chancelaria iraniana.

"A nosso ver, a formalização desse oferecimento é o sentimento do povo brasileiro diante de algo que é desconcertante para a nossa cultura e para o nosso modo de ver", acrescentou.

Segundo Amorim, as autoridades iranianas ainda não se manifestaram sobre a oferta brasileira.

A proposta de asilo no Brasil havia sido sugerida informalmente por Lula há duas semanas, durante um comício.

"Apelo a Mahmoud Ahmadinejad, que permita ao Brasil conceder asilo a esta mulher", disse o presidente na ocasião.

Pavarotti & Barry White - My first, my last, my everything

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sapateado e Liderança

Greenpeace simula vazamento de petróleo em SP por energia limpa


Ativistas do Greenpeace simularam nesta segunda-feira (9) um vazamento de óleo em frente à sede da BP na capital paulista, em protesto contra o desastre ambiental provocado no golfo do México pela explosão de uma plataforma de petróleo da empresa no dia 20 de abril.

A simulação utilizou quatro barris cheios com uma substância preta (uma mistura de farinha com tinta não tóxica e lavável).

A atividade em frente ao escritório da BP em São Paulo durou cerca de meia hora e envolveu 15 ativistas. Eles derrubaram dois dos barris e fizeram furos nos outros dois, espalhando bichos de pelúcia sobre a substância preta que saía deles, representando a fauna do golfo do México atingida pelo petróleo que vazou da plataforma.

Os ativistas também prenderam uma placa no chão com a frase "BP hoje, pré-sal amanhã", lembrando dos riscos de se ir cada vez mais fundo na busca de uma "fonte suja de energia".

Segundo dados do governo dos Estados Unidos, o acidente liberou o equivalente a 5 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, paralisando a pesca e o turismo no litoral de 4 estados americanos e causando danos ainda incalculáveis a ecossistemas costeiros e marinhos na região.

O número oficial, ainda não auditado por fontes independentes, é suficiente para transformar o vazamento da BP no maior da história e serve para lembrar dos riscos que o mundo corre para continuar a saciar a sua sede por combustíveis fósseis.

BRASIL

"Como já consumimos praticamente todo o petróleo em áreas de acesso mais fácil", aponta Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Energia do Greenpeace, "temos que ir cada vez mais longe e mais fundo para encontrá-lo".

As novas reservas brasileiras, por exemplo, que estão na camada do pré-sal, encontram-se a mais de 7 mil metros de profundidade. A plataforma acidentada da BP extraía petróleo no golfo do México a quase 2 mil metros de profundidade.

"O acidente demonstrou que não há tecnologia capaz de evitar grandes vazamentos no mar", diz Baitelo. Além da falta de segurança, o investimento na exploração de petróleo em águas profundas segue na contramão da necessidade de se buscar fontes de energia capazes de reverter a crise climática.

No caso do Brasil, existe um projeto de lei tramitando no Congresso para incentivar o investimento e a utilização de energias renováveis, limpas e seguras no país. "Mas o governo não parece interessado nele. Prefere enxergar o desenvolvimento do país na exploração das reservas do pré-sal", reclama o Greenpeace.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

#ligalula liga lá. Morte a pedrada não dá

Quero que esta moça seja liberta...E que ela possa ser um símbolo VIVO na Luta Contra Barbáries como as que existem em seu país!

Brasil e Turquia: salvem Sakineh!


ttps://secure.avaaz.org/po/save_sakinehs_life/?cl=694322142&v=6927A
Brasil e Turquia: salvem Sakineh!
Sakineh Mohammadi Ashtiani pode ser executada por adultério no Irã dentro de alguns dias.

Somente intensas pressões diplomáticas de dois homens podem salvar a sua vida - o Presidente Lula e o Primeiro Ministro da Turquia, Erdogan.

Mais de 32.000 brasileiros já enviaram mensagens ao Lula, mas é preciso fazer mais. A Avaaz está lançando anúncios de emergência em jornais chave no Brasil e na Turquia, pedindo para que os dois líderes façam tudo o que podem para garantir a libertação de Sakineh e acabar com o apedrejamento. Se cada um de nós doarmos uma pequena quantia nas próximas 72 horas, nós poderemos fazer este forte apelo, antes que seja tarde demais.

Doe agora para financiar estes anúncios e apoiar a continuidade da campanha da Avaaz:

Doe Agora:

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Palocci deve assumir Secretaria-Geral da Presidência e Bernardo deve ir para a Casa Civil


O ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) deve ser o novo secretário-geral da Presidência da República. A nomeação ainda não foi confirmada pela equipe de transição, mas a condução do petista ao cargo é dada como certa por membros da cúpula do partido.

A previsão é de que a pasta seja turbinada e abandone o perfil institucional. Palocci faria a ponte com governadores e prefeitos sobre temas como reforma tributária e partilha dos royalties do petróleo.

Segundo o R7 apurou, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ficará à frente da Casa Civil. A presidente Dilma chegou a ligar para Bernardo na última segunda-feira (22) para avisá-lo em primeira mão da decisão de colocar Miriam Belchior, atual coordenadora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no seu atual cargo a partir do ano que vem.

O deputado federal Eduardo Cardozo (PT-SP), de acordo com fontes do partido, é tido como certo no Ministério da Justiça, apesar de o petista evitar falar no assunto. Também devem permanecer no cargo a atual presidente da Caixa Econômica federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Já o nome da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), mais cotada no momento para assumir o ministério dos Esportes, está sendo testado para avaliar a reação do PCdoB. Pessoas próximas a Dilma, no entanto, consideram a gaúcha como uma boa escolha porque ela “será bem assessorada” e não representa um tipo de parlamentar “que só tem popularidade e pouco conteúdo”.


O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ainda tem destino incerto. Pode permanecer no comando da pasta ou assumir o Ministério da Saúde.

Nesta quarta-feira (24), a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) confirmou três nomes da equipe econômica em nota. Como já havia sido antecipado, Guido Mantega foi convidado para permanecer no Ministério da Fazenda. A secretária-executiva do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior, será a nova ministra do Planejamento, e o atual diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, foi indicado para assumir a presidência da entidade.