Pediatria
De acordo com levantamento, 10,4 milhões de jovens até 18 anos receberam o diagnóstico em 2010 no país
Mudanças em relação ao TDAH
Alterações observadas em relação a tratamento e diagnóstico do transtorno em jovens menores de 18 anos dos Estados Unidos entre 2000 e 2010- • O número aumentou 66% (de 6,2 milhões para 10,4 milhões)
- • Os medicamentos mais utilizado para o tratamento de TDAH foram as drogas psicoestimulantes
- • O uso de drogas psicoestimulantes diminuiu de 96% para 87% em relação a todos os tratamentos recomendados
- • Maioria do diagnóstico foi dada por clínicos gerais ou médicos de cuidados primários
- • Atendimento feito por especialistas, como o psiquiatra infantl, aumentou de 24% para 36%
No entanto, os pesquisadores afirmam que ainda não é possível definir como as várias e importantes mudanças que ocorreram em relação ao TDAH na última década - em relação a diagnóstico e tratamento - contribuíram para a melhor condução de soluções ao problema.
A pesquisa — O estudo americano, com base em dados do Índice de Saúde Nacional de Doença e Tratamento, um grande levantamento feito com médicos em 2010, buscou quantificar todos os diagnósticos de TDAH e os padrões de tratamento feitos em jovens menores de 18 anos. Ao todo, 10,4 milhões de crianças e adolescentes dessa faixa etária foram diagnosticadas com TDAH em atendimento médico ambulatorial nos Estados Unidos em 2010. Em 2000, esse número foi de 6,2 milhões.
Os pesquisadores também observaram que as drogas psicoestimulantes foram os medicamentos mais prescritos para os jovens com TDAH, embora seu uso tenha diminuído de dez anos para cá. A substância foi utilizada em 96% dos tratamentos para o transtorno em 2000, e em 87% em 2010. Segundo Garfield, não está claro o motivo que explique essa redução, já que não houve aumento do uso de outros medicamentos que podem substituir os psicoestimulantes.
Outra mudança em relação ao TDAH observada pelo estudo foi a de que, embora a maioria dos jovens nos Estados Unidos seja diagnosticada com o transtorno por médicos de cuidados primários, ou por clínicos gerais, houve um claro aumento de diagnósticos feitos por médicos especialistas, como psiquiatras. Em 2000, esses profissionais atenderam 24% dos pacientes com o transtorno e, em 2010, esse índice foi de 36%. “Recentemente, diversos avisos de saúde pública têm alertado sobre os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos utilizados para tratar TDAH. Talvez por isso os clínicos gerais estejam deixando de tratar pacientes com o transtorno e encaminhando-os a especialistas”, afirma Garfield.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/numero-de-criancas-diagnosticadas-com-tdah-aumentou-66-em-dez-anos-nos-eua
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