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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Era do Rádio


Era do Rádio (Old-time radio ou Golden Age of Radio, em língua inglesa) é o período que, nos Estados Unidos e outros países, compreendeu os anos de sucesso das emissoras de rádio. Nos EUA foram as décadas de 20 e 30, enquanto no Brasil o auge desse meio de comunicação ocorreu nos anos 40 a 50 do século XX. Até a chegada da televisão o rádio era o veículo de comunicação de massas com maior alcance e imediatismo.


A primeira transmissão de rádio realizada no Brasil ocorreu no dia 7 de setembro de 1922, durante a inauguração da Exposição do Centenário da Independência na Esplanada do Castelo. O público ouviu o pronunciamento do Presidente da República, Epitácio Pessoa, a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal. Desde 1922 as experiências com rádio-clubes vinham sendo realizadas; entretanto, foi somente em 1923 que Roquette Pinto inaugurou a primeira emissora de rádio, a Rádio Sociedade. No ano seguinte, foi inaugurada a Rádio Clube do Brasil. Em 1926, foi inaugurada a Rádio Mairynk Veiga, seguida da Rádio Educadora, além de outras da Bahia, Pará e Pernambuco.[1]

A década de 30 marcou o apogeu do rádio como veículo de comunicação de massa, refletindo as mudanças pelas quais o país passava. O crescimento da economia nacional atraía investimentos estrangeiros, que encontravam no Brasil um mercado promissor. A indústria elétrica, aliada à indústria fonográfica, proporcionaram um grande impulso à expansão radiofônica.[1]
(1938 - 1945)

Quando a Rádio Nacional foi fundada, no ano de 1936, o mundo inteiro ainda mal refeito da primeira Grande Guerra esperava pela eclosão de um novo conflito. No Brasil, Getúlio Vargas governava com aparência de alguma legalidade. Fora eleito por uma Assembléia Constituinte, por ele mesmo nomeada, em 1934. Entretanto, o golpe que viria a implantar o Estado Novo encontrava-se em gestação. O governo conseguira a pouco debelar a Intentona Comunista, liderada por Carlos Prestes. Foi neste cenário, que a Rádio Nacional foi concebida.[2] A Rádio Nacional marcou a radiofonia no Brasil. Em seus quadros, brilhavam os talentos de Iberê Gomes Grosso, Luciano Perrone, Almirante, Radamés Gnattali e Dorival Caymmi. Em 1940, a Rádio Nacional foi encampada pelo pelo governo de Getúlio Vargas, a programação ganhou novo formato, sob a direção de Gilberto de Andrade.[1]

O auge do rádio no Brasil ocorreu a partir dos anos 40, quando o país assiste o surgimento de ídolos, novelas e revistas a expor o meio artístico. Dessa época são nomes como Mário Lago, Cauby Peixoto, Emilinha Borba, Paulo Gracindo, Janete Clair e muitos outros, que eram retratados na Revista do Rádio, de Anselmo Domingos.[3]

Apesar de ter garantido por várias décadas papel de destaque na sociedade brasileira, em fins da década de 1950, com a concorrência da televisão, o rádio começou a perder prestígio, uma vez que a recente novidade reunia não apenas som, mas também imagem. Além do mais, ficava caro manter um cast de atores e atrizes.

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