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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PF prende prefeito de Dourados e mais 28 por fraude em licitações públicas


PF prende prefeito de Dourados e mais 28 por fraude em licitações públicas

Publicada em 01/09/2010 às 20h09m
O Globo, TV Morena

Ari Artuzi é acusado de liderar quadrilha/Foto Divulgação

SÃO PAULO - A Polícia Federal desencadeou uma operação na Prefeitura de Dourados, no Mato Grosso do Sul, onde cumpriu 29 mandados de prisão temporária e 38 conduções coercitivas. De acordo com a PF, o prefeito do município, Ari Artuzi (PDT), chefiava uma quadrilha para prática de fraude a licitações e corrupção ativa. Também foram presos a mulher dele, o presidente da Câmara e nove vereadores. Dourados é a segunda maior cidade do estado.

Além do prefeito, foram presos o vice-prefeito, Carlos Roberto Bernades, o presidente da Câmara de Vereadores, Sidlei Alves da Silva (DEM), e o vice-presidente, José Carlos de Souza (PSDB), além dos vereadores, empresários e o procurador municipal de Dourados. Isso deixou a cidade sem governo, segundo a própria assessoria da prefeitura. Um diretor de hospital envolvido nas fraudes também foi preso.

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Segundo investigações, as fraudes consistiam no direcionamento de licitações por meio de corrupção de servidores públicos e agentes políticos. Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato. Os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados, da situação e da oposição, para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito

As investigações começaram em maio deste ano e apontaram a participação de secretários municipais, empreiteiros, prestadores de serviços, vereadores e servidores públicos. A operação foi batizada de Uragano e conta com 200 policiais federais. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e pela 1ª Vara Criminal de Dourados

Doze delegados foram convocados para ouvir os presos. A prisão temporária vale por cinco dias, mas pode ser prorrogada. Como a cidade ficou sem representantes dos poderes executivo e legislativo, o Tribunal de Justiça vai decidir quem vai governar a cidade.

Na lista de presos estão:

Ari Artuzi (prefeito);

Maria Aparecida de Freitas Artuzi (esposa de Ari);

Carlos Roberto Assis Bernardes, o Carlinhos Cantor, (vice-prefeito);

os vereadores Sidlei Alves (presidente da Câmara), Aurélio Bonato, Edvaldo Moreira, Humberto Teixeira Junior, José Carlos Cimatti Pereira, José Carlos de Souza (Zezinho da Farmácia), Julio Artuzi Sucupira, o 'Tio Julio', Marcelo Barros, Paulo Henrique Ferreira, o Bambu;

Alziro Moreno (procurador-geral do Município);

Tatiane Moreno (Secretária de Administração):

Ignez Maria Medeiros (Secretária de Finanças);

Cláudio Marcelo Hall (Secretário de Serviços Urbanos);

Dilson Cândido de Sá (Secretário de Obras);

Antônio Fernando de Araujo Garcia (dono de construtora);

Geraldo Alves de Assis (funcionário de construtora);

Carlos Gilberto Recalde;

Marco Aurélio de Camargo Areias (diretor do Hospital Evangélico);

João Éder Kruger (controlador-geral do município);

Paulo Ferreira do Nascimento (assessor do prefeito);

Sidnei Donizete Lemes Heredias;

Thiago Vinícius Ribeiro (diretor do Departamento de Licitações);

Helton Olinski Farias (gestor de compras da prefeitura);

José Antônio Soares, o Zeca do MS (proprietário de construtora);

José Roberto Barcelo, o JR (ex-chefe do setor de licitações).

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