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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Estilo de vida oriental

Corpo e Bem-estar
As japonesas são líderes no ranking de longevidade no mundo. O que elas fazem? Dieta oriental e medicina preventiva. Exercícios e tratamentos terapêuticos japoneses ajudam a prevenir doenças e a relaxar, além de serem ótimos aliados na busca pelo equilíbrio entre corpo e mente.


As atividades do milenar sistema de saúde japonês Honnô têm como base a capacidade de regeneração e autopreservação do organismo para manter-se rígido e retardar o envelhecimento. "O médico de formação oriental busca evitar o adoecimento de seu paciente, seguindo os oito caminhos que levam à cura: o movimento energético, o sono reparador, a alimentação de alta vitalidade, a respiração energética, a postura mente-corpo, o relaxamento, a meditação terapêutica e a estimulação energética corporal", revela Sohaku Bastos, Mestre em Terapia Honnô pela Escola de Medicina Humana de Osaka, no Japão.

Já as terapias orientais ganham adeptos no mundo todo e chamam, cada vez mais, a atenção da medicina ocidental. "Para atender a um público exigente, resolvemos oferecer tratamentos alternativos de origem japonesa. Percebemos que eles ajudam a combater a ansiedade e o estresse causados pela mudança no estilo de vida das pessoas", diz Márcia Pinto Ferreira, coordenadora de estética do Spa Posse do Corpo, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Fomos atrás da sabedoria das orientais e encontramos dicas ótimas para ajudar você a se manter linda e saudável - por dentro e por fora! Confira exercícios terapêuticos reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde como Honnô-Kikô, Karatê-Hô, Yawara, meditação, entre outras tantas terapias japonesas, oba!

10 lições de saúde, bem-estar e beleza que vêm do outro lado do mundo, oba!

1 - REIKI: O sistema consiste na cura pela energia universal, através das mãos e da aplicação das chamadas mudras (símbolos). Pode gerar ceticismo por se tratar de uma técnica que vai além do físico, diferentemente de uma massagem ou sessão de acupuntura. É indicado para amenizar problemas físicos e emocionais, desde efeitos colaterais devido a tratamentos químicos, à depressão, ansiedade e resfriados. As sessões duram, em média, 50 minutos.
Crédito: Dreamstime

2 - MEDITAÇÃO: A meditação não serve para curar, mas para obter autocontrole e evitar a depressão, estresse, doenças psicossomáticas, gastrite, diabetes, hipertensão, insônia e TPM. Uma pesquisa canadense afirma que os gastos com saúde caíram 30% em pacientes adeptos da meditação. No entanto, a atividade não tem nada a ver com relaxamento. Trata-se de uma técnica que leva a um estado de superconsciência e de autoconhecimento. Para quem quiser tentar, vale lembrar que é preciso concentração e persistência. Procure um orientador para ajudá-la no início.
Crédito: Dreamstime

3 - SHIATSU: Técnica de massagem que utiliza a pressão dos dedos na região dos meridianos do corpo, linhas imaginárias que possuem pontos-chave de energia. O Shiatsu tradicional é indicado para tratamento de diversos tipos de enfermidades, dentre elas dores musculares e articulares, enxaqueca, flexibilidade reduzida, problemas menstruais e digestivos, asma, lesões esportivas, depressão, estresse e hipertensão. Cada sessão dura aproximadamente 50 minutos e, por se tratar de uma massagem forte, não é indicada para idosos.
Crédito: Dreamstime

4 - BANHO DE OFURÔ: Banho tradicional dos japoneses, o ofurô é uma verdadeira terapia. A água utilizada é mineral ou sulfurosa, enriquecida e perfumada com substâncias que transmitem propriedades relaxantes e benéficas para a saúde. É uma excelente medida para combater a fadiga e o estresse. Se realizada com água mais fria, estimula o metabolismo, diminui a irritabilidade muscular e aumenta a imunidade. Já a água quente serve para amenizar dores musculares e renovar o corpo. As sessões de ofurô duram de 30 a 90 minutos. No Spa Posse do Corpo, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, a terapia ganhou versões para lá de diferentes com frutas, mel, café e ervas.
Crédito: Dreamstime

5 - SHISEI-KIKÔ: É a prática de exercícios de correção postural mente-corpo. Todos sabem que a postura corporal é o reflexo do estado emocional do indivíduo. A relação mente-corpo-energia se apresenta como uma unidade indivisível e coerente. Se houver desarmonia nessa integração, o resultado é o adoecimento. Por isso, práticas que fortaleçam a coerência psicossomática são de fundamental importância para a saúde. Não existem contraindicações para essas atividades e elas podem ser realizadas diariamente.

6 - HONNÔ-KIKÔ - Conjunto de exercícios físicos energéticos sequenciais, conhecidos popularmente no Japão como Taisô-Kikô. O objetivo é fortalecer músculos e esqueleto, além de harmonizar o movimento corporal com respiração e atitude mental correspondentes, respeitando o organismo de cada indivíduo e levando-o à cura. Os benefícios são muitos: aumenta a sensação de bem-estar, desperta a capacidade de discernir com rapidez situações de perigo, facilita o controle do peso, fortalece a memória e aumenta a vitalidade. É indicado para todas as idades, sendo os idosos os mais beneficiados. Contraindicado apenas para pessoas com distúrbios psiquiátricos graves e incapacidade muscular e esquelética. As atividades devem ser realizadas diariamente ao ar livre, em casa ou em academias.

7 - TAIKYOKY-TAISÔ: Semelhante ao Taichi Chuan chinês, esta atividade pode ser desenvolvida por pessoas de qualquer faixa etária e tem como objetivo promover a saúde e o bem-estar. As contraindicações são mínimas e se restringem a pacientes enfermos. Deve ser realizada diariamente e os benefícios no campo somático e psíquico podem ser rapidamente constatados.

8 - YAWARA: Consiste em uma curiosa prática terapêutica que deu origem ao Shiatsu. Como se fosse uma luta, dois indivíduos pressionam os pontos de acupuntura mais energeticamente vulneráveis um do outro, a fim de "dominar" e, ao mesmo tempo, massagear o oponente. Não há contraindicações e o seu principal benefício é o fortalecimento energético da unidade mente-corpo. Pode ser praticada duas vezes por semana.

9 - DICA DE BELEZA: A grife de cosméticos artesanais Empório Body Store criou a linha Sakura No Ki que utiliza a delicada fragrância da cerejeira, flor tipicamente japonesa, em sua fórmula. “Uma das características das mulheres orientais é ter uma pele lisa e vistosa, por isso criamos produtos para manter o conteúdo hídrico natural da pele e evitar o ressecamento. A ação antioxidante é obtida através da vitamina E, que possui o poder de regeneração dos tecidos e combate os radicais livres”, diz a empresária Lídia Meirelles, uma das franqueadas da grife. A formulação tem ainda óleo de amêndoas doce, remédio ideal para pele seca, óleo de avelã, estimulante da circulação sanguínea, e óleo de germe de trigo, eficaz contra o estresse físico.
Crédito: Divulgação / Empório Body Store

10 - Uma vida com equilibrio depende de como vivemos a vida!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Documento relaciona prejuízos financeiros de Furnas a aparelhamento político




24/01/2011 - O Globo - RIO - Na agenda de Dilma Rousseff, outra negociação difícil à vista: mudança total em Furnas, joia do setor elétrico e considerada feudo do PMDB fluminense. Sob o risco de fechar o segundo ano consecutivo no vermelho, Furnas é cenário de uma queda de braço entre peemedebistas e petistas pelo controle da empresa sediada no Rio. A crise foi exposta em documento recente, elaborado por engenheiros da estatal, que vinculam o aparelhamento político da direção aos recentes prejuízos financeiros.

O texto, já entregue a autoridades federais e parlamentares, irritou o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), citado nominalmente pelos engenheiros como líder da ala peemedebista em Furnas. Ele acusou os petistas de estarem por trás das denúncias.

De acordo com fontes do governo, o atual presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho, não ficará no cargo. O PMDB mineiro disputa a indicação com dois nomes: o deputado Marcos Lima e o senador Hélio Costa. Mas Dilma já avisou que deseja um nome técnico.

Desde 2007, quando o ex-prefeito Luiz Paulo Conde assumiu a presidência de Furnas, é conhecida a influência do PMDB em áreas estratégicas da empresa. Doente, Conde foi substituído por Carlos Nadalutti, também indicado pelos peemedebistas liderados por Cunha. O partido controlaria ainda as diretorias Financeira e de Construções.

Em 2009, a estatal encerrou o ano com prejuízo líquido de R$ 129,15 milhões, contra lucro líquido de R$ 454,52 milhões em 2008. Em março, quando será divulgado o balanço de 2010, espera-se um novo resultado negativo.

Nos últimos quatro anos, a entrada do PMDB na empresa foi alvo de polêmica e protestos. A Associação dos Aposentados de Furnas (Após Furnas) chegou a ir às ruas, em pelo menos duas ocasiões, para denunciar as pressões do grupo de Eduardo Cunha para destituir a direção e assumir o controle da Real Grandeza, o fundo de pensão dos funcionários da empresa, um dos maiores do país.

Na nova queda de braço, engenheiros insatisfeitos com a gestão peemedebista enumeraram no documento medidas que, supostamente, teriam contribuído para a crise enfrentada pela estatal. Entre outros fatos, atribuíram à influência política a mudança, três vezes consecutivas em "curtíssimo espaço de tempo", da titularidade da Consultoria Jurídica.

O texto, depois de dizer que "a marca da gestão Eduardo Cunha (na estatal), iniciada com Luiz Paulo Conde, é o desrespeito às leis, estatutos e regulamentos que regem o mundo corporativo", informa que quadros técnicos com larga experiência têm sido destituídos, nos últimos anos, para dar lugar a indicações políticas.

O documento pede às autoridades que apurem as circunstâncias em que Furnas contratou uma empresa prestadora de serviços, supostamente com dispensa de licitação, para fazer o concurso público da estatal. Os autores também levantam dúvidas sobre as condições em que Furnas entrou na sociedade da usina hidrelétrica de Serra do Facão (GO). De acordo com eles, a estatal abriu mão da opção de compra para, posteriormente, fechar o negócio por valores bem acima dos originais.

Os engenheiros alertam que, como a autoestima dos funcionários está em baixa, há risco de debandada com a abertura de novo programa de demissões voluntárias.

No mês passado, reportagem do GLOBO mostrou que um parlamentar federal pressionou o empresário Ricardo Magro , apontado como chefe de um esquema de sonegação fiscal no Rio, a fechar negócio com um lobista chamado Itamar dos Santos Silveira, ex-assessor de Furnas. Em conversas com Magro gravadas pela Polícia Civil, durante a Operação Alquila, em 2009, este parlamentar ofereceu o próprio gabinete no Congresso para que o acerto sobre a compra de um ponto comercial em Brasília, para um restaurante, fosse concluído.

Do político, a polícia só conseguiu descobrir que usava um celular Nextel, pertencente à Rádio Melodia, para conversar com o empresário. Em discurso em plenário, Eduardo Cunha admitiu que era o usuário do aparelho, além de conhecer e ser cliente de Magro.

Itamar é uma figura conhecida dos bastidores de Brasília. Há três anos, ocupou um cargo de assessor especial no escritório de Furnas em Brasília. Considerado obscuro e arrogante, costumava dizer que estava lá por indicação de Cunha. Ele ficou poucos meses no cargo, ligado à Diretoria de Construção da estatal, mas, enquanto esteve no escritório, usou a sala de reuniões da estatal para encontros políticos.

Procurado pelo GLOBO, o deputado Eduardo Cunha respondeu que não se mete e nem nunca de meteu na administração de Furnas. Ao garantir que as diretorias de Operações e de Engenharia de Furnas são ocupadas por quadros do PT, ele os responsabilizou pelos recentes apagões do país. Também disse que ingressará na Justiça com um processo contra o jornalista que assina a reportagem, a quem acusou, em série mensagens postadas ontem em seu Twitter, de estar a serviço de setores do PT que atuariam dentro da estatal.

"Em primeiro lugar, o mesmo repórter já por mim processado e em campanha contra mim recentemente e que será alvo de novos processos, volta à carga tentando me criar novos embaraços que, certamente, acarretarão mais processos. Só falo com ele dessa forma. Quanto a esse novo questionamento, não existe e nunca existiu gestão Eduardo Cunha. Isso certamente é documento elaborado sob a liderança de setores de atraso que combati em meu Twitter", disse, em resposta enviada à redação por email.

"A bancada do Rio de Janeiro indicou, com a minha participação, o ex-prefeito Luiz Paulo Conde, que ficou doente 30 dias após a posse e teve que deixar a empresa após longo afastamento devido à grave doença que o acometeu. A substituição de Conde se deu por técnico da casa com mais de 25 anos, quadro esse que teve o apoio do partido", prosseguiu o parlamentar.

"Quanto à administração e seus resultados, cabe à empresa e aos seus dirigentes responderem, já que não tenho conhecimento, não participo de absolutamente nada referente à empresa", concluiu Cunha.

Documento aponta sobrepreço na Hidrelétrica de Simplício, erguida por Furnas


24/01/2011 - O Globo - RIO - Elaborado por engenheiros de Furnas Centrais Elétricas, o documento que o deputado federal licenciado Jorge Bittar (PT-RJ) fez chegar às mãos do ministro Luiz Sérgio, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, denuncia de que a Hidrelétrica de Simplício, erguida pela estatal na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais, já acumula um sobrepreço de 100%. De acordo com os autores, o prejuízo anula a rentabilidade estimada, argumento que justificou a entrada da empresa no leilão do projeto. ( Leia também: Carlos Nadalutti, presidente de Furnas, admite indicação política )

" A usina que está sendo construída agora é totalmente diferente do projeto original "

Integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a hidrelétrica é uma obra do Consórcio Construtor Simplício (CCS), formado pelas empresas Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. O presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho, admitiu nesta segunda-feira que problemas encontrados no decorrer da execução do projeto exigiram modificações que encareceram a obra. Mas ele negou que o sobrepreço tenha chegado a 100%. O presidente disse que o custo inicial de R$ 1,5 bilhão saltou para R$ 2,2 bilhões, uma diferença de R$ 700 milhões desembolsados pela estatal.

- Ganhou-se o leilão, na administração passada, com um anteprojeto, um estudo. Mas, quando precisamos detalhá-lo, apareceram os problemas. Descobrimos que o terreno que era considerado sólido não era tão firme assim e vice-versa. A usina que está sendo construída agora é totalmente diferente do projeto original - alegou Nadalutti.

O documento entregue ao ministro, que lamenta a rotina de "constituição de grupos de trabalho interno para justificar aditivos em contratos para pagamentos não previstos no empreendimento", expõe uma crise política em Furnas. Seus responsáveis sustentam que a empresa acumula prejuízos com Simplício porque foi aparelhada pelo PMDB fluminense e, particularmente, pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Desde 2007, quando o ex-prefeito Luiz Paulo Conde assumiu a presidência de Furnas, é conhecida a influência do PMDB nos rumos da empresa sediada no Rio. Como Conde adoeceu logo depois, o partido optou por um engenheiro de carreira, mas também peemedebista, Carlos Nadalutti Filho, para substituir o ex-prefeito.

Irritado com a mobilização dos engenheiros, Eduardo Cunha acusou setores do PT na empresa de estarem por trás das denúncias, numa tentativa de remover o PMDB e assumir o controle político na empresa. Em seu Twitter, quando descreve um suposto rateio das seis diretorias da empresa entre três partidos (PMDB, PT e PR), Cunha admitiu que os peemedebistas seriam os responsáveis pela indicação do presidente.

Em pelo menos duas oportunidades, Cunha foi motivo de protestos em Furnas. Nas duas vezes, ele foi acusado por dirigentes da Associação de Aposentados (Após-Furnas) de tentar destituir o presidente e indicar um aliado para a direção do Real Grande, o fundo de previdência privada da empresa, um dos maiores do país.

O documento dos engenheiros, cujo teor foi revelado nesta segunda-feira pelo GLOBO, aponta problemas em outros setores da estatal, sempre os atribuindo a influência política. Jorge Bittar disse que, como no momento responde como secretário municipal de Habitação, preferiu encaminhar a documentação ao governo federal:

- Não me deti nos números. O fato real de uma empresa tão experiente como Furnas, coisa ter sido feita dessa maneira, é um fato administrativo grave. Houve, no mínimo, descuido. Não tenho todos os elementos, mas a atual diretoria está levando a empresa para uma situação grave, quando deveria ser o oposto, um exemplo de gestão.

Quando pronta, a usina terá capacidade instalada de 333,7 MW, energia suficiente para abastecer 800 mil habitantes. A AHE Simplício é composto por duas usinas (Anta e Simplício) com uma barragem de concreto, duas casas de força, um vertedouro e uma série de canais, túneis, diques e reservatórios.

Carlos Nadalutti, presidente de Furnas, admite indicação política

24/01/2011 O Globo - RIO - O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Carlos Nadalutti Filho, reconheceu ontem que chegou ao cargo por indicação do PMDB, "com muita honra", mas negou que tenha atendido a pressões de parlamentares de seu partido em dois anos e meio de gestão. Embora conheça o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado como responsável por sua indicação, disse que o político fluminense nunca esteve em seu gabinete ou fez qualquer pedido.
- Alguém me disse que tinha de ter padrinho político. Em algum lugar, a escolha se dá pelo currículo? Se fosse, eu já teria virado presidente de Furnas há muito tempo.

Nadalutti disse que foi surpreendido com o documento produzido por engenheiros da empresa, entregue a autoridades federais e parlamentares, denunciando o aparelhamento político de Furnas pelo PMDB do Rio. Ele classificou de "ilações e inverdades" as situações descritas no dossiê, que os autores associaram ao mau resultado financeiro da estatal.
Nadalutti é filiado ao PMDB de Goiás

Há dois anos e meio no cargo, Nadalutti disse que é filiado ao PMDB de Goiás, mas não mantém vínculos com o partido no Rio. Garantiu que o responsável por sua indicação para presidir a empresa foi o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Contou que, inicialmente, em meados de 2008, quando era diretor da Enerpeixe, foi sondado por um colega de Furnas, integrante do PMDB fluminense, para ser diretor de Operações. Mas se surpreendeu meses depois, ao descobrir que os planos eram outros.

-- Em setembro, fui chamado a Brasília pelo ministro Edison Lobão. Então, ele anunciou que, a partir de 3 de outubro, eu seria o novo presidente da empresa. Cheguei a dizer que havia alguma coisa errada, pois o que sabia fazer era ser diretor de Operações. Ai, ele respondeu que eu tinha uma semana para me preparar.

Nadalutti, de 54 anos, afirmou que é o primeiro funcionário de Furnas a chegar ao cargo máximo da estatal e que a diretoria é um colegiado; o presidente está imune a pressões externas, porque não tem poderes para tomar decisões sozinho. É só mais um nome do colegiado.

- Para mandar comprar alguma coisa de mais de R$ 16 mil, a decisão tem de passar pelo colegiado.

Furnas pagou R$ 73 milhões a mais por ações vendidas a empresários ligados a Eduardo Cunha

26/01/2011 O Globo - RIO - Após abrir mão do direito de preferência na compra de um lote de ações da empresa Oliveira Trust Servicer, Furnas Centrais Elétricas pagou pelos mesmos papéis, menos de oito meses depois, R$ 73 milhões acima do valor original. O negócio, ocorrido entre dezembro de 2007 e julho de 2008, favoreceu a Companhia Energética Serra da Carioca II, que pertence ao grupo Gallway. Um dos seus diretores, na época, era o ex-presidente da Cedae e ex-funcionário da Telerj Lutero de Castro Cardoso. Outro nome conhecido no grupo é o do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que se apresenta em negócios como representante da Gallway.

Lutero e Funaro têm ligações com o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem é atribuída a indicação do então presidente de Furnas, o ex-prefeito Luiz Paulo Conde , no período da transação. Lutero, também nome indicado por Cunha para a Cedae, chegou a ter bens bloqueados pela Justiça por operações ilegais na companhia de águas em 2007. Já Funaro, ao ser investigado pela CPI dos Correios, teve de explicar os motivos que o levavam a pagar aluguel, condomínio e outras despesas do apartamento ocupado por Eduardo Cunha no flat Blue Tree Tower, em Brasília, em 2003.
Furnas mudou de ideia em 8 meses

O negócio com a Oliveira Trust, registrado em atas de reunião de diretoria obtidas pelo GLOBO, envolveu a alteração da sociedade montada para construir e explorar a usina hidrelétrica de Serra do Facão, em Goiás. A primeira ata, de 4 de dezembro de 2007, registra a renúncia, por Furnas, ao direito de aquisição da participação da Oliveira Trust, que estava previsto no acordo dos acionistas. Já a ata de 9 de janeiro de 2008 informa a compra do lote pela Companhia Energética Serra da Carioca II, do grupo Gallway (cuja origem é o paraíso fiscal das Ilhas Virgens britânicas), por um valor total aportado de R$ 6,96 milhões.

Quase sete meses depois, em outra reunião de diretoria no dia 29 de julho, a diretoria de Furnas aprova a compra deste mesmo lote - que correspondia a 29,89% do capital da Serra do Facão Participações S/A - por R$ 80 milhões, uma diferença de mais de R$ 73 milhões.

A pretexto de evitar o pagamento de custos adicionais decorrentes de correção de valores, a diretoria de Furnas aprova, três semanas depois da realização do negócio com a empresa Serra da Carioca, o "pagamento imediato" da segunda parcela à empresa de Funaro, estimada em R$ 26 milhões.
Estatal alega que sócio fez aporte

Furnas alegou, em nota à redação, que a diferença entre o valor original e o efetivamente pago pela estatal se deve ao fato de que, neste intervalo (2008), a empresa Serra da Carioca fez um aporte de R$ 75 milhões na sociedade, "o que justifica integralmente a diferença".

A estatal, contudo, não forneceu qualquer detalhe sobre o suposto aporte feito pela companhia ligada ao doleiro Lúcio Funaro: "O aporte foi feito pela Serra da Carioca à Serra do Facão Participações; portanto, esse registro deve ser solicitado a eles", respondeu Furnas.

Sobre as razões de ter dispensado, em dezembro do ano anterior, a opção de compra das ações, a nota informou que "naquela ocasião era necessário manter o caráter privado da Serra do Facão , o que só seria possível se um investidor privado fosse substituído por outro de mesma natureza".

Para explicar a repentina mudança, meses depois, Furnas alegou que "essa aquisição melhoraria o resultado do negócio para Furnas, considerando-se a alteração de variáveis macroeconômicas no período", como diz a nota.

Furnas negou ter encontrado problemas para obter o financiamento necessário junto ao BNDES - o banco teria resistido a aprová-lo ao constatar a presença da companhia ligada a Lutero e Funaro no negócio: "Foi um processo normal de negociação para concessão de financiamento desse porte", diz.

A estatal também negou conhecer o doleiro ou ter ciência da ligação de representantes ou sócios da Serra da Carioca com o deputado federal Eduardo Cunha.

O negócio envolvendo a hidrelétrica de Serra do Facão está citado em documento elaborado por engenheiros de Furnas, este mês, para denunciar o aparelhamento político da estatal pelo PMDB fluminense. O dossiê, de duas páginas e meia, foi encaminhado pelo deputado estadual licenciado e secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar (PT-RJ), ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Luiz Sérgio.

No trecho sobre o caso, os engenheiros sustentam que "um exemplo da atuação dessa rede de influência gerencial foi o prejuízo para Furnas no processo de engenharia financeira da usina de Serra do Facão". De acordo com os autores, os prejuízos acumulados só nessa operação chegariam a R$ 100 milhões.

"Ainda que não haja nenhuma prova material, contratações, renovação e não renovação de contratos, liberação de pagamentos, nomeação etc. são feitas, frequentemente e às claras, para atender ao interesse desse ou daquele grupo político. A desfaçatez é amplamente registrada nos corredores da empresa", diz o texto.

Lúcio Funaro é um nome conhecido na crônica política de Brasília. Uma das muitas transações polêmicas em que se envolveu também teve como cenário o setor elétrico. Outra empresa do grupo Gallway, a Centrais Elétricas de Belém (Cebel), captou dinheiro de três fundos de pensão para construir a central hidrelétrica de Apertadinho, em Rondônia. Porém, a barragem erguida pelos construtores se rompeu, inundou a cidade mais próxima e jogou pelo ralo investimentos de mais de R$ 100 milhões.

Dos três fundos de pensão prejudicados, um chama atenção: a Prece, caixa de previdência dos funcionários da Cedae, que aprovou a sua participação no período em que Lutero de Castro Cardoso estava à frente da companhia.

Em reação ao documento, Eduardo Cunha acusou o PT de estar por trás das denúncias. Ele nega qualquer tipo de ingerência política em Furnas, embora admita que o PMDB indicou diretores da estatal, juntamente com o PT e o PR.
Gallway não está na sede declarada

A Gallway registra um capital, segundo a Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), de R$ 71,8 milhões, divididos em duas companhias, a Gallway Projetos e Energia do Brasil Ltda, aberta em abril de 2007, e a Gallway Projetos e Energia do Brasil S/A, de 2008. O GLOBO tentou localizar as empresas nas sedes apresentadas pelos documentos oficiais da Jucesp e da Receita Federal.

Em um dos endereços, na Avenida 9 de Julho, a empresa que ocupa o lugar é a Cingular Fomento Mercantil, do doleiro Lucio Funaro, envolvido em pelo menos dois escândalos nacionais, a CPMI dos Correios e a Operação Satiagraha. A própria Serra da Carioca II tem como sede o mesmo endereço, mas os funcionários do prédio não a conhecem. No outro endereço atribuído a Gallway, e que consta como sede em seu site, funciona uma empresa sem vínculo com o grupo. Funcionários do prédio informaram ao jornal que a Gallway deixou o endereço há cerca de um ano.

Na portaria, que ficou de recolher as correspondências para entregar aos antigos locatários, constam os nomes de Funaro, Gallway, Enerbrax e Centrais Elétricas de Belém, as duas últimas concessionárias de energia do grupo Gallway. Os funcionários do edifício, um prédio de escritórios em Pinheiros, informaram que a empresa sequer mandou retirar as correspondências guardadas.

Procurado, Lutero Cardoso não atendeu o pedido de uma entrevista feito pelo repórter. Funaro não foi encontrado.
Eduardo Cunha usa Twitter para atacar imprensa

Desde a publicação pelo GLOBO, na segunda-feira passada, de reportagem sobre o descontentamento de funcionários de Furnas com a interferência política do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na estatal, o peemedebista tem usado sua página no Twitter para atacar a imprensa e colegas deputados, especialmente do PT. Na segunda-feira, Cunha reagiu à reportagem com a tentativa de vincular o repórter Chico Otavio e O GLOBO a supostos interesses políticos do PT. Usando de ironia, ameaçou o jornalista com processo. Após se pronunciar sobre o caso, o deputado Jorge Bittar (PT) também virou alvo dos ataques de Cunha na internet. O peemedebista ainda tem reservado espaço em seus comentários para a briga entre PMDB e PT por cargos no governo Dilma.

Leia algumas das frases de Eduardo Cunha postadas no Twitter, da forma como ele escreveu:

Dia 24:

"Por que sera que só se preocupam com os do PMDB?? Com a palavra o senhor Chico Otávio"

"O escândalo e o Chico Otávio que além de não colocar a minha versão correta, não nomina quem assina o tal docto (documento) e nem ouve Furnas"

"Esse Fabio Rezende (ex-diretor de Furnas) declarou publicamente que apoiava a eleição do Bittar. O que vcs acham que está por trás disso??"

"Na verdade o docto foi feito pelo Fabio Rezende que nem coragem para assinar teve. Ele não tem aquilo roxo e sim rosado"

"E o Bittar fez o papelão de dar curso a isso sem assumir a autoria. Trata-se de aleivosias que escondem o interesse político"

Dia 25

"O Chico Otávio e O Globo seguem com a campanha de sempre em forma de novela mexicana. Amanhã certamente tera mais."

"E o Bittar ainda fala na matéria do Globo atacando a gestão. É como eu falo: o apetite de setores do PT por mais cargos é ABSURDO"

"Por que não saem denuncias envolvendo os cargos do PT??????????????"

"Essa coisa toda já tá enchendo a paciência. É melhor eles assumirem logo que querem o governo todo só para eles e talvez seja pouco."

"Já repararam só vai para os jornais o pouco que o PMDB tem e querem tirar, Funasa, Sec M Saúde já tirada, Dnocs, Eletrobras , Furnas etc."

Dia 26

"O Chico Otávio parou hj, o que que houve? Que que deu nele?"

"Muita gente fala que eu brigo muito, mas só sou autêntico. Tem gente que prefere a hipocrisia de fingir que é amigo e bate por trás"

"Eu ao menos falo o que penso e reajo as agressões e nao engulo sapos. Cada qual tem o seu temperamento e esse é o meu. Sou leal com os amigos."

"E serei sempre implácavel com os adversários, inimigos e falsos amigos, doa a quem doer."

"E está muito claro que no RJ e o Bittar e em MG e Fernando Pimentel.São os setores de influência deles que querem tirar do PMDB Furnas"

"A sede de Furnas é no RJ e o Rio não pode perder tanto assim. Já perdeu muito"

Eduardo Cunha, Lúcio Funaro e Lutero de Castro Cardoso negam envolvimento em operação de empresa com Furnas

RIO - O deputado federal Eduardo Cunha, o doleiro Lúcio Funaro e o ex-presidente da Cedae Lutero de Castro Cardoso negaram nesta quinta-feira, em cartas ao jornal, o envolvimento na compra e venda de ações da empresa Serra do Facão Participações S.A . O negócio teria representado um prejuízo de R$ 73 milhões a Furnas Centrais Elétricas. A exemplo de Cunha, Funaro ameaçou processar os autores da reportagem, publicada nesta quinta-feira.

Lutero Cardoso, cujo nome aparecia na composição societária do Grupo Gallway em 2008 como membro do Conselho de Administração, disse que, após deixar a presidência da Cedae, no ano anterior, se dedicou à prestação de consultorias nas áreas técnicas e comerciais nos seguimentos de telecomunicações, energia e saneamento.

Embora negue conhecer "os detalhes do procedimento do Serra do Facão", Lutero disse que prestou consultoria à Gallway, "sem jamais ter sido diretor" da empresa. Ele alega que foi contratado exclusivamente para prospectar novos negócios em pequenas centrais hidrelétricas, a convite do proprietário e presidente da empresa, João Nogueira, a quem conhecia desde a época em que Lutero foi diretor de Operações da Telesp (São Paulo), entre 1993 e 1995.

O ex-presidente da Cedae, que ocupou o cargo de 2005 a 2007, por indicação de Eduardo Cunha, disse que, meses após ter sido contratado pela Gallway, ocorreu o rompimento da barragem da hidrelétrica de Apertadinho, em Rondônia: "Infelizmente fui testemunha das consequências do desabamento desta barragem, assunto que é objeto de demanda judicial entre as partes".

Um dos fundos de pensão prejudicados com rompimento foi a Prece, caixa de previdência dos funcionários da Cedae, que entrou no negócio justamente quando Lutero dirigia a companhia.

Já em nota assinada pelos advogados, Funaro elogia a própria carreira profissional, "pautada na mais absoluta legalidade, trabalhando no mercado financeiro, junto à Bolsa de Valores de São Paulo, bem como sendo empresário muito bem sucedido e reconhecido". Em seguida, afirma não ter nenhuma relação profissional ou comercial com o deputado Eduardo Cunha.
Funaro, que era da Gallway, nega ser da Serra da Carioca

Funaro também negou "qualquer tipo de relacionamento comercial com o setor público, seja no que tange à sua pessoa física, seja no que diz respeito a suas empresas". Porém, em mais de uma ocasião, se apresentou como representante do grupo Gallway (holding da Serra da Carioca) em negócios mantidos com o setor público.

Embora admita que foi investigado pela Comissão de Valores Mobiliários(CVM), sustenta que, passados cinco anos, "não houve qualquer irregularidade ou ilícito apontado pelos órgãos competentes em relação a operações praticadas no mercado de capitais pelo mesmo". Porém, o que ocorre é que as investigações sobre os seus negócios ainda estão em andamento.

Funaro negou ainda ter sido o sigilo quebrado pela CPMI dos Correios e garantiu não ter vinculação com a empresa Serra da Carioca II, além de não ter participado de qualquer negócio com Furnas.

A reportagem, contudo, não disse que ele pertencera aos quadros da Serra da Carioca, mas à holding da empresa, o grupo Gallway, pelo qual participou de reuniões e deu declarações públicas como representante.

Já o deputado Eduardo Cunha admitiu conhecer Lutero de Castro "de longa data". Sobre o ex-presidente da Cedae, que responde a inquéritos por irregularidades administrativas na companhia, classificou de "profissional eficiente, que foi efetivamente por mim indicado à época do governo de Rosinha Garotinho para ocupar cargo na administração estadual e foi por ela aceito e cooperou com o seu governo de forma a que ela mesmo possa testemunhar".

"Quanto à sua vinculação com a empresa mencionada pela reportagem, desconheço e se Lutero a tem, não foi por meu intermédio", disse.

Cunha também atacou a gestão anterior à do PMDB, acusando o então presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, e o então diretor de Operações, Fabio Resende, de "deixar uma herança de prejuízos e problemas em Furnas, já detalhados pela empresa em notas públicas e de conhecimento do governo".

Embora reconheça que morou durante um período em apartamento pago pelo doleiro, disse que desconhecia qualquer participação - "até porque não conheço os seus assuntos" - de Funaro na Gallway. A reportagem publicada nesta quinta-feira mostrou que, em 2008, já na gestão indicada pelo PMDB fluminense, Furnas fez negócios com a Serra da Carioca, da Gallway.

Na carta enviada à redação, Cunha se deteve mais naquilo que não era o enfoque principal da reportagem: o aluguel de um apartamento. Ele escreveu "provo jamais ter mantido qualquer relação com ele, que não seja a locação por um período, que se encerrou em 2005".

Empresa ligada a Eduardo Cunha foi montada duas semanas antes de fechar negócio com Furnas

Empresa ligada a Eduardo Cunha foi montada duas semanas antes de fechar negócio com Furnas
Publicada em 27/01/2011 O Globo

RIO E SÃO PAULO - A Companhia Energética Serra da Carioca II, que comprou ações de um grupo privado por R$ 6,9 milhões e as vendeu, sete meses depois, por R$ 80 milhões a Furnas Centrais Elétricas, foi constituída apenas duas semanas antes de entrar no negócio. As ações corresponderam a 29% do capital da Serra do Facão Participações, responsável pela construção de usina hidrelétrica em Goiás.

Eduardo Cunha ameaça petistas e relembra caso dos aloprados

O Globo - 27/01/2011 RIO e BRASÍLIA - Pressionado diante das denúncias de tráfico de influência em Furnas , que atribui a integrantes do aliado PT, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começou a ameaçar petistas e até o antigo aliado e companheiro de partido Anthony Garotinho, ex-governador e deputado federal eleito. Em mensagens no Twitter, referindo-se à série de reportagens publicadas no GLOBO desde segunda-feira, Cunha fez ameaças até a Valter Cardeal, diretor de Engenharia e Planejamento da Eletrobras e homem de confiança da presidente Dilma Rousseff.
"Os petistas que plantaram isso são os mesmos que atacam a imprensa e já foram vítmas de difamações", escreveu, emendando, em tom de ameaça:

"É impressionante o instinto suicida desses caras. Quem não se lembra dos aloprados?? Quem com ferro fere com ferro será ferido" - escreveu, referindo-se ao escândalo em que petistas foram presos com mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo para comprar um dossiê forjado contra tucanos. Até hoje, cinco anos depois, a Polícia Federal não descobriu a origem do dinheiro.

Cunha afirmou ainda que os documentos que denunciam sua suposta ingerência em Furnas foram feitos por "aqueles que queriam fazer campanha com dossiês e felizmente não conseguiram".

Ao comentar reportagem publicada nesta quinta-feira que trata do pagamento feito por Furnas de R$ 73 milhões a mais por ações vendidas por empresários ligados a ele , o peemedebista afirmou que o negócio foi validado pelo Conselho de Administração da estatal. "Aliás pelo que sei os presidentes do conselho foram o Cardeal e o Flavio Decat, um dos dois aprovou as transações. Aprovariam se fosse isto??", escreveu, referindo-se a Valter Cardeal, que chegou a assumir interinamente a presidência da Eletrobras no governo Lula, por indicação de Dilma, e também a Flavio Decat, cotado para assumir o comando da estatal.

Ele mandou ainda um recado para o ex-governador Anthony Garotinho: "Vai ser muito proveitoso detalharmos todas as reuniões que tivemos juntos. Contribuiria e muito para o nosso país". Os dois já foram aliados, mas romperam recentemente.

Em sua página, Cunha afirmou que não tem ligações com Lúcio Bolonha Funaro, doleiro que se apresenta como representante da Gallway, que integra a Companhia Energética Serra da Carioca II, favorecida pelo negócio. Negou ainda, em tom de ironia, ter participação da transação: "Nao sei quem e Serra da Carioca, Galway, Serra do Facao e qualquer serra que nao seja ponto turistico".

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, perguntado nesta quinta-feira sobre as ameaças de Cunha, respondeu com ironia:

- Quando ele tiver mais de dez mil seguidores no Twitter, eu respondo a ele.

Em encontro que reuniu nesta quinta-feira 26 dos 46 deputados da bancada do Rio e outros estados, numa churrascaria na Zona Sul carioca, Eduardo Cunha disse que não falaria sobre as acusações, alegando que havia divulgado nota sobre o assunto. A reunião foi em apoio à candidatura do petista Marco Maia (RS) para a presidência da Câmara.

Garotinho, citado nesta quinta-feira por Cunha no Twitter, não quis comentar as denúncias:

- Eu prefiro ler coisas melhores que o Twitter do deputado Eduardo Cunha. Ele que responda pelos atos dele. Não falo com esse rapaz há dois anos.

O deputado Marco Maia criticou as acusações feitas por Cunha ao PT.

- Tudo aquilo que sai da política é lamentável. Temos que evitar que haja acusações entre petistas e peemedebistas, entre integrantes do mesmo governo. Precisamos trabalhar para que haja harmonia e refletir o papel das empresas públicas. Qualquer coisa que saia disso é um equívoco - afirmou Marco Maia.

Entenda a transação que favoreceu empresa ligada a Eduardo Cunha com Furnas

RIO - Depois de recusar a compra de um lote de ações da empresa Oliveira Trust Servicer, Furnas Centrais Elétricas comprou, após oito meses, o mesmo lote de papéis por R$ 73 milhões acima do valor inicial proposto. A transação ocorreu entre dezembro de 2007 e julho de 2008. O negócio favoreceu a Companhia Energética Serra da Carioca II, do grupo Gallway. Um dos diretores da Gallway, na época, era o ex-presidente da Cedae e ex-funcionário da antiga Telerj Lutero de Castro Cardoso. Também integrava o grupo o doleiro Lúcio Bolonha Funaro.
Tanto Lutero quanto Funaro têm ligações com o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que mantém forte influência política em Furnas. A indicação do então presidente da empresa, Luiz Paulo Conde, foi feita pelo peemedebista.

De acordo com atas a que O GLOBO teve acesso, em 4 de dezembro de 2007 Furnas renunciou ao direito de aquisição da participação da Oliveira Trust, que estava previsto no acordo de acionistas. Já a ata de 9 de janeiro de 2008 informa a compra do lote pela Companhia Energética Serra da Carioca II, do grupo Gallway, por R$ 6,96 milhões. Em 29 de julho, a diretoria de Furnas aprova a compra do mesmo lote - correspondente a 29,89% do capital da Serra do Falcão Participações S/A - por R$ 80 milhões.

O grupo Gallway tem origem no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. A empresa registra um capital, segundo a Junta Comercial de São Paulo, de R$ 71,8 milhões, divididos em duas companhias, a Gallway Projetos e Energia do Brasil Ltda, aberta em abril de 2007, e a Gallway Projetos e Energia do Brasil S/A, de 2008. Em um dos endereços da Gallway informados à Junta Comercial funciona uma empresa do doleiro Lúcio Funaro e, no outro, uma firma que não faz parte do grupo.

Em Nota, Furnas alegou que a Serra da Carioca tinha feito um aporte de R$ 75 milhões na sociedade, "o que justifica integralmente a diferença". Mas a estatal não forneceu qualquer detalhe sobre o suposto aporte feito pela companhia ligada ao doleiro Lúcio Funaro: "O aporte foi feito pela Serra da Carioca à Serra do Facão Participações; portanto, esse registro deve ser solicitado a eles".
O Globo.

Eduardo Cunha e Garotinho trocam farpas no Twitter

Todos com seus Respectivos Rabos Presos...Mas mesmo assim se alfinetam como loucos!
RIO - O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ), que será colega do peemedebista no Congresso, trocaram farpas no Twitter. As mensagens em tom de ameaça começaram na manhã de quinta-feira, quando Eduardo Cunha disse a Garotinho, por meio do microblog, o que poderia contar:
"@blogdogarotinho vai ser muito proveitoso detalharmos todas as reunioes que tivemos juntos.Contribuira e muito para o nosso pais", disse o peemedebista, que já foi aliado do ex-governador. Os dois romperam relações recentemente.

O GLOBO vem publicando desde segunda-feira uma série de matérias em que mostra a suposta influência de Eduardo Cunha sobre Furnas. Um das reportagens mostrou que a estatal pagou R$ 73 milhões a mais por ações vendidas por empresários ligados ao peemedebista.

Durante um jantar da bancada do Rio na noite de quinta-feira, Garotinho não quis comentar a mensagem de Eduardo Cunha:

- Eu prefiro ler coisas melhores que o Twitter do deputado Eduardo Cunha. Ele que responda pelos atos dele. Não falo com esse rapaz há dois anos.

" Acho bom o deputado ficar bem quietinho respondendo às acusações que lhe são feitas, senão sua casa (CEHAB) pode desabar antes do tempo "

Ao ler as declarações do ex-aliado, o peemedebista disparou no Twitter:

"O Garotinho so nao precisa mentir porque a ultima vez que ligou para pedir ajuda para se livrar de problemas foi em maio de 2010 faz 8 meses".

Em outra postagem, publicou:

"Quanto a garotinho respondi a nota de seu blog e obvio que respondo pelos meus atos assim como ele deveria responder pelos dele".

"Mas nao e com ele essa briga, com ele se precisar sei como brigar.Ele que leve a vida dele e me esqueca,porque eu ja o esqueci gracas a Deus", completou em outra mensagem.

Na manhã desta sexta-feira, Garotinho postou no Twitter um link para seu blog. Lá, publicou um texto sob o título "Por que não te calas, Eduardo?" em que desafia Eduardo Cunha a contar o que sabe.

"E aproveite também para contar com quem se reunia e o que fazia após essas reuniões. Acho bom o deputado ficar bem quietinho respondendo às acusações que lhe são feitas, senão sua casa (CEHAB) pode desabar antes do tempo", escreveu o ex-governador.

Cehab é a Companhia Estadual de Habitação do Estado do Rio, que, entre outras atribuições, é responsável por dar apoio a programas e projetos de desenvolvimento comunitário e construir moradias para classes menos favorecidas.

Twitter do deputado Eduardo Cunha Eduardo Cunha não deixou por menos e, logo depois da postagem de Garotinho, publicou a resposta no Twitter.

"@blogdogarotinho quem esta condenado criminalmente com pena de 2 anos e meio por ser chefe de quiadrilha e você"

"@blogdogarotinho vamos fazer juntos em entrevista coletiva.A Cehab era sua,voce era governador", escreveu.
O Globo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Velocidade média do Metrô cai até 7% em um ano; companhia culpa a chuva

Com 27,5 km/h, Linha 2-Verde é a mais lenta; superintendente da associação de transportes públicos diz que sistema está no limite
26 de janeiro de 2011 | 0h 00
Hélvio Romero/AE-21/9/2010
Falha. Panes como a de setembro na Linha 3-Vermelha também contribuíram para a piora da média de desempenho
Com 27,5 km/h, Linha 2-Verde é a mais lenta; superintendente da associação de transportes públicos diz que sistema está no limite
26 de janeiro de 2011 | 0h 00

Os usuários do Metrô de São Paulo estão demorando mais para chegar a seus destinos finais. Isso acontece porque a velocidade média dos trens caiu até 7% em apenas um ano - entre 2009 e 2010. Além disso, também houve aumento no intervalo de tempo entre a passagem de cada trem, o que significa que a espera nas plataformas está maior. Os dados são da própria Companhia do Metropolitano.

A queda na velocidade foi registrada em todas as linhas da rede. A maior redução foi na Linha 2-Verde, justamente a que já apresentava um desempenho inferior. Nesse ramal as estações são mais perto uma da outra e por isso o trem não consegue alcançar altas velocidades. A média, de 29,4 km/h em 2008, chegou a aumentar para 29,6 km/h no ano seguinte, mas caiu para 27,5 km/h.

Em termos práticos, significa que um passageiro está gastando três minutos a mais para percorrer toda a extensão do ramal, entre a Vila Madalena e a Vila Prudente - 14,7 quilômetros. O tempo gasto no ano passado era de 29 minutos e agora são necessários 32 minutos, em média.

"O Metrô está operando no limite de sua capacidade. E um sistema no limite é prejudicado com o atraso no fechamento das portas, o que prolonga o tempo de viagem", diz o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Pimentel Bicalho. "Houve também uma série de incidentes operacionais neste último ano e falhas que contribuíram para a queda na velocidade média."

A Linha 3-Vermelha (Barra Funda - Itaquera) foi a que teve a segunda maior redução na velocidade média. Houve uma queda de 5% entre 2008 e o ano passado. O índice passou de 34,4 km/h para 33,9 km/h e depois para 32,7 km/h. Com isso, o tempo para se percorrer toda a extensão da linha, de 22 quilômetros, passou de 38 para 40 minutos.

"Em muitos casos, são os próprios passageiros que atrapalham, porque não querem esperar o próximo trem e ficam forçando as portas", diz Rafael Douglas Lopes Gonçalves, de 26 anos, que trabalha com eventos na região da Barra Funda e mora em Guarulhos. Todos os dias, no horário de pico da tarde, ele enfrenta a Linha 3-Vermelha lotada até a Estação Penha, onde toma um ônibus. "E está cada vez mais comum ficar parado nos túneis por causa de falhas."

Chuva. A velocidade média na Linha 1-Azul se manteve estável em 28,8 km/h entre 2008 e 2009. Mas, no ano passado, o índice caiu para 27,9 km/h.

O Metrô afirma que a queda no desempenho dos ramais que têm trechos em superfície - principalmente as Linhas 1-Azul e 3-Vermelha - deve-se ao aumento no número de dias chuvosos. A velocidade dos trens é automaticamente reduzida nesses casos por questões de segurança. Os dados da companhia apontam que houve um aumento de 137 para 143 dias com picos de chuva - entre 2008 e 2010.

A Linha 5-Lilás foi a que teve a menor variação na velocidade média nos últimos três anos. Foi de 39,8 km/h em 2008 para 39,3 km/h em 2009 e para 39 km/h em 2010 - a variação no último ano, por exemplo, foi de menos de 1%. Uma das explicações é que o ramal tem um dos sistemas mais modernos da rede, que é pouco afetado pela chuva, mesmo nos trechos em superfície.

Além disso, essa linha ainda não sofre com os problemas de superlotação, o que acontece nos outros trajetos. São transportados por dia cerca de 150 mil pessoas na Lilás; a Linha 2-Verde transporta 500 mil, e a 1-Azul e 3-Vermelha, 1,4 milhão cada.


CRONOLOGIA

Avanços e retrocessos

23 de janeiro
Falha
Um problema de tração na Linha 1-Azul deixou um trem parado na Estação Ana Rosa e prejudicou toda a rede. Foi a primeira de pelo menos 15 falhas no ano.

25 de maio
Inauguração
O governo entregou duas estações da Linha 4-Amarela, o primeiro novo ramal em duas décadas.

3 de setembro
Recorde
O Metrô atingiu um novo recorde, de 3,794 milhões de passageiros transportados.

21 de setembro
Pane geral
Falha parou a Linha 3-Vermelha por mais de 3 horas e afetou 250 mil pessoas.
Renato Machado - O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Governo Lula gasta R$ 80 mi com cartões corporativos em 2010


Os gastos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com cartões corporativos no último ano chegaram a R$ 80 milhões, segundo dados do Portal da Transparência da CGU (Controladoria-Geral da União).

Em 2009, esse montante fechou em R$ 64,5 milhões, apontando salto de 24% nas despesas com cartões.

O valor correspondente a 2010 ainda poderá ser ampliado com algumas despesas não lançadas, referentes à última quinzena do ano.

O principal desembolso do governo com cartões ocorreu no Ministério do Planejamento, por conta do IBGE. O instituto gastou R$ 19,1 milhões para realizar o Censo-2010.

Em 2008, as despesas, supostamente abusivas com cartões corporativos, geraram uma CPI no Congresso. A então ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) caiu por usar o cartão num free shop.

Follha

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pioneiro da internet compara nascimento da rede a Woodstock

Steve Crocker na Campus Party 2011.
Stephen Crocker foi criador do protocolo que serviu de base para a internet.
Ele participou da Campus Party 2011 na tarde desta quinta-feira (20).

Stephen Crocker, um dos criadores dos protocolos da Arpanet (primeira rede de computadores que serviu como base para a internet) deu uma aula nesta quinta-feira (20) sobre o começo da internet para os participantes da Campus Party 2011.

Mostrando cenas de um filme sobre o Festival Woodstock, Crocker quis passar a mensagem de que desde o início a internet era aberta e um espaço colaborativo.

“Em um ponto de vista social, toda a organização era aberta. Todo mundo da rede podia entrar em um documento e modificá-lo. Isso acontecia há mais de 40 anos e continua assim até hoje”, disse.

“No final dos anos 60, nós ficamos muito entusiasmados por ter conectado mais de 50 computadores entre os dois cantos dos Estados Unidos. Hoje, há 50 computadores conectados apenas nesse grupo reunido aqui.”

Crocker também falou sobre a segurança na rede. “No início, nós conhecíamos todos os usuários e grupos que estavam na rede, então era fácil descobrir quando alguém estava tentando trapacear. Hoje, tem crianças no mundo todo que acham divertido ficar criando vírus”.

Previsões do passado
Crocker também citou os aplicativos da internet de hoje que eles já previam há mais de 40 anos, como o e-mail, o messenger, o Java, a World Wide Web e o Skype. “Nós já prevíamos que seria possível realizar conversar por voz pelo computador”, disse.

Entre as ferramentas que eles não imaginavam está o Google e o Facebook. “A gente não tinha amigos suficientes para pensar em criar um Facebook”, brincou Crocker sobre a rede social que hoje tem mais de 500 milhões de usuários no mundo.

Sobre o futuro da rede, Crocker acredita que será possível uma conectividade completa, haverá interação com o computador por meio da voz e as pessoas poderão conversar em outras línguas com tradução em tempo real. “Com a internet, o mundo todo está disponível".

Laura Brentano Do G1, em São Paulo

domingo, 16 de janeiro de 2011

Elementar, Meu Caro Watson

É sempre mais fácil ver aquilo que está à nossa frente do que perceber aquilo que está faltando. Às vezes os pensamentos mais profundos podem ser expressos em uma piada. Algumas histórias e anedotas bem-humoradas têm uma maneira especial de penetrar no coração e na mente do ouvinte. Apresentamos aqui uma história engraçada com uma moral profunda.

Sherlock Holmes e Dr. Watson vão acampar, e armam sua barraca sob as estrelas. Durante a noite, Holmes acorda seu acompanhante e diz: "Watson, olhe para as estrelas, e diga-me o que pode deduzir."
Watson diz: "Vejo milhões de astros, e se alguns poucos daqueles são planetas, é bem provável que haja alguns como a Terra, e se há alguns planetas como a Terra, é bem possível que haja também vida."

Espere; antes de ler a resposta de Holmes, leia novamente desde o início e adivinhe o que Holmes respondeu.
Agora continue a ler:
Já pensou na resposta?

Agora leia:

Holmes responde: "Watson, seu idiota. Alguém roubou nossa barraca..."

Muitos consideram esta história engraçada. E daí? Dr. Watson, o inteligente amigo de Sherlock Holmes, não enxergou o óbvio e você, o inteligente leitor, também deixou passar o óbvio. Isso foi engraçado, na verdade não perdemos nada, mas também percebemos nossa omissão. Pois nós, pessoas inteligentes, deveríamos ter percebido que se eles estavam dormindo numa barraca; como poderiam enxergar as estrelas?

Mas continuemos no mesmo tom.

É sempre mais fácil ver aquilo que está à nossa frente do que perceber aquilo que está faltando. Todas as atrações físicas do mundo estão "balançando" perante nossos olhos. Vemos os carros novos nas ruas, vemos os últimos lançamentos da moda nos outros, vemos todos os anúncios de propaganda. O que não enxergamos?

O que não vemos é aquilo que está faltando - nossa própria espiritualidade!

Quantos judeus vêm a este mundo e deixam de perceber o óbvio?

Cada judeu tem um bilhete que lhe dá direito a uma fortuna. Ele pode escolher entre usá-lo ou descartá-lo. O mundo e todas suas urgências e atrações competem pela sua atenção. Um item pequeno, como o legado judaico, pode deixar de ser visto.

Investigue e veja o que está disponível neste mundo, antes que você passe para o próximo, e lhe perguntem o que fez por aqui. Talvez você fique chocado por ouvir que as realizações materiais não irão com você.
Pesquisa:Net

Nirvana Something in the way(Tradução)HD


sábado, 15 de janeiro de 2011

Tango Dance with new Music


TRAGÉDIA E DESCASOS no Rio de Janeiro...


Tragédia, descaso, irresponsabilidade…
Por:José L.O. Oliveira
"Em face da tragédia que se abateu sobre o Estado do Rio de Janeiro, confesso que não tenho vontade sequer de sair de casa, pois estou arrasado emocionalmente. É que, diferente dos nossos políticos, eu não consigo ficar indiferente. A minha tristeza se transforma em indignação, ao concluir que, não fora a irresponsabilidade desses mesmos políticos, essas tragédias seriam minimizadas.

Além da tragédia do Rio, causa-me indignação, ademais, a situação da saúde em Roraima, também consequência do descaso dos nossos políticos, pois que, ao que se sabe, mais de seiscentos milhões de reais foram destinados à saúde de Roraima e quase nada se fez"

TRAGÉDIA E DESCASOS no Rio de Janeiro...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Faça sua horta de temperos caseiros


Sabemos que hoje é impossível se ter uma horta em casa, principalmente nas grandes cidades, em que a maioria das pessoas vive em apartamento, é pouca as pessoas que se dar o luxo de morar em casa e poder fazer uma horta. O jeito é ir ao super mercado e comprar os macinhos de ervas aromáticas, que nem sempre corresponde a sua necessidade. Mas o que fazer se você quiser ter sempre a mão temperos frescos para dar um sabor especial ao prato? Saiba que é muito simples talvez mais do que você imagina, e não é preciso reservar espaço muito grande. Qualquer cantinho que seja arejado e com alguma incidência de sol, tudo funciona bem. É só comprar os equipamentos e as mudas de ervas e colocar mãos a obra.

Primeiro você deve escolher o vaso ou cachepô com pelo menos 20 cm de profundidade. Uma jardineira de 20 cm x 60 cm, por exemplo, acomoda 12 mudas. Casca de pinéus de bambu ou pedrisco, regador, terra orgânica adubada, húmus de minhoca ou composto orgânico com húmus de minhoca, areia ou manta para drenagem, argila expandida, pá, rastelo e arrancador de inço, mudas orgânicas de suas ervas prediletas (geralmente elas vêm em vasinhos plásticos moles ou duros). Você agora esta com todo o equipamento nas mãos para a sua hortinha. É importante não pular nenhuma etapa descrita abaixo. É bom sempre verificar se os vasos que você comprou têm furinhos para escoar a água, caso não tenha você precisa fazer.

Coloque uma camada generosa de argila expandida, cobrindo o fundo do vaso para garantir a drenagem, cubra a argila com camada de areia, usando a pá para deixá-la o mais uniforme possível, ou coloque a manta de drenagem misture a terra adubada e o húmus de mandioca e quebre com as mãos eventuais caroços, deixando a terra bem fofinha.

Agora despeje a mistura de terra e húmus na jardineira ou vaso, tomando cuidado para não estragar as camadas de baixo (areia, argila e casco de telha) e para não encher demais o recipiente, disponha as mudas na jardineira para ter uma noção do espaço que eles vão ocupar.

Agora faça uma cova para cada muda a ser plantada, retire as mudas do vasinho em que elas vieram, e com a ajuda do arrancador de inço, tomando cuidado para preservar o torrão, na camada de terra, faça uma cova para cada muda a ser plantada. E delicadamente retire o excesso de terra do torrão e deposite na cova, usando o separador de inço para prensar a terra. Saiba que os torrões não devem nunca ficar soltos na terra.

Seja pratico e agrupe as ervas do mesmo tipo para facilitar a colheita, e preciso ser cuidadoso, coloque no mesmo vaso as erva da mesma afinidade. Complete a jardinagem com a mesma mistura da terra, ajeite as cascas de pinus sobre a terra, elas vão garantir a umidade, dão um belo efeito visual e evita a proliferação de ervas daninhas, e boa colheita.
Waldiney Melo

Conheça cinco atitudes que ajudam na digestão


Acabe com a sensação de mal-estar e estômago pesado após as refeições
Por Minha Vida

Alguns hábitos simples durante as refeições, e logo depois delas, são indispensáveis para que o corpo faça uma boa digestão. Confira como cinco atitudes que, incorporadas a sua rotina, podem facilitar a absorção dos nutrientes dos alimentos pelo organismo e prevenir incômodos, mal-estar e aquela sensação de estômago muito cheio.

1 - Mastigue bem
Coma devagar, mastigue bastante os alimentos e tire o máximo de prazer da sua refeição. Por causa da correria da vida moderna, muitas vezes engolimos a comida sem mastigar, dificultando a digestão e absorção dos nutrientes dos alimentos. A nutricionista Roberta Stella destaca que o resultado dessa agitação são gases em excesso e abdômen inchado. Fora que seu corpo acabará gastando mais energia para fazer a digestão e você fatalmente ficará com mais sono e cansaço após as refeições.
Acabe com a sensação de mal-estar após as refeições - Foto: Getty Images

2 - Coma em paz
A hora da refeição deve ser a mais tranquila possível. Evite discussões, brigas e levar o trabalho para a mesa. "Preocupações podem tornar qualquer prato indigesto, até o mais saudável, pois o estado emocional afeta as secreções gástricas indispensáveis à boa digestão", afirmam a médica Leninha Valério do Nascimento e a jornalista Áurea Pessoa no livro Beleza - Desafios da Ciência e da Tecnologia. Elas destacam, ainda, que não são apenas os aborrecimentos que atrapalham a digestão. Uma forte emoção boa tem o mesmo efeito.

3 - Não beba durante as refeições
Os líquidos deixam o estômago em dez minutos, levando com eles os sucos digestivos. A situação piora se a bebida for quente, pois o calor irá enfraquecer os tecidos do estômago. Outra desvantagem é que a saliva possui enzimas que atuam na quebra molecular dos alimentos, e os líquidos atrapalham esse processo. Ao se misturarem à saliva eles a deixam "frágil". Isso significa que o estômago terá mais trabalho e o organismo gastará mais energia para digerir os alimentos.

4 - Tome chá depois da refeição
Acabou de comer? Um chá é uma ótima pedida para finalizar. Roberta diz que ele ajuda a livrar da sensação de inchaço logo depois da refeição. "Quente, a bebida ajuda a dissolver as gorduras e diminui a formação de gases intestinais", afirma.

5 - Evite esforço físico e relaxamento
Ao sair da mesa, descanse um pouquinho, mas não durma. Logo após as refeições é bom evitar atividades físicas intensas e, no outro extremo, dormir. "O sono depois de comer faz com que o metabolismo do corpo diminua. Os exercícios físicos também são ruins porque reduzem a quantidade de sangue disponível para digerir os alimentos. Das duas formas, a comida fica mais tempo retida no organismo, que produz toxinas geradoras do mal-estar", ensina a nutricionista.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Amy Winehouse - Live in Somerset House (Back to Black)


Amy Winehouse em sua viagem ao Rio de Janeiro

Amy Winehouse em sua viagem ao Rio de Janeiro: "A cantora Amy Winehouse é fotografada no bar do hotel onde está hospedada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro (10/1/2011). A estrela deixou à mostra duas marcas roxas na perna direita AgNews

– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"

Amy Winehouse toca nesta segunda (10) no Rio; ainda há ingressos

Cantora Amy Winehouse faz show em Florianópolis na madrugada deste domingo (9)

A turnê de Amy Winehouse pelo Brasil, que começou em Florianópolis no domingo (9), segue para o Rio de Janeiro no início dessa semana. A cantora se apresenta no HSBC Arena nos dias 10 e 11 de janeiro, com abertura da norte-americana Janelle Monáe.

Os ingressos para o show de terça (11) já estão esgotados. Para a apresentação desta segunda (10), ainda há bilhetes disponíveis para todos os setores, com valores que variam entre R$ 700 (pista premier e camarote) e R$ 180 (cadeira nível 3).

Após tocar no Rio, a britânica segue para Recife, onde se apresenta no Pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco na quarta-feira (13). No dia 15, encerra a turnê pelo país com show em São Paulo, na Arenha Anhembi. Ambas apresentações terão abertura de Mayer Hawthorne e Janelle Monáe.

AMY WINEHOUSE NO RIO DE JANEIRO

Quando: 10 e 11/01
Onde: HSBC Arena (Av. Embaixador Abelardo Bueno, 3401, Barra da Tijuca)
Horários: 18h30 abertura da casa; 20h30 Janelle Monae; 22h Amy Winehouse
Quanto: dia 10 - R$ 700 (pista premier e camarote), R$ 180 (cadeira nível 3), R$ 280 (pista), R$ 340 (camarote nível 1) e R$ 700 (pista premier e camarote); dia 11 - esgotados
Ingressos: www.livepass.com.br

Veja fotos do primeiro show de Amy Winehouse no Brasil.




Amy Winehouse faz show em Florianópolis Cantora também se apresentará no Rio, Recife e São Paulo

ÃO PAULO - A cantora inglesa Amy Winehouse deixou ontem, sábado, o hotel de luxo em Santa Teresa, na região central do Rio, pouco antes das 21h para embarcar em direção a Florianópolis, onde fez sua primeira apresentação da turnê no Brasil.
HERMES BEZERRA/AE
HERMES BEZERRA/AE
Amy Winehouse canta em Florianópolis

Antes de viajar, ela recebeu a visita de Ron Wood, guitarrista dos Rolling Stones, para o almoço. Amy deixou o hotel às 20h50, seguindo para a base aérea do Galeão, na zona norte, onde embarcou em um jatinho particular. A saída da cantora foi discreta, pelos fundos do hotel, enquanto fãs e fotógrafos eram atraídos para o portão principal por outro automóvel. Amy embarcou numa Caravan Chrysler preta usando um vestido vermelho estampado, cinto branco e brincos grandes de argola. O carro da cantora que saiu pelo portão dos fundos foi seguido apenas por uma Blazer preta, provavelmente ocupada por seguranças.

Confira o set list do show em Florianópolis:

Just Friends
Back to Black
Tears Dry on their Own
Boulevard of Broken Dreams
Outside Looking In
Lovers Never Say Goodbye
Love is Blind
Love is a Loosing Game
Some Unholy War
Everybody Here Wants You (cantado pelo backing vocal Zalon)
What a Man Going to Do (cantado pelo backing vocal Zalon)
Rehab
Band Intro
I'm no Good
Me and Mr Jones

Bis
You're Wondering Now
Valerie

A volta de Amy ao Rio estava prevista para a madrugada. O hotel em Santa Teresa serve de base para a cantora, que também se apresentará no Rio, São Paulo e Recife.
Estadão

Amy Winehouse retorna a hotel no Rio

RIO - Após a elogiada apresentação em Florianópolis na noite de sábado, a cantora inglesa Amy Winehouse retornou ao Hotel Santa Teresa, na região central do Rio, às 5h15 de domingo. Nesta segunda, 10, ela faz seu show na capital fluminense, o primeiro de dois dias de apresentações no HSBC Arena, na zona oeste.

Apesar de não ter conhecido nenhuma das praias do Rio, Amy escolheu a piscina do hotel para aproveitar o belo domingo de sol, apesar da presença dos paparazzi. Já exibindo um bronzeado, ela passou toda a tarde na piscina, fazendo apenas uma pausa para o almoço.

Após o descanso da viagem de jatinho entre Florianópolis e Rio na madrugada, às 13h15 ela já desfilava o tradicional short jeans e um biquíni estampado com a inusitada sapatilha de balé à beira d'água, ficando por lá até o por do sol, alternando bate-papo descontraído e momentos de relaxamento.

Conhecida pelos escândalos e pelo temperamento imprevisível, a estrela chegou ao Brasil cercada de desconfianças sobre como seria sua passagem pelo Rio, que elegeu como sua casa durante a turnê no País. Contudo, a versão de Amy que desembarcou em solo carioca parece ter adotado o estilo de vida saudável do verão carioca.

A boa aparência da cantora tem surpreendido até mesmo a imprensa internacional, embora, em se tratando de Amy, a dúvida é saber até quando isso irá durar.

A estudante Natália Araújo, de 19 anos, viajou de Curitiba ao Rio só para ver o show da cantora e se impressionou com a imagem de Amy. Com a irmã Luíza, de 24, Natália teve a sorte de cruzar com a estrela no bar do hotel. Elas queriam apenas ter o gostinho de comer no mesmo hotel onde está hospedada a cantora, mas acabaram surpreendidas ao ver Amy entrar para almoçar na mesma hora.

"Ela está muito mais bonita, corada e saudável", contou Natália, orgulhosa de ter almoçado perto de um ídolo. "A nossa mesa era muito longe da dela, mas cruzamos com ela algumas vezes. Ela é muito mais bonita pessoalmente", exultou Luíza. O privilégio pesou no bolso das jovens já que os preços dos pratos do hotel superam R$ 50. "Estou pobre, mas valeu a pena", brincou Luíza.

Embora alguns fãs tenham passado pelo hotel nos últimos dias na tentativa de ver a cantora, ontem apenas os irmãos gêmeos Matheus e Tiago da Silva, de 16 anos, fizeram plantão no portão. Quando Amy desceu para a piscina, os dois começaram a gritar, tentando chamar a atenção dela.

Amy então pareceu se dirigir a eles contrariada. Em seguida, um segurança e um produtor foram ao portão conversar com os jovens. Disseram que a cantora gostaria de não ser incomodada no seu banho de sol e pediram que os rapazes fossem embora. Os rapazes atenderam o pedido da diva imediatamente.
Estado de S. Paulo

sábado, 8 de janeiro de 2011

Supremo esconde processos contra autoridades

Peluso resolve esconder nomes de autoridades nos processos que correm no STF. Para o MCCE, uma contribuição à corrupção

Decisão tomada pelo presidente do STF, Cezar Peluso, determina que ações contra aqueles que têm foro privilegiado não tenham mais o nome completo dos envolvidos, só as iniciais. Isso impede levantamentos como os que são feitos pelo Congresso em Foco

Desde 2004, o Congresso em Foco tem se notabilizado por levantar os processos que existem no Supremo Tribunal Federal contra os deputados e senadores. O site é pioneiro nesse tipo de levantamento, que consideramos um serviço inestimável de informação ao eleitor na hora do voto. Uma decisão recente do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, porém, pode impedir a continuação desse serviço. Desde o fim do ano passado, está valendo a determinação de que todos os inquéritos que cheguem à corte mostrem apenas as iniciais dos envolvidos, não mais os nomes completos.

A mudança veio à tona em dezembro passando. Matéria do jornal O Estado de S. Paulo revelou que inquéritos e outros processos passaram a tramitar de forma confidencial, mesmo quando não estão protegidos pelo segredo de justiça. A medida beneficiava, segundo o periódico, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler. Acusado de injúria por ofender e demitir um estagiário da corte, tramita uma petição de investigação contra ele no Supremo.

Veja aqui todas os levantamentos já feitos pelo Congresso em Foco de processos contra parlamentares

A partir de agora, o cidadão que entrar no site do STF e quiser procurar, por exemplo, se o parlamentar que votou na última eleição sofre alguma investigação, não conseguirá. Antes, bastava digitar o nome completo e fazer a busca. Agora, somente pelas iniciais. Desta maneira, mesmo assim, sem ter certeza se ele está dentro de um inquérito ou não.

Ajuda à corrupção

“A regra é a publicidade. A exceção é que é a preservação dos nomes”, disse a diretora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita Rosa. Ela disse, ao site, não entender o motivo de o presidente do STF ter determinado o sigilo para inquéritos. “Essa obscuridade só contribui para a corrupção”, disparou. No fim da tarde de ontem (7), o MCCE lançou uma nota repudiando a nova postura do Supremo (leia a íntegra da nota no fim da matéria).

No texto, o movimento, composto por uma série de organizações da sociedade civil brasileira, lembra que a Constituição Federal prevê o princípio da publicidade ou transparência para todas as instituições públicas. O Judiciário, diz a nota, só pode aplicar o sigilo ou o segredo de Justiça para defender a intimidade dos envolvidos ou se o interesse social exigir.

“Ninguém tem o direito individual a ter preservada a identidade em qualquer ato investigatório, ainda que ocorrido em fase pré-processual. As exceções ao princípio da publicidade decorrem apenas da eventual necessidade de preservação da própria atividade investigatória ou de ocultação de fatos constrangedores que não digam respeito à sociedade”, afirma o texto.

A determinação de Peluso está envolta em dúvidas. Primeiro, acreditava-se que o sigilo valeria para todos os instrumentos legais que chegassem ao Supremo. Após a publicação da matéria de O Estado de S. Paulo, a assessoria de comunicação do STF divulgou uma nota ressaltando que a disposição era dirigida somente aos inquéritos. “Isto porque, se a Secretaria Judiciária já identificasse os investigados com o nome completo, ficaria frustrada a eventual decretação de segredo de justiça por parte do relator”, diz a nota, enviada à imprensa no fim de dezembro.
“A única ressalva quanto às outras classes processuais é a hipótese de que a indicação de segredo de justiça já seja feita pelo tribunal de origem, o que poderá ser revisto pelo relator, uma vez que a Secretaria Judiciária, no ato de autuar, não o pode fazer, por ausência de poder judicante”, diz a nota do Supremo.

Assim, o andamento do caso de Pargendler, por exemplo, pode ser consultado pelo sistema processual do Supremo pelo nome completo do presidente do STJ. Mesmo assim, se a petição virar inquérito – atualmente está sob análise da Procuradoria Geral da República –, pode passar a ser sigilosa. O fato é que, por conta da decisão de Peluso, a publicidade sobre a maioria dos processos está comprometida.

A fase de inquérito é usada para investigar a atuação de uma ou mais pessoas sob suspeita de ter cometido um crime.

É neste período que a acusação vai tentar reunir indícios suficientes para transformar o investigado em réu. Foi assim, por exemplo, na Ação Penal 470, do Mensalão do PT. Primeiro passou a fase de inquérito. Os ministros do STF, então, entenderam que havia material suficiente para acusar 40 pessoas de diversos crimes.

Jovita Rosa crê que o Supremo recuou ao limitar o princípio do sigilo somente a inquéritos e deixar ao critério dos relatores se serão identificados pelo nome completo ou somente as iniciais. Mas frisa que a intenção é pressionar a corte a abandonar a determinação de promover o sigilo nas investigações.

"Esses processos não correm em sigilo. Não há autorização legal que dê sentido a esse tipo de providência", afirmou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Júnior , ao site Consultor Jurídico. Segundo ele, a medida afronta o princípio da publicidade e da transparência. "A visibilidade é elemento inerente à democracia."

O presidente da OAB expôs um lado da determinação pouco vista até o momento. Ao prever o sigilo para políticos e autoridades com foro privilegiado, o STF cria um privilégio que ainda não existia. "Não é uma regra aplicada por todos os tribunais, mas apenas pelo Supremo. Além disso, já existe televisionamento ao vivo dos julgamentos da corte”, lembrou.

O Congresso em Foco enviou um e-mail com perguntas sobre o assunto para a assessoria de comunicação do STF. Segundo o órgão, não há privilégio para autoridades. “Todos os cidadãos são tratados pelo STF da mesma forma.” A assessoria afirmou que a medida ocorreu após ministros da corte pedirem a Peluso que determinasse o sigilo no momento em que os inquéritos chegassem na secretaria judiciária.

Questionada se não é privilégio conceder a autoridades com foro privilegiado a possibilidade de não serem identificados, a corte reforçou que não. “O objetivo da orientação é justamente garantir o direito do jurisdicionado de ter preservada a sua privacidade caso o inquérito resulte na não abertura de ação processual ou na hipótese de vir a ser indicado pelo relator a necessidade do segredo de justiça”, diz a assessoria.

O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE), rede composta por 50 organizações da sociedade civil brasileira, vem, a propósito da polêmica envolvendo a ocultação do nome de pessoas investigadas por decisão tomada pela Presidência do Supremo Tribunal Federal, apresentar a seguinte manifestação:

A Constituição de 1988 submete todas as instituições públicas ao princípio da publicidade ou transparência. No caso do Judiciário, a este se aplica a garantia fundamental prevista no art. 5º, inciso LX, segundo a qual “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”.

Ninguém tem o direito individual a ter preservada a identidade em qualquer ato investigatório, ainda que ocorrido em fase pré-processual. As exceções ao princípio da publicidade decorrem apenas da eventual necessidade de preservação da própria atividade investigatória ou de ocultação de fatos constrangedores que não digam respeito à sociedade.

Afirmamos, pois, que a publicidade é a regra e o segredo de Justiça a exceção que só pode ser aplicada por meio de decisão judicial devidamente fundamentada, com justificativa idônea para a ocultação da identidade do indiciado.

Esperamos que o Supremo Tribunal Federal, protetor maior da nossa Constituição, faça valer a expectativa que a sociedade tem acerca dessa matéria, assegurando a devida publicidade a todos os dados que envolvem a submissão de autoridades a investigação pela prática de atos delituosos.
Congresso em Foco

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Amianto continua matando em vários países e o Brasil é o quinto maior consumidor


A Organização Mundial de Saúde revela todo ano a situação realcionada a doenças causadas pelo uso do amianto. Pelo menos 200 mil pessoas morrem a cada ano por algum tipo de câncer relacionado com seu ambiente de trabalho, enquanto milhões de empregados correm o risco de desenvolver essa doença por causa da inalação de fibras de amianto e fumaça de tabaco.

Com baixo custo e alta resistência, o amianto ainda é uma das matérias-primas muito utilizada pela indústria da construção civil. Porém os danos que causa à saúde dos trabalhadores é irreversível, principalmente, devido a não observância de normas de proteção nos ambientes de trabalho. Segundo a OMS, companhias estão transferindo suas fábricas para países ainda em desenvolvimento, onde as leis são menos rígidas.

No Brasil, há 34 Normas Regulamentadoras – NRs que buscam resguardar a saúde e a segurança dos trabalhadores. Os Auditores Fiscais do Trabalho lutam diariamente para que as empresas cumpram as exigências de segurança estabelecidas pelas NRs, mas um dos fatores preponderantes que dificulta esse trabalho é a falta de pessoal (AFTs) diante do extenso número de indústrias e empresas espalhadas por todo o país e da ausência de legislação com penas mais duras para os infratores.

Mais detalhes sobre a situação mundial devido ao uso do amianto na matéria a seguir:

21-7-2010 – DIAP / BBC Brasil
Amianto pode matar mais de 1 milhão até 2030, segundo especialistas

Especialistas em saúde alertam para um grande aumento no número de mortes nas próximas duas décadas devido ao uso do amianto pela indústria da construção civil, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Uma investigação conjunta da BBC e do Consórcio de Jornalistas Investigativos revelou que mais de um milhão de pessoas podem morrer até 2030 devido a doenças ligadas à substância.

Com um consumo de amianto 50 vezes maior do que nos Estados Unidos, o Brasil é o quinto maior consumidor do produto em uma lista liderada por China, Índia e Rússia.

Mina de amianto
O amianto é uma fibra natural presente em minas. A substância, que é barata e resistente ao calor e ao fogo, é misturada ao cimento para construção de telhas e pisos.

No entanto, o amianto, que é proibido ou de uso restrito em 52 países, solta fragmentos microscópicos no ar que podem provocar diversas doenças pulmonares quando inaladas, inclusive alguns tipos de câncer.

Amianto branco
A investigação conjunta do Consórcio de Jornalistas Investigativos e da BBC revelou que a produção de amianto continua na ordem dos dois milhões de toneladas.

A indústria do amianto ainda movimenta bilhões de dólares, sobretudo com exportações para países em desenvolvimento, onde as leis de proteção e a fiscalização são mais brandas.

Apesar da proibição e restrição ao uso, uma variação da substância conhecida como amianto branco é produzida e exportada para diversos países.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo o amianto branco pode provocar câncer.

Alguns cientistas temem que a disseminação do amianto branco possa prolongar uma epidemia de doenças relacionadas à substância.

"Minha visão pessoal é de que os riscos são extremamente altos. Eles são tão altos quanto qualquer outra substância cancerígena que vimos, com exceção, talvez, do cigarro", afirma Vincent Cogliano, cientista da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da OMS.

Segundo a OMS, 125 milhões de pessoas convivem com amianto no trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 100 mil trabalhadores morram por ano devido a doenças relacionadas ao amianto.

Nos Estados Unidos, a indústria da construção civil não usa mais nenhum tipo de amianto. No entanto, o número de mortes devido à substância está chegando ao ápice, devido ao longo período em que a doença ainda pode se manifestar.

No México, mais de 2 mil empresas usam o amianto em diversos produtos, como freios, aquecedores, tetos, canos e cabos. Mais de 8 mil trabalhadores têm contato direto com a substância.

Doença
O Canadá é um dos maiores produtores mundiais de amianto branco e exporta o produto, mas proíbe seu uso no país.

Na província de Quebec, Bernard Coulombe, que é proprietário de uma mina, afirma que o amianto branco exportado por ele é vendido "exclusivamente para consumidores finais que possuem os mesmos padrões de higiene industrial do Canadá". Ele afirma que sua indústria possui amparo legal para exportar o produto.

Não muito longe dali, a pintora amadora Janice Tomkins luta contra mesothelioma, uma doença rara ligada ao amianto. Ela acredita ter contraído a doença há vários anos devido à exposição ao amianto azul e marrom, variações hoje proibidas internacionalmente.

Ela luta para impedir que o governo do Quebec libere um financiamento de US$ 56 milhões para que a mina próxima a sua casa possa expandir a produção, de olho em mercados emergentes como a Índia.
SINAIT

Publicado em 05/01/2011 | Agência Estado - Proibir amianto é viável, revela estudo


São Paulo - A proibição do amianto crisotila no Brasil não traria impactos econômicos significativos, pois as indústrias instaladas já possuem tecnologia para substituir o material a custos competitivos. Essa é uma das conclusões de estudo realizado pelo Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (Neit) da Unicamp.

A pesquisa mostra que a diferença de preços entre as telhas de fibrocimento sem amianto e as com amianto não ultrapassa 10%.

E essa diferença tende a cair mais, à medida que novas tecnologias sejam empregadas pelos fabricantes. O estudo revela, ainda, que a perda de empregos decorrente do encerramento das atividades de mineração de amianto e da industrialização da fibra traria impactos localizados, porém contornáveis.

De acordo com Ana Lucia Gonçalves da Silva, do Instituto de Economia da Unicamp e uma das autoras do estudo, os impactos negativos mais significativos recaem sobre o município de Minaçu, em Goiás, onde está localizada a mina de extração do amianto, operada pela Sama Mineração. Os royalties decorrentes da exploração do amianto geram receita da ordem de R$ 3,3 milhões anuais, dividida entre o município, estado e a União.

“Embora relevantes para Minaçu, esses impactos são pequenos diante dos enormes ganhos em termos da saúde dos trabalhadores e da população em geral, em todo o país”, diz a professora. “Esses impactos negativos podem ser compensados com apoio ao desenvolvimento de atividades alternativas, como o turismo.”

Segundo João Carlos Duarte Paes, presidente da Abifibro, entidade que reúne as empresas fabricantes de fibrocimento (material usado para fazer telhas e caixas d’água) sem amianto, a tecnologia para substituir o mineral já está bem estabelecida no país. “Mesmo as empresas que fabricam produtos com amianto já possuem linhas de produtos sem o mineral”, diz. “Por que não banir totalmente, a exemplo do que já fizeram outros 58 países?”, questiona.

As principais matérias primas que podem substituir o amianto são a base de polipropileno (resina produzida em escala no Brasil) e poliálcool vinílico (material que ainda é importado da China e do Japão).

O Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC), que representa os produtores de amianto crisotila, contesta o estudo da Unicamp. Segundo a entidade, os produtos com amianto têm custo de produção 30% menor comparado aos que têm a tecnologia alternativa. “O estudo se baseou em preços diretos ao consumidor, o que é uma inconsistência”, diz Marina de Aquino, presidente executiva do IBC. Segundo ela, uma das empresas que substituíram o amianto, a Brasilit, tem telhas a custos competitivos porque fabrica o polipropileno.

Outro ponto a favor do amianto, segundo Marina, é a durabilidade do material. “A telha com amianto tem durabilidade média de 70 anos, enquanto o produto feito de PP [polipropileno] dura 10 anos.”

Músicos do Passado - Júlio Câmara (1876-1950)


Um músico de grande relevo no Funchal e que também foi um impulsionador de repertório erudito para bandolim foi Júlio de Câmara (1876-1950), um dos principais cantores portugueses do primeiro quartel do século XX, que actuou em teatros de Itália, Lisboa, Brasil e na então designada União Sul-Africana.
Nascido em Lisboa, o músico viveu entre 1919 e 1925 no Funchal, altura em que dinamizou a prática da música vocal na Madeira, através da criação de uma escola de canto, e contribuiu para a difusão da prática do bandolim.
Uma prova do seu contributo nestas duas áreas encontra-se num programa de concerto de 28 de Abril de 1920, que o músico organizou no Funchal, onde um sexteto de bandolins teve um papel central no acompanhamento dos cantores, visto que tocou em quase todos os números do concerto.
O programa musical era constituído por um repertório marcadamente erudito, ou melhor, clássico ligeiro, marcado pelos grandes compositores de ópera do século XIX: Verdi, Bizet, Donizetti, Puccini, entre outros.
Além de cantor, Júlio Câmara deveria ser igualmente um exímio executante de bandolim, que tinha conhecimento do melhor repertório para este instrumento neste período.
No programa do concerto acima referido, Júlio Câmara tocou algumas obras para bandolim em dueto com Luiz Pinheiro, transcritas para bandolim por Carlo Munieri (1859-1911) de Florença, um dos principais pioneiros do revivalismo da música para bandolim no final do século XIX, cujo repertório foi fundamental na melhoria da técnica do instrumento e dos padrões de exigência: uma Romanza de Donizetti e uma Polonaise de Beethoven.
Júlio Câmara também compôs algumas obras para bandolim, sendo conhecidas actualmente duas composições suas, que se encontram na Biblioteca do Conservatório-Escola das Artes (Funchal): Pensiero libero (Prelúdio) e um Fado para bandolim e piano. Ambas as composições são de um elevado virtuosismo, sendo curioso realçar que o Fado tem duas versões: uma virtuosa e uma «transcrição fácil», esta última destinada certamente aos executantes amadores com menor virtuosismo e que possivelmente tocariam estas versões nos salões privados.
Paulo Esteireiro

Cultura / 2011-01-04 - Morreu o actor Pete Postlewaite nomeado para os Oscares em 1994

Cultura / 2011-01-04
Entre os muitos filmes em que participou, destacou-se pelo seu papel em «Em Nome do Pai», que chamou a atenção da Academia de Hollywood, pela forma como interpretou o papel de Giuseppe Conlon, um homem condenado de forma errada pelos atentados do IRA em Guildford.

O actor britânico Pete Postlewaite, nomeado em 1994 pelo filme "Em nome do pai", morreu no domingo em Shropshire, Reino Unido, aos 64 anos vítima de cancro, foi ontem anunciado. O actor distinguiu-se em diversos filmes, entre eles «Em Nome do Pai» e «Os Suspeitos do Costume». De acordo com a BBC, o anúncio foi feito pelo seu amigo e jornalista Andrew Richardson. Postlewaite estava internado num hospital em Shropshire e não resistiu a um cancro.
Entre os muitos filmes em que participou, destacou-se pelo seu papel em «Em Nome do Pai», que chamou a atenção da Academia de Hollywood, pela forma como interpretou o papel de Giuseppe Conlon, um homem condenado de forma errada pelos atentados do IRA em Guildford.
No currículo de Postlewaite contam-se ainda filmes como «Os Suspeitos do Costume», «Os Virtuosos», «O Fiel Jardineiro», ou, mais recentemente, «A Origem» e “A Cidade”.
Apesar da doença, o actor britânico trabalhou quase ao final e este ano deverá aparecer ainda em «Killing Bono». O realizador Steven Spielberg, que o dirigiu em «O Mundo Perdido: Jurassic Park», chegou a descrever Postlethwaite como «o melhor actor do mundo», segundo o cita a BBC.
Nascido em 1945 em Warrington, Pete Postlewaite começou a carreira como actor em Liverpool no Everyman Theatre, ao lado de Bill Nighy ou Jonathan Pryce.
Ator também de teatro, membro da Royal Shakespeare Company, Pete Postlewaite foi Rei Lear em 2008 no Everyman Theatre. Em 2004, foi condecorado pela rainha Isabel II com a Ordem do Império Britânico.


Jornal Online