Que coisa, não? Rs
Ao fundo, jogadores do Tolima comemoram um dos gols sobre o Corinthians de Ronaldo - Os gols da vitória do time colombiano foram marcados no segundo tempo por Santoya, aos 21 minutos, ao receber livre na esquerda da área, e Medina, aos 33, completando de cabeça, sozinho, cruzamento de Murillo
Nesta quarta-feira, o Corinthians decepcionou ao perder para o Deportes Tolima em Ibagué (Colômbia) por 2 a 0 e assim tornar-se o primeiro time brasileiro a ser eliminado na fase pré-Libertadores. A partida de ida, na semana passada, no Pacaembu, terminou sem gols.
Os gols do time colombiano foram marcados no segundo tempo por Santoya, aos 21 minutos, ao receber livre na esquerda da área, e Medina, aos 33, completando de cabeça, sozinho, cruzamento de Murillo.
Atuando mal, o Corinthians ainda viu sua reação complicar quando Luis Ramíres, que entrou aos 25 da etapa final, ser expulso 3 minutos depois por dar uma cotovelada em Chará no meio-campo.
Ao fundo, jogadores do Tolima comemoram um dos gols sobre o Corinthians de Ronaldo
Crédito da imagem: ReutersAnteriormente, o Brasil foi representado oito vezes na fase pré-Libertadores e passou em todas: Palmeiras (2005, 2006 e 2009); Goiás (2006); Santos (2007); Paraná (2007); Cruzeiro (2008 e 2010). Outro brasileiro na disputa da fase pré neste ano, o Grêmio carimbou sua vaga para os grupos com a vitória por 3 a 1 sobre o Liverpool-URU.
Desde 2000, o clube de Parque São Jorge não sabe o que é vencer um mata-mata de Libertadores. De lá para cá, sucumbiu nas oitavas de final frente ao River Plate por duas vezes (em 2003 e 2006) e ao Flamengo (no ano passado).
Com a classificação, o Tolima entra no grupo 7 da Libertadores ao lado de Estudiantes-ARG, Cruzeiro e Guarani-PAR, seu primeiro adversário na próxima fase, já na semana que vem. O Corinthians entra em campo no clássico de domingo, no Pacaembu, contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista.
O jogo
O Tolima cumpriu a promessa de pressionar o Corinthians em Ibagué, embora o irreverente Wilder Medina fosse o único atacante escalado pelo treinador Hernán Torres. Logo no primeiro minuto, ele fintou o zagueiro Leandro Castán duas vezes e chutou cruzado. A bola saiu pela linha de fundo, mas assustou o goleiro Julio Cesar.
O Corinthians, ao contrário, tinha muitas dificuldades para atacar os colombianos. Sem um meia de origem, já que Bruno César foi barrado por opção técnica de Tite, a equipe brasileira era pouco criativa. O trio de volantes formado por Ralf, Jucilei e Paulinho não foi suficiente para dar suporte ofensivo a Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho.
Quando percebeu que o Corinthians não reagia, o Tolima se animou ainda mais diante de seus torcedores. Castillo, Hurtado e Murillo passaram a tirar proveito dos espaços oferecidos pelos laterais corintianos, para desespero de Tite, bastante preocupado à beira do gramado. Fábio Santos, substituto do lesionado Roberto Carlos, era nulo na defesa e no ataque.
Ronaldo também não justificava a idolatria que inspira em alguns colombianos. Chamado de "gordinho" pelos adversários, ele foi vaiado ao errar um passe de letra, ao não completar um drible e ao cobrar uma falta sem direção. Dentinho se mostrava ainda menos produtivo. Já Jorge Henrique, ao menos, tentava chutar de longe. Foi dele a primeira finalização corintiana no jogo - aos 14 minutos.
Depois daquele chute de Jorge Henrique, o Corinthians praticamente não arriscou mais nenhuma conclusão no primeiro tempo. Ainda levou alguns sustos do Tolima, como na oportunidade em que Diego Chará avançou livre de marcação pela direita e bateu por cima do gol.
Apesar dos problemas de seu time, Tite preferiu não fazer alterações no intervalo. Apenas pediu para Jorge Henrique se posicionar melhor, mais centralizado, como se fosse um armador. Já nos primeiros minutos da etapa complementar, deu resultado. O Corinthians deixou de sofrer pressão e passou a figurar no campo de ataque, com uma série de escanteios a seu favor.
O time dirigido por Tite ainda levou perigo em chutes de Paulinho e Ronaldo, que começou a se movimentar no gramado. Como prova de que o Corinthians havia melhorado bastante, o técnico Hernán Torres entrou em ação e colocou Danny Santoya no lugar de Rafael Castillo no Tolima.
A substituição funcionou. Aos 20 minutos, Santoya apareceu sem marcação dentro da área do Corinthians e concluiu com precisão, na saída de Julio Cesar, para abrir o placar. Festa colombiana no Estádio Manuel Murillo Toro. De imediato, Tite colocou Danilo e o peruano Cachito Ramírez nos lugares de Dentinho e Paulinho.
A situação do Corinthians piorou logo em seguida. Autor de um belo gol em sua estreia contra o São Bernardo, Cachito deu um drible no meio-campo, foi segurado por Chará e acertou o adversário com uma cotovelada. O árbitro uruguaio Roberto Silvera não hesitou em mostrar o cartão vermelho para o peruano, que deixou o campo desolado.
Com um jogador a menos, o Corinthians perdeu fôlego e sofreu o segundo gol. Aos 32 minutos, Murillo cruzou da direita, a bola passou por Julio Cesar e Medina completou de cabeça. Tite ainda tentou reanimar o seu time com Edno no lugar de Fábio Santos. Não adiantou. E a torcida do Tolima não perdoou: gritou "olé" até o apito final.
FICHA TÉCNICA:TOLIMA-COL 2 X 0 CORINTHIANS-BRA
Local: Estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué (Colômbia)
Data: 2 de fevereiro de 2011, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai)
Assistentes: Mauricio Espinosa e Carlos Changala (ambos do Uruguai)
Cartões amarelos: Julián Hurtado, Elkin Murillo e Diego Chará (Tolima-COL); Jorge Henrique, Leandro Castán e Jucilei (Corinthians-BRA)
Cartão vermelho: Cachito (Corinthians-BRA)
Gols: TOLIMA-COL: Danny Santoya, aos 20, e Wilder Medina, aos 32 minutos do segundo tempo
TOLIMA-COL: Antony Silva; Gerardo Vallejo, Yair Arrechea, Julián Hurtado e Félix Noguera; Gustavo Bolívar, Diego Chará, Jhon Hurtado, Rafael Castillo (Danny Santoya) e Elkin Murillo (Marlon Piedrahita); Wilder Medina (Luis Alberto Closa)
Técnico: Hernán Torres
CORINTHIANS-BRA: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos (Edno); Ralf, Jucilei, Paulinho (Cachito) e Jorge Henrique; Dentinho (Danilo) e Ronaldo
Técnico: Tite
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