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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Código Florestal não deve seguir 'lógica produtivista', diz CNBB

O presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, e os bispos José Belisário da Silva e Leonardo Steiner (Foto: Wilson Dias/AB) 
O presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno,
e os bispos José Belisário da Silva e Leonardo
Steiner (Foto: Wilson Dias/AB).

 
Sandro Lima Do G1, em Brasília

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota nesta sexta-feira (17) em que afirma que “as decisões sobre o Código Florestal não podem ser motivadas por uma lógica produtivista que não leva em consideração a proteção da natureza, da vida humana e das fontes da vida”.
O Código Florestal foi aprovado na Câmara no fim de maio com alguns pontos polêmicos, como anistia a multas concedidas até 2008 para quem desmatou, caso o produtor participe de programa ambiental, e a emenda 164, que estende aos estados o poder de decidir sobre atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente (APPs). O governo foi contra alguns itens do texto-base aprovado e promete batalhar por alterações no Senado, onde o projeto já está em discussão.
Na nota, os bispos manifestaram preocupação tanto com a emenda 164 quanto com anistia a desmatadores. "Não temos o direito de subordnar a agenda ambiental à agenda econômica", diz trecho da nota.
Pressão
Segundo o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, a Igreja Católica vai apoiar a coleta de assinaturas nas paróquias de todo o país contra as mudanças no código feitas pela Câmara. “Convocamos nossas comunidades a participarem desse processo de aperfeiçoamento do Código Florestal, mobilizando as forças sociais e promovendo abaixo-assinado contra a devastação."
O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, disse que os bispos vão participar do debate no Senado. “Gostaríamos de fazer um pouco de pressão”, afirmou. Steiner citou como exemplo de pressão feita pela Igreja a coleta de assinaturas para o projeto de iniciativa popular que deu origem à Lei da Ficha Limpa.
 

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