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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cientistas querem usar estrutura de asa de borboleta para fazer cédulas

Nanodesign’ também pode ser aplicado a cartões de crédito e passaportes.
Técnica ajudaria a prevenir falsificações, ao gravar marcas moleculares.

Do G1, em São Paulo
A Papilio blumeiA Papilio blumei (Foto: Kpjas/Flickr - Creative Commons, a-sa 2.0 genérico)
Cientistas descobriram um meio de imitar as cores das asas de borboletas tropicais para aplicações na indústria de impressão segura – de cédulas de dinheiro a cartões de banco. A estratégia de copiar a natureza ajudaria a deter fraudes e falsificações.
Mathias Kolle, Ullrich Steiner e Jeremy Baumberg, todos da Universidade de Cambridge, estudaram a espécie Papilio blumei. A grande dificuldade dos pesquisadores, predominante até agora, é que suas cores não são dependentes de pigmentos, mas de estruturas microscópicas que lembram embalagens de ovos. Por meio de procedimentos de nanofabricação, Kolle e seus colegas criaram cópias idênticas do nanodesign natural, que reproduziram com sucesso as cores vívidas exibidas pelas borboletas.
"Essas estruturas artificiais poderiam ser usadas para criptografar informação em assinaturas ópticas em cédulas ou outros itens de valor [como passaportes], para protegê-los contra fraudes e falsificações", explica Kolle.
A borboleta Papilio blumei é tão sofisticada que pode usar suas cores para acasalar – suas companheiras veem as asas azuis – ou para driblar predadores – para os quais as asas são verdes sobre o fundo predominantemente verde da vegetação. O estudo “Mimicking the colourful wing scale structure of the Papilio blumei butterfly” foi publicado na revista “Nature Nanotechnology”.
Concavidades da estrutura das asas da borboleta Papilio blumeiConcavidades da estrutura das asas da borboleta Papilio blumei (Foto: Mathias Kolle / Universidade de Cambridge)

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