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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

'Não tem meia autonomia, é autonomia total', diz Tombini ao falar como novo presidente do Banco Central


(Globo)BRASÍLIA - Em sua primeira exposição após convidado para assumir a presidência do Banco Central (BC), o atual diretor de Normas da instituição, Alexandre Tombini , afirmou nesta quarta-feira que a presidente eleita, Dilma Rousseff, disse que não espera "nada menos" do que a total autonomia do BC na condução da política monetária. Já Guido Mantega, da Fazenda, e Miriam Belchior, do Planejamento, falaram que é necessário cortar gastos.

- Tive longas e muito boas conversas com a presidente eleita Dilma Rousseff neste processo de escolha do novo presidente do Banco Central. E ela me disse que neste regime (de metas de inflação) não tem meia autonomia, é autonomia total e ela não espera nada menos do que isso (da condução do BC em seu governo) - afirmou Tombini.

Cauteloso, pontuando em sua fala a importância da coordenação de trabalho com o Ministério da Fazenda e fazendo questão de dizer que os objetivos são definidos pelo governo e implementados pelo BC, o futuro presidente do Banco Central defendeu o regime de a metas de inflação e salientou sua importância para o avanço institucional e a solidez macroeconômica brasileira nos últimos anos.

- Para fechar, quero dizer que o meu compromisso com o Brasil e com a pres eleita Dilma é cumprir a meta de inflação e que é isso que farei com autonomia operacional total - encerrou Tombini.

O futuro presidente do BC não quis especular sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom), cuja última reunião do ano ocorre em dezembro.

- Não cabe a mim especular neste momento sobre as minhas avaliações a respeito da política monetária - disse Tombini.
Mantega e Miriam Belchior dizem que é necessário conter gastos

Ao falar como ministro da Fazenda confirmado no cargo no próximo governo, Guido Mantega disse em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira que é preciso conter gastos públicos. Seguindo o tom do futuro colega de ministério, a atual gerente do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que o maior desafio do próximo governo é racionalizar o uso dos recursos públicos para atender as prioridades já definidas pela presidente eleita, Dilma Rousseff: erradicação da miséria, educação para todos, saúde de qualidade e investimentos em infraestrutura.

- Seremos parceiros do ministro Guido Mantega na busca da contenção fiscal para garantir o desenvolvimento sustentável do país - disse Miram Belchior.

Mantega disse que põe em risco o projeto de contenção fiscal necessário para o desenvolvimento sustentável a PEC-300 , com impacto de 46 bilhões; o salário mínimo acima de R$ 540 , e a proposta de reajuste para servidores do judiciário e novos reajuste para o funcionalismo.

- É preciso esforço conjunto do Executivo e demais poderes para a contenção dos gastos públicos, para que possamos ter desenvolvimento sustentável - disse.

Dilma não participou da entrevista coletiva em que Mantega, Tombini e Miriam Belchior confirmaram que integrarão o futuro governo. Ela almoçou com Lula e voltou para a Granja do Torto com o deputado Antonio Palocci, que deixou o local pouco depois

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