27 de maio de 2011 às 11:20
O jornal revelou que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, período em que ele acumulou as funções de deputado e consultor.
O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar se o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) enriqueceu ilicitamente, informa reportagem de Andreza Matais e Fernanda Odilla, publicada na Folha de São Paulo desta sexta-feira.
O jornal revelou que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, período em que ele acumulou as funções de deputado e consultor.
O jornal revelou que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, período em que ele acumulou as funções de deputado e consultor.
Palocci comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil. No ano passado, a empresa do ministro, a Projeto, teve um faturamento bruto de R$ 20 milhões, mais da metade obtido após a eleição da presidente Dilma Rousseff, quando Palocci coordenava a transição do governo.
Nesta semana, a liderança do PSDB na Câmara ainda levantou suspeitas de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho de Palocci, e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
Segundo reportagem da Folha, a WTorre foi uma das clientes da empresa do ministro.
QUEBRA DE SILÊNCIO
Ontem, pela primeira vez, a presidente Dilma Rousseff falou sobre o caso.
"Asseguro que o ministro Palocci está dando todas as explicações necessárias. Espero que esta questão não seja politizada como foi o caso do que aconteceu ontem, um caso lastimável que é aquela questão da devolução de impostos da empresa WTorre", disse Dilma.
Sem revelar detalhes sobre o faturamento de sua empresa e nem dizer quem foram seus clientes, Palocci também falou sobre o assunto ontem com senadores da bancada do PT.
O ministro negou que sua empresa de consultoria tenha cometido irregularidades que lhe permitiram aumentar em 20 o seu patrimônio.
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