Lembrando o grande clássico dos anos 90,
que fez multidões rirem e chorarem ao mesmo tempo
Porque será que o idiota Forrest Gump é um personagem que nos comove tanto? Será que, no fundo, todos nos sentimos uns grandes idiotas e automaticamente nos identificamos com ele? Será que, secretamente, sentimos inveja dele por sua enorme vida, tendo participado ativamente de momentos historicamente marcantes, de situações intensas e emocionantes, de ações que o transformaram em celebridade nacional, ao contrário de nossa pequena vida de insignificâncias? Será que Forrest Gump tipifica um genuíno herói? Afinal, ele carrega algumas características de herói: é muito honesto, é muito forte, tem seu ponto vulnerável (no caso dele, o baixíssimo QI – que, como vemos no filme, não chega a atrapalhá-lo), é muitas vezes incompreendido, é perseguido por alguns, é amado por muitos, tem um histórico de transposição de obstáculos, é corajoso, e tem uma bela e indiferente mocinha pra defender. Como ele sofre pela indiferente mocinha... E se herói sempre vence no final, Forrest é, por fim, um vitorioso. Na verdade invejamos os heróis: sempre foi assim, desde a antiguidade. E poucas coisas nos tocam mais fundo a alma quanto a inveja. A inveja comove, emociona. Eu confesso que sinto inveja de Forrest Gump toda vez que vejo “seu” filme. E me emociono bastante, mesmo depois de já ter assistido sua história mais ou menos 10 vezes.
Por Luciano Silveira
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