As vitimas de Enchentes não devem aceitar qualquer tipo de "Migalhas" por parte do governo. Devem é exigir uma indenização total por perdas e danos aos governantes... Não aceitar migalhas... Jamais... Mesmo estando em situação precária... Espere... Não se conforme, não aceite ser enrolado pelos donos do Poder!.
A pior enchente que já atingiu São Lourenço do Sul, cidade de 43 mil habitantes a 191 km de Porto Alegre, causou prejuízos e deixou bairros inteiros cobertos de lama.
Na zona urbana, a água alcançou três metros de altura na madrugada de anteontem, superando todas as marcas da inundação de 1941, que sobrevivia na memória local como a pior catástrofe natural da cidade.
Por volta das 12h30 de ontem, foi encontrado o corpo de Raul Estreito Júnior, 12, a sétima vítima da enxurrada. A Defesa Civil chegou a anunciar oito mortes, mas o número foi corrigido. Uma pessoa segue desaparecida.
A inundação formada pela forte chuva no arroio São Lourenço, riacho que corta a cidade, arrancou árvores pela raiz e invadiu as casas de pelo menos 15 mil pessoas.
O número de mortos só não foi maior porque a prefeitura alertou a população por meio de carros de som pouco antes da enchente.
Ontem, parte dos moradores começou a voltar para casa. Nas ruas, uma cena se repetia: pessoas enlameadas tentando limpar suas casas, apesar da falta de água encanada, e montando pilhas de móveis que viraram lixo.
A economia do município foi afetada. No porto de pescadores do bairro de Navegantes, dezenas de barcos foram jogados contra casas. Com cascos esmigalhados, outros afundaram. Ancoradouros e trapiches foram levados pelo dilúvio.
"Temos enchentes aqui às vezes, mas nunca nada perto disso", conta o dono de estaleiro Divino Vernetti, 69.
Pequenas fábricas, supermercados e lojas perderam todo o estoque nos bairros Navegantes e Barrinha, os mais atingidos. O calçamento cedeu lugar a crateras.
O prefeito José Nunes (PT) calcula que o prejuízo passe dos R$ 100 milhões. O governador do RS, Tarso Genro (PT), visitou o município e anunciou linha de crédito de R$ 50 milhões pelo Banrisul.
Estadão
Proteste dá orientações a vítimas das enchentes
Os cidadãos afetados pelas recentes enchentes têm direito a uma indenização do Poder Público pelos danos sofridos, na opinião de Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste Associação de Consumidores. Para ela, uma das formas mais rápidas de buscar na Justiça a reparação é recorrer de forma coletiva, por meio das associações, ou por meio de Ação Civil Pública. A informação é da Agência Brasil.
Maria Inês destacou que as vítimas devem guardar todos os comprovantes dos danos sofridos, como fotografias, orçamentos de conserto de aparelhos, notas fiscais e comprovantes de residência. A Proteste considera que os governos têm a obrigação de fiscalizar a ocupação dos terrenos em encostas ou áreas de risco para evitar tragédias como a que ocorreu na Região Serrana do Rio de Janeiro. "O Poder Público não pode deixar as pessoas ocuparem essas regiões e deve zelar pela segurança delas", destacou.
Para o promotor Rodrigo Terra, do Ministério Público do Rio de Janeiro, as orientações da Proteste fazem sentido por se tratar de um caso de responsabilidade civil. Ele afirmou que o Estado pratica um ato ilícito quando áreas consideradas de risco são ocupadas sem nenhum critério ou segurança. "Isso é fácil de o Estado controlar porque é só demover as pessoas da ideia de se instalarem ali", acredita. Outras medidas que o Poder Público precisa tomar, acrescentou, é a instalação de placas advertindo que os locais são áreas de risco e a demolição das construções.
Já para o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Carlos José de Souza Guimarães, a tragédia da Região Serrana do estado também diz respeito à inércia das prefeituras, apesar das causas naturais. Para ele, as administrações municipais têm responsabilidade direta e constitucional pelo uso correto e idôneo do solo urbano, ponto reforçado há cerca de dez anos pelo Estatuto das Cidades.
A pior enchente que já atingiu São Lourenço do Sul, cidade de 43 mil habitantes a 191 km de Porto Alegre, causou prejuízos e deixou bairros inteiros cobertos de lama.
Na zona urbana, a água alcançou três metros de altura na madrugada de anteontem, superando todas as marcas da inundação de 1941, que sobrevivia na memória local como a pior catástrofe natural da cidade.
Por volta das 12h30 de ontem, foi encontrado o corpo de Raul Estreito Júnior, 12, a sétima vítima da enxurrada. A Defesa Civil chegou a anunciar oito mortes, mas o número foi corrigido. Uma pessoa segue desaparecida.
A inundação formada pela forte chuva no arroio São Lourenço, riacho que corta a cidade, arrancou árvores pela raiz e invadiu as casas de pelo menos 15 mil pessoas.
O número de mortos só não foi maior porque a prefeitura alertou a população por meio de carros de som pouco antes da enchente.
Ontem, parte dos moradores começou a voltar para casa. Nas ruas, uma cena se repetia: pessoas enlameadas tentando limpar suas casas, apesar da falta de água encanada, e montando pilhas de móveis que viraram lixo.
A economia do município foi afetada. No porto de pescadores do bairro de Navegantes, dezenas de barcos foram jogados contra casas. Com cascos esmigalhados, outros afundaram. Ancoradouros e trapiches foram levados pelo dilúvio.
"Temos enchentes aqui às vezes, mas nunca nada perto disso", conta o dono de estaleiro Divino Vernetti, 69.
Pequenas fábricas, supermercados e lojas perderam todo o estoque nos bairros Navegantes e Barrinha, os mais atingidos. O calçamento cedeu lugar a crateras.
O prefeito José Nunes (PT) calcula que o prejuízo passe dos R$ 100 milhões. O governador do RS, Tarso Genro (PT), visitou o município e anunciou linha de crédito de R$ 50 milhões pelo Banrisul.
Estadão
Proteste dá orientações a vítimas das enchentes
Os cidadãos afetados pelas recentes enchentes têm direito a uma indenização do Poder Público pelos danos sofridos, na opinião de Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste Associação de Consumidores. Para ela, uma das formas mais rápidas de buscar na Justiça a reparação é recorrer de forma coletiva, por meio das associações, ou por meio de Ação Civil Pública. A informação é da Agência Brasil.
Maria Inês destacou que as vítimas devem guardar todos os comprovantes dos danos sofridos, como fotografias, orçamentos de conserto de aparelhos, notas fiscais e comprovantes de residência. A Proteste considera que os governos têm a obrigação de fiscalizar a ocupação dos terrenos em encostas ou áreas de risco para evitar tragédias como a que ocorreu na Região Serrana do Rio de Janeiro. "O Poder Público não pode deixar as pessoas ocuparem essas regiões e deve zelar pela segurança delas", destacou.
Para o promotor Rodrigo Terra, do Ministério Público do Rio de Janeiro, as orientações da Proteste fazem sentido por se tratar de um caso de responsabilidade civil. Ele afirmou que o Estado pratica um ato ilícito quando áreas consideradas de risco são ocupadas sem nenhum critério ou segurança. "Isso é fácil de o Estado controlar porque é só demover as pessoas da ideia de se instalarem ali", acredita. Outras medidas que o Poder Público precisa tomar, acrescentou, é a instalação de placas advertindo que os locais são áreas de risco e a demolição das construções.
Já para o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Carlos José de Souza Guimarães, a tragédia da Região Serrana do estado também diz respeito à inércia das prefeituras, apesar das causas naturais. Para ele, as administrações municipais têm responsabilidade direta e constitucional pelo uso correto e idôneo do solo urbano, ponto reforçado há cerca de dez anos pelo Estatuto das Cidades.
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