Na semana passada, o governador Sérgio Cabral, do Rio, me disse, numa entrevista na Globo News, que a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) não causou nenhum dano à saúde da população do bairro de Santa Cruz. Uma semana depois, no entanto, a secretária estadual de ambiente, Marilene Ramos, afirmou ao jornal Valor Econômico que a usina terá de limitar a produção a 70% da capacidade, até que estejam resolvidos os problemas, e que a multa a ser aplicada vai considerar também os riscos de danos à saúde.
Quando perguntei ao governador se a licença à siderúrgica fora dada antes da hora, ele negou:
- Não houve nenhum dano ambiental. Na operação, houve queima de um produto qualquer que não gerou nenhum dano ambiental às pessoas, gerou uma fuligem, uma fumaça. Não há nenhum caso de pessoa em Santa Cruz que tenha tido problema por conta disso. Na segunda fase, agora, zero de problema. A CSA tem padrões de controle ambiental dos mais elevados do mundo - disse ele, na entrevista que pode ser vista mais abaixo.
Segundo matéria do Valor, disponível aqui, a secretária diz que estuda o enquadramento não só no incômodo à vizinhança, mas também no risco à saúde, de forma que a multa possa ser maior, acima de R$ 2 milhões.
Miriam Leitão
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