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quinta-feira, 15 de março de 2012

De olho na eleição, PSDB avança sobre rebelados da base

Política

Com a ajuda de Kassab, tucanos intensificam as investidas em partidos ligados ao PT para costurar alianças em SP. E o PR já sinalizou acordo com o prefeito

Crise na base: PSDB aproveita para costurar alianças Crise na base: PSDB aproveita para costurar alianças (Moreira Mariz/Agência Senado)
A presidente Dilma Rousseff vem enfrentando sucessivas derrotas no Congresso Nacional: primeiro, uma traição dos partidos que integram a base aliada - capitaneada pelo PMDB - impediu a recondução de Bernardo Figueiredo para a direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Já na noite de quarta-feira, o PR anunciou que não estará mais ao lado do governo nas votações no Senado. E a chamada "rebelião da base" começa agora a ter reflexos na disputa eleitoral em São Paulo.
Em meio à crise no governo, os tucanos aproveitam para intensificar suas  as investidas em partidos ligados ao PT. O objetivo é costurar um arco de alianças em torno da provável candidatura do ex-governador José Serra à prefeitura. Os dirigentes de PR, PTB, PSB e PDT foram procurados nos últimos dias pelos tucanos, numa articulação que conta com a ajuda de Gilberto Kassab (PSD) - o prefeito mantém boa interlocução com esses partidos, apoiadores de seu governo em São Paulo.
O próprio ex-governador chamou os dirigentes para conversar. Na quarta-feira, ligou para o presidente estadual do PTB, Campos Machado, e marcou uma conversa à noite. O PTB tem colocada a pré-candidatura do presidente da OAB-SP, Luiz Flávio D'’Urso.
Serra quer um arco amplo de alianças para garantir tempo na propaganda gratuita, um dos principais ativos eleitorais. Para isso, os tucanos querem evitar que as legendas ligadas ao governo Dilma Rousseff apoiem o pré-candidato do PT, Fernando Haddad. Nas negociações, entram a discussão sobre o cargo de vice-prefeito e a coligação na chapa proporcional, a dos vereadores.
Em 2004, o PTB apoiou o PT, mas em 2008 fechou com o PSDB. Integrantes da sigla em Brasília apoiam aliança com o PMDB, mas Campos tem defendido D’Urso candidato - ele esteve na Câmara Municipal anteontem em agenda de campanha. Serra também conversou com o presidente do PDT estadual, o Paulinho da Força, na sexta-feira no Palácio dos Bandeirantes. Disse ao deputado que a entrada do PDT no governo de Geraldo Alckmin, com a indicação de Carlos Ortiz para a Secretaria do Trabalho, não deveria guardar relação apenas com a eleição de 2014, mas com a disputa de 2012.
Na quarta, senadores do PR romperam com o Palácio do Planalto. Em São Paulo, o presidente do PR, vereador Antonio Carlos Rodrigues, conversou com Kassab, antes de o prefeito ir para a Europa nesta semana. Kassab deve indicar Rodrigues para o Tribunal de Contas do município. O PSB paulista também foi procurado por Serra, que jantou com o presidente do PV, José Luiz Penna, há duas semanas. Dos partidos da base de Dilma, o PC do B é o único que avisou Kassab, quando procurado pelo prefeito, que não teria como apoiar uma candidatura Serra.
(Com Agência Estado)
 http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/psdb-tenta-alianca-em-sp-com-rebelados-de-dilma

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