
Primeiro: eu não quero que você ache que eu “bato palmas” para suicidios. Seria ridículo de minha parte. Sobre suicídios, só tenho um ponto positivo para ressaltar: o suicida é o cara mais corajoso que existe, e só. Mas é tudo isso também. Enquanto a maioria de nós estamos evitando riscos o tempo todo para salvar nossa pele e nossa zona de conforto, um suicida se lança à morte, em um ato totalmente comprometido de aliviar a dor que encontrou na vida. Um suicida é um cara com o mais alto grau de comprometimento que eu já ouvi falar: ele compromete sua própria e única existência em favor de suas opiniões, do que ele acredita ser a atitude correta. Ele erra em um único ponto crucial: perde sua vida no processo. Literalmente. Acerta na coragem, mas erra completamente o alvo.
Quantas vezes nós simplesmente deixamos de nos comprometer com o que acreditamos ser bom, simplesmente porque queremos manter o que já temos? Quantas vezes não entregamos as rédeas da nossa própria vida a terceiros, situações e lugares, simplesmente para não “ferir o status quo*”? (Status Quo, praqueles que não souberem é, basicamente, “o que já tenho, já conheço, é previsível, me dá conforto e que tenho medo de perder”).
Suicídios Desperdiçam As Almas Mais Valiosas da Humanidade
É claro que eu não concordo com o suicídio. Acho um absurdo alguém se lançar à morte. Ao invés disso, vejo em um suicídio a maior burrada que alguém pode cometer. Um suicida é alguém que desenvolveu o que ninguém mais conseguiu: uma capacidade incrível de querer profundamente e realizar mudanças totalmente drásticas em sua vida. Ele já está radicalmente convencido de que todas as suas energias precisam ser utilizadas urgentemente na sua transformação pessoal absoluta e completa.
Quantas pessoas chegam a este estágio de consciência e motivação? Quase ninguém. Certamente, bem menos do que meio por cento da população do mundo inteiro consegue se comprometer com suas próprias causas tanto quanto alguém que sequer está considerando a hipótese de cometer suicídio, e muito menos ainda de quem chega lá e realiza.
Ao desperdiçar verdadeiros heróis em potencial, a mãe natureza me dá um belo espetáculo de sua completa estranheza. No entanto, não fico espantado por certos personagens controversos da História estarem relacionados a eventos suicidas, como Napoleão (que tentou suicídio, mas não conseguiu) e Adolph Hitler. O estado de confiança e decisão destes caras era contagiante, mas seus valores eram muito, muito destrutivos. Eles precisavam seriamente de uma “revisão de conceitos”, mas não deu tempo.
Inverta a Polaridade: Lance-Se À Vida
Na minha opinião, qualquer um que tenha essa paixão pela transformação deve “inverter a polaridade”, e se lançar tão rápido quanto possível em projetos que podem transformar o mundo em um lugar muito melhor pra se viver. É o tipo de estado que gera atitudes que constroem com velocidade um universo muito mais favorável e amoroso. Cristo, Ghandi, Buda, Madre Teresa de Calcutá, Einstein, John Lennon, Lincoln, Martin Luther King Jr, Mandela, Eckhart Tolle… Nenhum deles queria nada além de transformar o mundo em um lugar melhor para todos, sem distinção.
Se eu pudesse fazer alguma coisa pra impedir suicídios, seria deixar claro a alguém que chega a esse estado de consciência que essa pessoa é potencialmente capaz de transformar o mundo inteiro. O mundo inteiro, isto mesmo – desde que se empregasse com toda essa força de decisão na única tarefa de aprender o que move as pessoas para o bem.
O que você pode fazer pra se motivar muito mais no seu dia a dia? Adote como princípio que o status quo é apenas isso: um estado letárgico, o não-exercício de sua vida: a morte por omissão de viver. Considere também que podes perder sua vida a qualquer momento, sem que você tenha feito o que realmente precisa fazer. Saiba que isto não é uma mera opinião, mas sim uma hipótese REAL, não interessa quão bem você viva – a vida é isto: fatídica e imprevisível.
Não resista à idéia de que a sua vida e a harmonia com o próximo são muito mais importantes do que qualquer invenção do homem, qualquer ciência, qualquer conta bancária, qualquer desentendimento ou mesmo qualquer religião. Tenho certeza de que até Deus suspenderia seu próprio julgamento se o que você sonha é absolutamente bom para você e para todos os outros.

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