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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sobre o Foda-se e outras expressões úteis

 

O nível de estresse de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de Foda-se! que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do Foda-se?! O Foda-se! aumenta minha autoestima, me torna uma pessoa melhor, reorganiza as coisas, me liberta. Não quer sair comigo? Então foda-se! Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!. O direito ao Foda-se! deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Recado de John Lennon para você
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o "latim vulgar", será esse "português vulgar" que vingará plenamente um dia.
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade do que "pra caralho" (ou "pá carai", como preferir)? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática.CARALHO, MANDA UM FODA-SE QUE TA TRANQUILO
A Via-Láctea tem estrelas pra caralho! O sol é quente pra caralho! O universo é antigo pra caralho! Eu gosto de cerveja pra caralho, entende? No gênero do "pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem fodendo". O "não, não e não!" e tampouco o "nada" eficaz e o já sem nenhuma credibilidade "não, absolutamente não!" o substituem.
O "nem f*dendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranquila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 18 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral?
Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "NEM F*DENDO!!!". O impertinente se manca na hora e vai pro shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicinio Rodrigues.

Minerva: Me fudi rs.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "PHD porra nenhuma!"? Ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!"? O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - Presidente de Porra Nenhuma. Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Puta que o pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.
Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação vai tomar no olho do seu cu!. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus usando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! Vai tomar no olho do seu cu!.
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua autoestima. Desabotoa a camisa e sai a rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios. /
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: Fodeu!. E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? Fodeu de vez!.
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se ...
Obs: O autor dessa seção foi preso por plágio ao NNF (Nóis na Fita). Se duvida, procure no youtube "NNF-Palavrão". 
O FODA-SE em Portugal
Em Portugal, o FODA-SE supera em larga escala algumas palavras mais proferidas pelos Portugueses como "Estou?" (quando se atende o telefone), "Bom dia", "Boa tarde" ou "Boa Noite".
Os analistas eminentes como Marcelo Rebelo de Sousa, Zé das Migas e ainda António Borges, acham qua a ascensão fulminante do FODA-SE, se deve ao estado calamitoso do Estado Português com uma ditadura fiscal, baseada em impostos a 23% e propostas de obras públicas megalomanas como a OTA, o TGV e a rotunda de Figueiró dos Vinhos.
Marcelo chegou mesmo a afirmar:"Nem no tempo do meu padrinho (referia-se a Marcello Caetano Que acabaou FODENDO-SE) que era uma pessoa mui nobre e justa, que até cedeu o lugar de chefe do estado português à extrema-esquerda no dia 25 de Abril, Portugal nunca esteve tão mal! E muito menos no tempo do meu pai (Baltazar Rebelo de Sousa) que foi ministro dos negócios estrangeiros numa época em que Portugal crescia a 16% ao ano devido a "horas extras" feitas pelos trabalhadores antes de Abri 1974!" "Ninguém precisa de uma OTA!" - rematou.
Já Zé das Migas, proprietário de uma tasca no alto do Serro Ventoso afirma: "Fodache! Eta meda ta tod fodid!" (Foda-se! Esta merda está toda fodida) "Agoa bem pa i um cumbói, que bai passá mem ó lad da nha tásc! Só p caus do bauulho as pechoas já não beem cá num é?" (Agora vem para aí um comboio, que vai passar mesmo ao lado da minha tasca! Só por causa do barulho as pesssoas já nao vêm cá não é) - concluiu.
Por seu lado, António Borges, eminente comentador, analista, jogador de PES (PlayStation Soccer), colecionador de entrevistas feitas a ele próprio, vencedor do do troféu "Pé de Atleta - 2005" e nomeado para a categoria de "Efectivamente Sou o Maior", aquando de um discurso promovido pela freguesia concorrente "Alguidares de Baixo" ao qual assistiam 3 crianças, 20 velhotes, 2 bêbados e um Street Racer da margem Sul, acha que a construção da nova rotunda na Freguesia de Figueiró dos Vinhos não é bem vinda pelas mais variadas razões "Efectivmente, penso que o mais importante neste momento crucial das vidas das pessoas utilizadoras das vias rodoviárias da freguesia de Figeiró dos Vinhos, passa por dinamizar e apelar à competitividade colectiva, no sentido de potenciar sinergias benéficas, para que os bolsos de todos nós possam usufruir. Quero com isto dizer que uma rotunda desta dimensão (8 metros de diâmetro), não se justifica devido ao elevado impacto que tem no orçamento do Concelho". O Street Racer terá replicado imediatamente: "Atão foda-se! Vim praqui pro causa das curvas e agora este barda-merdas começa com cenas... Pó caralho,vai toma no seu cú!" Replicou.
Convém também referir que a expressão FODA-SE surge em Portugal nos seus tempos de Condado Portucalense, sendo que alguns dos maiores fudilhões (especialistas na área de fodologia)do nosso país afirmam que a expressão surge após o rei D.Afonso Henriques ter a boca cheia de comida e ao tentar falar durante a ceia saiu um grunhido do gênero fodasve ( reconhecido por muitos como o FODA-SE primordial),que revolucionou a gramática portuguesa até aos nossos tempos.
Fonte:Web

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