Líder de todos os governos desde que as caravelas de Pedro Álvares Cabral aportaram em Porto Seguro, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) não perde tempo. Ganha.
No tabuleiro em que é jogado o jogo dos cargos, é fácil identificar as peças movidas por Jucá. Normalmente, são as que estão mais próximas do cofre.
Na Conab, estatal de aba$tecimento da pasta da Agricultura, Jucá acomodara o irmão Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, na diretoria financeira. Deu chabu.
No organograma de Furna$, Jucazão enfiou o “afilhado” Luiz Hamann. Onde? Ora, na diretoria financeira.
A predileção de Jucá pelos postos que vêm junto com o segredo do cofre é espantosa. Mais surpreendente, porém, é a facilidade com que o senador é atendido.
Fica-se com a impressão de que os presidentes, um após o outro, enxergam no líder eterno um político que, por altruísta, prioriza o saneamento das finanças de estatais.
Quem ouve o diagnóstico pronunciado por Jucazinho depois que sua cabeça foi apartada do pescoço –Na Agricultura “só tem bandido”— desespera-se.
A platéia começa a ter saudades dos tempos em que a humanidade era mais pura, como em Sodoma e Gomorra.
por Josias
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