domingo, 17 de julho de 2011
Tricerátope foi o último dos dinossauros
RIO - Um Tricerátope pode ter sido o último dos dinossauros sobreviventes, segundo uma pesquisa da Universidade Yale, dos EUA, publicada esta semana pela revista "Royal Society Biology Letters". De acordo com o estudo, os fósseis do réptil foram descobertos no estado americano de Montana e datam de 65 milhões de anos atrás - mesma época em que um meteorito teria atingido a Península de Yucatan, no México, dando fim à era dos grandes lagartos.
A camada do solo em que o fóssil foi descoberto está muito próxima à do período posterior à grande extinção, dominado por outros animais - mamíferos e aves, principalmente. Tão próxima que, segundo os pesquisadores, seu estudo poderia derrubar uma teoria há muito conhecida entre paleontólogos: a possibilidade de que os dinossauros já estavam entrando em extinção muito antes da chegada do meteorito.
- Ainda não é possível saber quando eles começaram a sumir - destaca o paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional, no Rio, que não participou da pesquisa. - O ponto alto deste novo trabalho é encontrar aquele que seria o mais novo dos dinossauros. Não há, no entanto, nada de especial que tenha feito os tricerátopes durar mais do que as outras espécies. Quem continuar com as buscas logo encontrará outros contemporâneos dessa espécie, talvez até tiranossauros.
Kellner, assim como os autores do novo estudo, concorda que a queda do meteorito atirou bilhões de toneladas de cinzas no ar. A poeira filtrou a luz do Sol, provocando um "inverno nuclear", que esfriou o planeta e secou a vegetação da qual os dinossauros dependiam, direta ou indiretamente.
- Sabe-se que as mudanças climáticas contribuíram para a extinção das espécies - explica Kellner. - Entre os pterossauros, a diversidade de espécies foi diminuindo muito antes desse impacto final. Se o mesmo vale para os dinossauros, ainda temos um longo caminho para percorrer.
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