Uma frase emblemática para reflexão:
"No amor há fascinação pelo objeto; na paixão há servidão (=do sujeito em relação ao objeto)".
Queremos lembrar que os conceitos de "libido de ego" e "libido de objeto", sempre ocorrem numa razão que é inversamente proporcional. Freud nos dá como exemplo, o estado de enamoramento, onde grande parte da libido é investida no objeto, tornando-se este, a palavra de lei para o sujeito. Em outras palavras: "o ego entrega-se ao objeto". Portanto, tanto a paixão como o amor, estão inseridos no circuito do prazer, muito embora pensemos que a paixão tem a ver exclusivamente com o ego, sendo que o amor tem tudo a ver com o objeto. Diremos ainda de uma outra maneira: "a paixão seria um sentimento ou um estado psíquico regido quase que exclusivamente pelo 'princípio do prazer', ao passo de que no amor, ao se admitir o objeto, levar-se-ia em conta o 'princípio da realidade'".
Foi em "Para Além do Princípio do Prazer", que Freud em 1920, também introduziu a noção de "pulsão de morte". Assim se a paixão seria um estado psíquico quase regido totalmente pelo princípio do prazer, pensamos que se possa considerar que existiria quase que um "esvaziamento libidinal", no que se refere ao ego, ficando a libido investida e represada no objeto.
Tovar
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Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim, e ter paciência para que a vida faça o resto...
ResponderExcluirWilliam Shakespeare