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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pesquisa diz que diagnóstico de câncer com mamografia traz mais benefícios

Câncer de mama

Mulheres que foram diagnosticadas a partir da mamografia apresentaram tratamento mais simples, menor chance de a doença reaparecer e um menor índice de mortalidade

Exame de rotina: a mamografia pode reduzir o número de mortes em mulheres com câncer de mama Exame de rotina: a mamografia pode reduzir o número de mortes em mulheres com câncer de mama (Thinkstock)
A detecção do câncer de mama feita por meio de mamografia traz mais benefícios que a detecção feita pela própria paciente ou pelo médico, afirma estudo publicado na edição de março do periódico científico Radiology. Segundo a pesquisa, as mulheres que foram diagnosticadas a partir da mamografia, em comparação com detecção feita por outros métodos (autoexame feito pela paciente ou exame feito pelo médico) apresentaram um tratamento mais simples e menor propensão a ter recidiva (reaparecimento da doença). Entre essas mulheres também foi registrado menor índice de mortalidade. "Isso ocorreu porque o câncer foi diagnosticado no estágio inicial", disse Judith Malmgren, autora do estudo e presidente do HealthStat Consulting, uma empresa privada que oferece serviços personalizados em prol da saúde. O estudo mostra a importância da realização de exames periódicos.
Para o levantamento, Malmgren revisou os registros de pacientes com câncer do Instituto Sueco de Câncer, em Seattle, nos Estados Unidos. No total, foram analisados os dados de 1.977 pacientes com câncer de mama com idades entre 40 e 49 anos, que foram tratadas entre 1990 e 2008. Depois, os pesquisadores dividiram quem foi responsável pelo diagnóstico da doença: mamógrafo, paciente ou médico. Além disso, foram considerados o estágio do diagnóstico, o tratamento realizado e a recorrência da doença. "Nosso objetivo era avaliar as diferenças entre mamografia e outras formas de detecção para determinar se o diagnóstico precoce traz vantagens em relação ao tratamento e a morbidade da doença", disse Malmgren.
Os dados revelaram um aumento significativo no porcentual de câncer detectado pela mamografia durante 18 anos: foi de 28% em 1990 para 58% em 2008. Já as outras formas de diagnóstico (paciente e médico) tiveram queda de 73% em 1990 para 42% em 2008. Durante o mesmo período, o número de tumores da mama diagnosticado no estágio 0 aumentou 66%, enquanto o total de tumores no estágio III registraram queda de 66%. A maioria dos tumores era um carcinoma ductal in situ - tipo de câncer localizado e precoce que ainda não invadiu e nem se propagou para outros locais.
"O objetivo de fazer a triagem com mamografia é detectar a doença em um estágio precoce, mais tratável", disse Malmgren. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estados avançados. No total, foram registradas 12.098 mortes, de acordo com dados de 2008. Estima-se que ocorrerão 52.680 novos casos entre os brasileiros em 2012.

A controversa mamografia: quando fazer o exame?


Os especialistas vêm debatendo e pesquisando qual seria a melhor idade para início dos exames de rotina para o câncer de mama e qual seria a frequência ideal — se anualmente ou a cada dois anos.
O problema reside no alegado fato de que os exames antes dos 50 anos trariam benefícios pequenos quando comparados aos riscos. Por exemplo, algumas mulheres podem ser prejudicadas por falsos positivos. Ao serem submetidas a cirurgias para remover tumores que não seriam necessariamente agressivos, elas teriam um diagnóstico incorreto e um possível tratamento desnecessário.
Em 2009, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF, sigla em inglês), um painel com apoio federal, afirmou que os exames feitos antes dos 50 anos deveriam ser uma escolha pessoal da mulher. Mesmo na faixa dos 50 anos, a USPSTF recomenda que os exames sejam feitos a cada dois anos.
Já a Sociedade Americana do Câncer e outras organizações médicas, como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, indicam que as mulheres devem fazer mamografias anuais a partir dos 40 anos de idade.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), as brasileiras com idades entre 50 e 69 anos devem realizar a mamografia cada dois anos ou de acordo com a recomendação médica. É importante salientar, contudo, que a indicação de rastreamento a partir dos 50 anos destina-se apenas as mulheres que não tenham história familiar de câncer de mama.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisa-diz-que-diagnostico-de-cancer-com-mamografia-traz-mais-beneficios

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