Saúde mental
Embora influência da mãe seja maior, doença paterna é capaz de aumentar o risco de o filho ter problemas em seu desenvolvimento

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores observaram uma amostra de 7.247 famílias. Eles analisaram características como saúde física e mental dos indivíduos, além de idade, raça e nível de escolaridade. Ao todo, 6% dos pais apresentaram sintomas depressivos.
Foi observado que 15% das crianças cujos pais tinham depressão apresentaram algum problema emocional ou comportamental. Esse índice foi de 6% entre aquelas que não tinham nem pai nem mãe com sintomas depressivos; 20% entre os filhos de mães com depressão; e 25% entre filhos tanto de pai quanto de mãe com depressão.
"Embora já tenha sido constatado que ter pai com depressão possa acarretar maior risco de distúrbios mentais no filho, essa é a primeira vez que fazemos um estudo em larga escala. "É preocupante esse resultado mostrando que uma em cada quatro crianças com pai e mãe com depressão apresenta problemas comportamentais e emocionais", afirma Michael Weitzman, coordenador do estudo. De acordo com o pesquisador, esses dados reforçam a necessidade de as políticas públicas reconhecerem a influência da saúde dos pais sobre o bem-estar dos filhos.
Outros fatores — O estudo também indicou que, além da depressão experimentada pelos pais, há outros fatores que aumentam as chances de a criança ter distúrbios mentais, como pobreza (aumenta em 1,5 vez), necessidades especiais de saúde da criança (aumenta em 1,4 vez), pouca saúde física do pai (aumenta em 3,31 vezes) e desemprego paterno (aumenta em 6,5 vezes). Para os autores do estudo, foi uma surpresa observar como o desemprego paterno aumenta bastante as chances de uma criança ter distúrbios mentais.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/ter-pai-com-depressao-aumenta-chances-da-crianca-sofrer-com-problemas-emocionais-e-de-comportamento
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