27/02/2012
às 6:45Voltarei a este assunto mais tarde para lhes explicar por que estamos, embora não se note à primeira vista, diante de uma derrota do governo brasileiro e da sua diplomacia.
No Estadão:
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram ontem que deixarão de sequestrar civis e libertarão os 10 reféns militares em seu poder. O governo colombiano disse que o anúncio representa um avanço, mas é insuficiente - um acordo de paz dependeria ainda do fim da associação da guerrilha ao narcotráfico, do recrutamento de menores e dos atentados terroristas, bem como da deposição das armas.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram ontem que deixarão de sequestrar civis e libertarão os 10 reféns militares em seu poder. O governo colombiano disse que o anúncio representa um avanço, mas é insuficiente - um acordo de paz dependeria ainda do fim da associação da guerrilha ao narcotráfico, do recrutamento de menores e dos atentados terroristas, bem como da deposição das armas.
Os sequestros são uma das fontes de receita do grupo colombiano, que não informou se pretende libertar os cerca de 300 civis mantidos, segundo o governo e ONGs de defesa dos direitos humanos, em seu poder. “Muitos falam da prática de sequestrar pessoas, homens e mulheres da população civil para financiar e sustentar a nossa luta… A partir de agora, vamos eliminar isso da nossa atividade revolucionária”, informaram as Farc em comunicado com a data de ontem, cuja procedência é “montanhas da Colômbia”.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, manifestou-se em sua conta no Twitter: “Entendemos a declaração das Farc de parar os sequestros como um passo importante e necessário, mas não suficiente, na direção certa”.
A declaração é a mais recente de uma série de mensagens dos líderes da guerrilha interpretadas como um desejo do grupo de começar algum tipo de negociação de paz. Os rebeldes disseram que, além dos seis prisioneiros fardados que já haviam prometido libertar, eles pretendem soltar mais quatro.
O anúncio da guerrilha, feito pela internet, ocorre três meses depois de os guerrilheiros matarem, durante uma tentativa de resgate do governo, quatro reféns que mantiveram por mais de 12 anos, o que provocou protestos no país em dezembro. Santos, que enfrenta um aumento na pressão para dar um fim ao conflito que matou dezenas de milhares de prisioneiros ao longo de décadas, tem se recusado a abrir qualquer negociação.
Sem os sequestros, a guerrilha seria financiada ainda pelo narcotráfico e pelo controle sobre áreas de mineração ilegal, onde o grupo exige dinheiro dos garimpeiros.
Brasil. Em seu comunicado, o grupo guerrilheiro cita a participação do governo brasileiro na libertação dos militares colombianos - o País normalmente cede os helicópteros e a tripulação nas operações de resgate na selva. “Agradecemos a oferta generosa do governo que preside Dilma Rousseff e que aceitamos sem dúvidas.” Santos havia afirmado que seu governo garantiria que a operação ocorreria sem um “circo midiático”.
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http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/derrota-do-lulo-petismo-farc-anunciam-fim-de-sequestros-a-civis-e-libertacao-de-10-refens-militares/
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