Você é muito bem-vindo aqui!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

População não reconhece avanço na educação pública


Escola pública do Rio: população ainda tem dificuldades para enxergar avanços (Eduardo Martino/Documentography) De acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada em fevereiro, 51,4% dos brasileiros não reconhecem avanços no ensino público do país, o que constrasta com resultados dos mais recentes indicadores. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), por exemplo, mostra que, entre 2007 e 2009, o desempenho dos alunos do ensino fundamental e do ensino médio subiu. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) também apontou avanços significativos, sendo que apenas o Chile e Luxemburgo superaram o salto brasileiro. Apesar da melhora, a posição do país do ranking ainda desaponta: 53ª posição da lista, atrás de nações como Colômbia e Trinidad e Tobago.


Cursos tecnológicos avançam, mas nem sempre com qualidade

Fábrica da Vulcabrás, no Ceará Apesar do crescimento significativo do número de cursos tecnológicos no Brasil (entre 2003 e 2009, o aumento foi de 324%), o Ministério da Educação (MEC) constatou que mais de 160.000 alunos recebem má formação nessas instituições de ensino. Até fevereiro de 2011, cerca de 38% dos cursos oferecidos foram avaliados: deles, 33% obtiveram conceito inferior a 1,95 e terão de passar por um processo de supervisão. Outros 40% obtiveram conceitos entre 1,95 e 2,95 pontos – o que significa que são apenas regulares.

Só 1% das instituições de ensino superior é excelente

Candidatos durante prova do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) De acordo com o Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e divulgado em janeiro, das 1.793 instituições de ensino superior avaliadas, somente 25 obtiveram nota 5 – conceito máximo no Índice Geral de Cursos (IGC), que monitora a qualidade dos cursos de graduação e divide as instituições em faixas que vão de 1 a 5. Do total, 12 instituições obtiveram nota 1 e 687 ficaram com nota 2, conceitos considerados insuficientes pelo MEC. Na lista das instituições com nota 5, constam, por exemplo, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto de Pesquisa (Insper), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e a Escola de Direito de São Paulo (Direito GV).


Número de jovens no ensino superior fica longe da meta

Sala de provas do vestibular da Fuvest na Faculdade de Educação da USP, São Paulo/SP (Eduardo Knapp/Folhapress) Embora o Censo Nacional da Educação tenha registrado que o número de matrículas no ensino superior aumentou 110% entre 2001 e 2010, o número de jovens (entre 18 e 24 anos) matriculados em cursos superiores cresceu apenas 2,4 pontos percentuais no mesmo período – de 12%, em 2001, para 14,4%, em 2010. A meta do Ministério da Educação era chegar a 30% nesse período. Diante do fracasso, o Plano Nacional de Educação (PNE) estendeu o prazo para 2020. Mozart Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação, admitiu que o Brasil ainda está engatinhando quando comparado a nações como México ou Chile, que possuem índices entre 30% a 40% dos jovens matriculados no ensino superior.


Alunos de escolas públicas não aderem ao Enem

Estudantes fazem prova no segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). 07/11/2010 (Margarida Neide / Folhapress) Dados do Ministério da Educação (MEC) divulgados em setembro mostraram que as instituições particulares – além de alcançarem o primeiro lugar no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – são responsáveis por levar proporcionalmente mais participantes à avaliação federal. Em média, 70,4% dos estudantes de escolas privadas compareceram ao exame. Entre as unidades públicas, a taxa foi de 38,07%. A primeira supera a segunda em 85%. Para Cesar Callegari, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), alunos de escolas públicas têm a percepção – acertada, aliás – de que o ensino que recebem é fraco e não oferece condições para passar no processo seletivo de uma universidade pública.

VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário