SÃO PAULO – A elevação do salário mínimo para R$ 622, assinada pela presidente da República, Dilma Rousseff, na última sexta-feira (23), elevará a carga tributária sobre o consumo em R$ 22,9 bilhões, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A arrecadação tributária adicional será maior entre os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), de R$ 9,657 bilhões, seguidos dos empregados (R$ 6,750 bilhões) e dos profissionais que trabalham por conta própria (R$ 3,931 bilhão). Os trabalhadores domésticos pagarão, no total, R$ 2,482 bilhões a mais em tributos e os empregadores, R$ 91,631 milhões.
No total, 48 milhões de pessoas têm rendimento referenciado pelo piso e, com o reajuste a ser praticado a partir de 1º de janeiro de 2012, haverá um incremento de R$ 47 bilhões de renda da economia.
Impactos para a Previdência
Os dados do Dieese mostram que o peso relativo da massa de benefícios equivalentes a um salário mínimo é de 46% nas contas da Previdência, sendo que 68,2% dos aposentados e pensionistas recebem o piso.
O impacto do aumento de R$ 1 no mínimo sobre a folha de benefícios da Previdência pode ser estimado em R$ 257 milhões ao ano. A variação de R$ 77 para o valor a ser praticado em janeiro trará um aumento de R$ 19,8 bilhões anuais.
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