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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Brasil usou 25 mil próteses mamárias da francesa PIP

Cirurgia plástica

Para comprovar a integridade das próteses, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda o adiantamento da revisão do implante

Prótese de silicone: no Brasil são realizadas a cada ano 100.000 cirurgias de implante mamário de silicone Prótese de silicone: no Brasil são realizadas a cada ano 100.000 cirurgias de implante mamário de silicone (Thinkstock)
No Brasil, cerca de 25.000 próteses mamárias da empresa francesa PIP - acusada de causar câncer em oito mulheres - foram implantadas em pacientes. As autoridades sanitárias brasileiras não definiram se, como na França, recomendarão às milhares de mulheres que as utilizam que se submetam a uma cirurgia para retirá-las, disse nesta sexta-feira uma fonte oficial. "Ainda não há uma recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que estuda o caso para definir uma orientação", disse à AFP um porta-voz da agência.
A marca foi proibida no Brasil em abril de 2010, depois das primeiras evidências de problemas. Mas, antes disso, já haviam sido usados 25.000 implantes da PIP no país, segundo a Anvisa. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia  Plástica (SBCP), no Brasil são realizadas a cada ano 100.000 cirurgias de implante mamário de silicone.
França - O governo francês recomendou nesta sexta-feira retirar "a título preventivo" os implantes mamários de marca PIP de cerca de 30.000 mulheres, apesar de esclarecer que não existem provas de que essas próteses aumentem o risco de câncer. De acordo com o ministério francês, um número não conhecido desses implantes contém silicone em gel inapropriado para uso médico e, portanto, apresenta um risco potencial para a saúde em caso de ruptura da prótese.
"Os fatos médicos que conhecemos indicam que essas próteses podem produzir uma ruptura mais precoce e com mais possibilidade de reação inflamatória, e, por isso, a SBCP recomenda que as pacientes que as usam adiantem a revisão para comprovar a integridade das próteses", diz o presidente da entidade, José Horácio Aboudib.
Aboudib declarou-se surpreso com a decisão das autoridades francesas de recomendar agora a retirada dessas próteses. "Essa discussão costuma levar dois anos. Houve investigações e as autoridades francesas concluíram que os casos de câncer não estavam relacionados às próteses. Me parece mais uma decisão política do que médica, porque não parece que haja fatos médicos novos", disse.
Anvisa - Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Anvisa afirma que está em contato com a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (AFSSAPS) e acompanha as informações do caso. As recomendações da agência são: pacientes que tenham a prótese devem procurar seus médicos para exames e avaliação clínica; os profissionais de saúde devem contatar suas pacientes para definirem a melhor conduta a ser adotada; e todos os casos de eventos adversos e/ou retiradas dos implantes devem ser notificados.
(Com agência France-Presse)
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