As formas na cintura já estão do seu agrado, a calça jeans voltou a servir e você está feliz com o resultado da dieta. A chateação aparece é na hora de se olhar no espelho e deparar com o excesso de gordura na região do queixo, conhecido por papada. "Nem sempre o excesso é só de gordura. Pode haver pele flácida sobrando, principalmente em pessoas mais velhas e em quem sofre com o efeito sanfona", afirma o cirurgião plástico Cláudio Bicudo, titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Como não dá para disfarçar com maquiagem e nem com as roupas, o problema exige a plástica corretiva para deixar de atormentar. Sorte que o procedimento é bastante simples, durando cerca de 20 minutos. "Quando basta eliminar gordura, fazemos uma lipoaspiração da área, usando uma cânula bem fininha. A sucção deixa uma cicatriz de 0,5 cm abaixo do queixo, perceptível só se o paciente olha para cima", diz o cirurgião Cristiano Fleury, da Clínica Fleury de Cirurgia Plástica.
A cirurgia, no entanto, dá um pouco mais de trabalho quando é preciso retirar as sobras de pele flácida e corrigir a flacidez dos músculos do pescoço. Nessas situações, a anestesia pode ser geral (mas ainda existe a possibilidade de operar apenas com sedação e anestesia local). "Fazemos um corte que retira parte do músculo da frente do pescoço, devolvendo a firmeza. A área fica com manchas escuras por cerca de duas semanas e recomendamos o uso de protetor solar para proteger a pele e evitar marcas permanentes", afirma o médico da Clínica Fleury.
A plástica mais trabalhosa também deixa marcas além do traço discreto no queixo. É feito um pequeno corte no contorno da orelha, mas que fica escondido e não prejudica em nada a apresentação do rosto. O pós-operatório pede três dias de alimentação pastosa e com o mínimo de movimento na região da boca (isso inclui as conversas, as risadas e até os espirros, por isso a cirurgia é uma das poucas que deve ser evitada no inverno).
Segundo os especialistas, não há dor durante ou depois da cirurgia. Por precaução, eles receitam analgésicos, mas são raros os pacientes que precisam tomá-los para se livrar do inconveniente. Os cuidados seguem em outra linha, valorizando os hábitos saudáveis.
Como a genética tem ligação direta com a formação da papada e não há como combater o seu próprio DNA, as pessoas com tendência a ela devem ficar atentas a outros fatores que levam ao acúmulo de gordura na região. "O estresse e o cigarro dificultam a vascularização da pele, favorecendo o problema (mesmo se você já fez a cirurgia uma vez)", diz o cirurgião Cristiano Fleury. "Mas, normalmente, a quantidade nunca volta a ser grande como antes".
Corpo e saúde MSN
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