Após Jesus Cristo ter realizado o milagre da multiplicação dos pães, foram os ex-governadores Orestes Quércia, de São Paulo e Newton Cardoso, de Minas Gerais os próximos a repetir o mesmo milagre, quando foram capas da revista Veja, em razão do patrimônio adquirido num determinado tempo que só mesmo por milagre. Esse recorde que envolve patrimônio astronômico em curto espaço de tempo foi quebrado agora por Antonio Palocci. Como deputado federal, em quatro anos, o genial ministro conseguiu aumentar por 20 tudo que sua capacidade permitira construir por toda sua vida.
Essa notícia foi trazida pelo jornal Folha de São Paulo no ultimo domingo, dia 15 de maio de 2011, ao relatar que o ministro declarara um patrimônio de 375 mil quando fora candidato em 2006. Trata-se da declaração de bens à Justiça Eleitoral, que é obrigatória e feita pelo próprio candidato. Durante o mandato, o então deputado federal arrecadou 974 mil em salários. Sem notícia de quanto gastou por mês, no fim do mandato o ministro conseguiu comprar dois imóveis, num total de sete milhões e meio de reais.
Intrigante é que o novo rico já é reincidente em casos embaraçosos de grande repercussão. Quando era prefeito de Ribeirão Preto, fora acusado de fraudes em licitação, acompanhado pelos assessores Roberto Buratti, Ralf Barquete e Vladimir Poleto. Depois foi acusado de determinar a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, por ter confirmado a presença do ministro em festas com seus ex-assessores numa mansão de Brasília. Não houve punição em nenhuma, como sempre ocorre no Brasil quando os acusados são pessoas em destaque.
De novo e como sempre, todas as autoridades já disseram que não há nada a fazer. Será que elas teriam a mesma resposta e fariam defesa tão rápida se essa genialidade de multiplicação de bens, na mesma proporção, viesse de um cidadão comum?
Nada se quer demais. Apenas que o ministro diga o óbvio: de onde veio o dinheiro. Ele enriqueceu quando exercia uma função pública. Na imprensa faltou comparação com outras empresas de todos os portes, para ver quantas empresas teriam multiplicado o patrimônio.
Diria às autoridades que mereceria investigar pelo simples fato de ser impossível alguém multiplicar por 20, em quatro anos o patrimônio adquirido em toda uma vida de mais de 50 anos. Essa história merece tanto crédito quanto a de um amigo que queria me convencer ter feito uma viagem de carro de Salvador a São Paulo em duas horas; sem maiores explicações.
Nesse episódio inexplicável, o mais chocante é que todos os defensores ferem princípios de direito. Sem nenhum conhecimento ou explicação, todos fazem a defesa prévia do ministro genial. Como a presidenta prometeu acabar com a miséria do país num período idêntico ao enriquecimento de Palocci, lhe recomendaria que tomasse uma dessas medidas: que utilizasse o método Palocci no desenvolvimento do país, e não só acabaria a miséria, como tornaria o Brasil num país de milionários, ou obrigasse o ministro a publicar uma cartilha ensinando o milagre da multiplicação a todos os brasileiros. Se como deputado conseguiu 20 vezes, é de se indagar quantas vezes aumentará durante os quatro anos na Casa Civil, de tão péssima fama, depois de José Dirceu e Erenice Guerra, esta escolhida por Dilma Rousseff. É fato que Palocci se supera a arte de aprontar a cada cargo público. Seu milagre é de matar Jesus Cristo de inveja.
Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
Essa notícia foi trazida pelo jornal Folha de São Paulo no ultimo domingo, dia 15 de maio de 2011, ao relatar que o ministro declarara um patrimônio de 375 mil quando fora candidato em 2006. Trata-se da declaração de bens à Justiça Eleitoral, que é obrigatória e feita pelo próprio candidato. Durante o mandato, o então deputado federal arrecadou 974 mil em salários. Sem notícia de quanto gastou por mês, no fim do mandato o ministro conseguiu comprar dois imóveis, num total de sete milhões e meio de reais.
Intrigante é que o novo rico já é reincidente em casos embaraçosos de grande repercussão. Quando era prefeito de Ribeirão Preto, fora acusado de fraudes em licitação, acompanhado pelos assessores Roberto Buratti, Ralf Barquete e Vladimir Poleto. Depois foi acusado de determinar a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, por ter confirmado a presença do ministro em festas com seus ex-assessores numa mansão de Brasília. Não houve punição em nenhuma, como sempre ocorre no Brasil quando os acusados são pessoas em destaque.
De novo e como sempre, todas as autoridades já disseram que não há nada a fazer. Será que elas teriam a mesma resposta e fariam defesa tão rápida se essa genialidade de multiplicação de bens, na mesma proporção, viesse de um cidadão comum?
Nada se quer demais. Apenas que o ministro diga o óbvio: de onde veio o dinheiro. Ele enriqueceu quando exercia uma função pública. Na imprensa faltou comparação com outras empresas de todos os portes, para ver quantas empresas teriam multiplicado o patrimônio.
Diria às autoridades que mereceria investigar pelo simples fato de ser impossível alguém multiplicar por 20, em quatro anos o patrimônio adquirido em toda uma vida de mais de 50 anos. Essa história merece tanto crédito quanto a de um amigo que queria me convencer ter feito uma viagem de carro de Salvador a São Paulo em duas horas; sem maiores explicações.
Nesse episódio inexplicável, o mais chocante é que todos os defensores ferem princípios de direito. Sem nenhum conhecimento ou explicação, todos fazem a defesa prévia do ministro genial. Como a presidenta prometeu acabar com a miséria do país num período idêntico ao enriquecimento de Palocci, lhe recomendaria que tomasse uma dessas medidas: que utilizasse o método Palocci no desenvolvimento do país, e não só acabaria a miséria, como tornaria o Brasil num país de milionários, ou obrigasse o ministro a publicar uma cartilha ensinando o milagre da multiplicação a todos os brasileiros. Se como deputado conseguiu 20 vezes, é de se indagar quantas vezes aumentará durante os quatro anos na Casa Civil, de tão péssima fama, depois de José Dirceu e Erenice Guerra, esta escolhida por Dilma Rousseff. É fato que Palocci se supera a arte de aprontar a cada cargo público. Seu milagre é de matar Jesus Cristo de inveja.
Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
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