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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Com um parceiro desses, o Antonio Palocci mineiro nem precisa de acusadores

Sempre que o amigo Robson Andrade tenta içá-lo da areia movediça, Fernando Pimentel afunda alguns centímetros. Sempre que o presidente da CNI tenta deixar o parceiro com cara de consultor, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior fica mais parecido com um traficante de influência. Como registrou o post publicado nesta segunda-feira, o empresário trapalhão já complicou os trabalhos de socorro com duas mentiras descaradas. A terceira acaba de ser exposta à visitação pública pelo Globo desta quinta-feira: só existiram na imaginação de Robson as palestras encomendadas ao ex-prefeito de Belo Horizonte, em 2009, pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, então presidida pelo inventivo comparsa.
O palestrante sem auditórios foi concebido para justificar a bolada de R$ 1 milhão paga pela Fiemg à empresa P-21, onde o futuro ministro se fantasiava de consultor. “O Pimentel também fez, a pedido da federação, uma série de palestras”, disse Robson na semana passada, durante uma entrevista em Brasília. “A federação tem dez regionais, e ele participou de palestras nessas regionais e também em outras cidades-polo da indústria mineira”. Repórteres do jornal foram conferir o que dissera de tão valioso o palestrante milionário. Descobriram que Pimentel nunca apareceu em qualquer das dez regionais. Tampouco deu as caras em algum polo industrial.
Instados a explicar-se, os parceiros desta vez combinaram o que diriam. Ou não diriam. “Todos os esclarecimentos sobre a consultoria à Fiemg já foram dados”, desconversou a nota divulgada por assessores de Robson. “O ministro já prestou as informações necessárias sobre todos os serviços prestados”, saiu à francesa a nota divulgada por assessores de Pimentel”. Dilma Rousseff avisou que não voltará a tratar do escândalo. Depois de avisar que o velho amigo não precisa explicar o que fez na “vida privada”, a presidente decidiu que o caso está encerrado. Está mais aberto que nunca, retruca o país que presta. Quem embolsa dinheiro recorrendo à influência acumulada na vida pública não pode refugiar-se na “vida privada” quando localizado no pântano. De novo, Dilma tenta ressuscitar um morto-vivo. Não vai conseguir. Logo as ordens de Pimentel serão ignoradas até pelo ascensorista do ministério.
A sorte do Antonio Palocci mineiro e de seus bacharéis sem diploma é que a mentira criminosa não é enquadrada pelo Código Penal. Se fosse, estariam todos contando lorotas no pátio do presídio.
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