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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 11% ao ano. A queda não surpreende o mercado, que já previa novos cortes após o BC sinalizar, em várias ocasiões, que iria manter uma trajetória de longo prazo de redução dos juros. “O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012″, informa o anúncio divulgado pelo BC.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 11% ao ano. A queda não surpreende o mercado, que já previa novos cortes após o BC sinalizar, em várias ocasiões, que iria manter uma trajetória de longo prazo de redução dos juros. “O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012″, informa o anúncio divulgado pelo BC.
Previsão acertada - Quando se analisa apenas o compromisso do governo com o crescimento econômico, a redução dos juros mostra que o Banco Central não havia enloquecido ao cortar a Selic sem aviso prévio na reunião de agosto deste ano, surpreendendo e angariando críticas do mercado. Agora, alguns analistas fazem mea culpa e reconhecem que as previsões do BC na época, de fato, não estavam erradas. A crise se deteriorou de maneira rápida desde a última reunião, em outubro, e os efeitos das medidas macroprudenciais começaram a ser sentidos por diversos setores da atividade no Brasil neste final de ano.
Com isso, o próprio BC reduziu de maneira significativa a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 2011 - que antes estava acima de 4%, mas foi revisada para 3,5% pela autoridade monetária. O mercado tampouco está otimista e espera um avanço de apenas 3,26%, enquanto o governo, que bradou durante todo o primeiro semestre um crescimento de 5%, atualmente aguarda um avanço de 3,8%. Soma-se a esse cenário a desaceleração na geração de empregos, que no mês passado teve o pior resultado para outubro desde 2008.
Diante de números desanimadores, a expectativa é de que a autoridade continue o movimento de corte nos juros, alinhada com o governo - que também já anunciou que implantará medidas de estímulo à economia. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o Planalto irá retirar algumas restrições de crédito que haviam sido implementadas como parte das medidas macroprudenciais anunciadas pelo governo para conter a inflação e o superaquecimento da economia. O anúncio deverá ser feito, de acordo com Pimentel, até a próxima semana.
IPCA vai para o fim da fila - Contudo, neste xadrez, há peças fora do lugar. A política monetária adotada no início do ano com o objetivo de restringir o consumo e ajudar a inflação a voltar para o centro da meta não surtiu o efeito esperado. O IPCA-15 de novembro, dado mais recente do indicador que mede o aumento de preços, apresentou alta acumulada em 12 meses de 6,69%, ainda acima do teto da meta, que é de 6,5%.
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