Copa do Mundo
Ex-craque admite que há ceticismo em torno do evento, e avisa que pretende se dedicar à mudança dessa percepção: 'É preciso passar otimismo ao brasileiros'
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e o ex-jogador Ronaldo (Mowa Press)
"Cheguei à conclusão de que não tinha nada a ganhar, só a perder. Mas decidi entrar com tudo, esperando chegar ao final da Copa e ver que deu tudo certo"
Confirmando uma informação divulgada com exclusividade no início da semana pelo Radar on-line, Ronaldo será a "cara e a voz" da Copa - um integrante da cúpula do COL, mas não seu presidente, como chegou a ser cogitado no fim de semana. Seu cargo, oficialmente, é de membro do Conselho Administrativo do Comitê. Seria uma saída para Ricardo Teixeira - que continuará presidindo o COL - afastar-se do foco das críticas e melhorar a imagem da organização da Copa. "Agora é o momento de conciliação e de um grande mutirão nacional para fazer a maior e mais bonita Copa de todos os tempos. E nada melhor para isso que convocar para entrar em campo um o grande craque e um ídolo que encantou nações".
Vestindo blazer cinza com camiseta, Ronaldo admitiu ter hesitado ao receber o convite, já que entraria no Comitê "sabendo que poderia até jogar pela janela todas as glórias" de seu passado caso fracassasse. "Cheguei à conclusão de que não tinha nada a ganhar, só a perder. Mas decidi entrar com tudo, esperando chegar ao final da Copa e ver que deu tudo certo, que fizemos o melhor Mundial e que cumpri com minha missão e fui importante. Lá na frente estarei feliz com isso, mesmo correndo esses riscos." De acordo com o ex-craque, a oportunidade de integrar o comitê - ele será o terceiro ex-jogador a assumir essa função, depois de Platini (França-1998) e Beckenbauer (Alemanha-2006) - é "uma honra e um desafio".
Mostrando estar consciente de que os preparativos para a Copa motivam, por enquanto, duras críticas de boa parte da opinião pública, Ronaldo disse que "é o momento ideal de aproximar todas as partes envolvidas no processo". "Essa Copa no Brasil é um grande orgulho para a gente. Essa Copa não é da Fifa, do Comitê Organizador, da CBF ou do governo. A Copa é do povo." Ele demonstrou confiança no cumprimento dos prazos e metas estabelecidos pela Fifa: "Não tenho a menor dúvida de que tudo vai acontecer de acordo com o cronograma". E completou: "Todos os investimentos estão sendo feitos. E agora a gente vai começar agora a acompanhar e fiscalizar todo esse processo."
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário