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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Zara fará investimento social no Brasil após denúncias

Justiça

Documento assinado pela multinacional estipula ações no valor de R$ 3,4 mi

Loja Zara em Sydney, Austrália Loja Zara em Sydney, Austrália (Cameron Spencer/Getty Images)
A multinacional Zara e o Ministério Público do Trabalho do Brasil assinaram nesta segunda-feira o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que prevê um milionário investimento social por parte do grupo espanhol após denúncias de trabalho escravo em empresas terceirizadas. O TAC, no qual a multinacional espanhola se compromete a eliminar as "precárias condições de trabalho nas empresas provedoras", estipula uma série de ações sociais no valor total de 3,4 milhões de reais.
O documento, assinado em São Paulo e aprovado pelo Ministério do Trabalho, inclui também a criação por parte do grupo espanhol de um fundo de emergência para resolver eventuais situações de precariedade das condições de trabalho. O Ministério Público do Trabalho, organismo independente dos poderes Executivo, Legislativo e Judicial, tinha pedido a princípio uma indenização de R$ 20 milhões para "reparar danos coletivos", mas a Zara não aceitou os termos.

Os programas sociais serão promovidos por ONGs como o Centro Pastoral do Imigrante, o Centro de Apoio ao Imigrante (Cami) e a Associação Nacional de Estrangeiros e Imigrantes Brasileiros (Aneib).

Semi-escravidão - O Ministério Público do Trabalho abriu em agosto 52 atas de infração contra a Zara ao encontrar evidências de que a firma AHA, uma de suas provedoras no Brasil, comprava roupa produzida em duas oficinas onde os trabalhadores, procedentes da Bolívia e do Peru, eram submetidos a condições análogas à escravidão. Na época, uma equipe de fiscalização do Ministério encontrou uma casa na Zona Norte de São Paulo onde 16 pessoas, sendo 15 bolivianos, viviam e trabalhavam em condições de semi-escravidão. Os trabalhadores enfrentavam uma jornadade mais de 16 horas por dia em uma casa, onde também viviam. A remuneração paga pela empresa a cada um dos funcionários não era condizente com o tempo de trabalho, e eles tampouco tinham carteira assinada.

(Com agência EFE)
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