Epidemia
Relatório concluiu que mortalidade atingiu 1.2 milhão de pessoas no mundo em 2010, enquanto Organização Mundial da Saúde havia estimado 655 mil
Anopheles, o mosquito transmissor da malária: pesquisa concluiu que doença matou o dobro de pessoas do que OMS havia estimado (Getty Images) Saiba mais
MALÁRIAÉ uma doença febril aguda, caracterizada por febres altas, calafrios e cefaleias. Se não tratada, pode gerar complicações graves, principalmente se for transmitida pelo Plasmodium falciparum, responsável por transmitir entre 15% e 20% da malária diagnosticada no Brasil. É mais incidente na África. No Brasil, a maior incidência está na região amazônica, mas atualmente a mortalidade é baixa. O transmissor é a fêmea do mosquito do gênero Anopheles. Prefere lugares como água limpa, sombreada e de baixo fluxo, comuns na região amazônica. O mosquito transmite plasmódios (parasitas) presentes no sangue de quem tem malária. Eles se multiplicam dentro do mosquito e entram em contato com o sangue daquele que for picado pelo Anopheles infectado.
Agora, os pesquisadores do IHME afirmam que esses números não levaram em conta muitas das 78 mil crianças de entre 5 e 14 anos e das 445 mil pessoas de mais de 15 anos mortas por este motivo em 2010, a maioria na África.
Os especialistas do IHME recolheram informações entre 1980 e 2010 sobre mortes por malária em 105 países onde a doença é endêmica, incluindo dados dos registros de hospitais, dos atestados de óbito e, sobretudo, de relatórios verbais de autópsias - não utilizados no relatório da OMS.
"Acreditamos que estes são os cálculos mais confiáveis até o momento sobre a tendência da malária em nível mundial", declarou o Dr. Christopher Murray, diretor do IHME e autor principal do estudo.
Diante destes resultados, são "pouco realistas" as tentativas de erradicar os casos de malária até 2015, assinalou Murray, que, no entanto, estimou que "é possível" reduzi-los "a níveis muito baixos se houver uma mudança de estratégia" que leve em conta também os adultos.
O estudo do IHME concorda com o da OMS ao estimar que a partir de um pico alcançado em 2004 houve uma drástica queda das mortes por malária no mundo.
A nova pesquisa calcula esse descenso em 32%, contra 19% da OMS, e o atribui às cada vez maiores medidas de controle, entre elas inseticidas e remédios.
Segundo um porta-voz da Universidade de Washington, William Heisel, essa diminuição foi muito notável na América Latina, onde o número de mortes baixou de 2.697 em 1980 para 316 em 2010.
(Com agência Efe)
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisa-aponta-duas-vezes-mais-mortes-por-malaria-do-que-o-estimado-pela-oms

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