Cuidado ao retirar a cutícula semanalmente.
A brasileira é, de acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), a segunda maior consumidora de esmaltes do mundo, perdendo apenas para as americanas o primeiro lugar no ranking das “esmaltemaníacas”. Mas, enquanto a preocupação estética parece andar em alta por aqui, a preocupação com a saúde das unhas e cutículas não caminha na mesma proporção – a incidência de doenças e inflamações no Brasil é bem maior do que em alguns países. Segundo especialistas, o motivo principal desse índice é o fato de nós sermos um dos poucos países do mundo onde se retira a cutícula semanalmente na hora de pintar as unhas.
O procedimento, que para nós é um hábito, é contra-indicado por nove de cada dez médicos e pode ter consequências desagradáveis para a saúde. “A cutícula é um elemento de proteção, ela age como um selante. Ao retirá-la, abre-se uma porta de entrada para fungos e bactérias que são responsáveis por inflamações e infecções. Nos EUA e Europa, os agentes de saúde que cuidam das unhas, podólogos, manicures e pedicures, não fazem este tipo de procedimento”, explica Robertha Nakamura, coordenadora do Centro de Estudos da Unha da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O hábito de retirar a cutícula está diretamente ligado à beleza do contorno da unha. Mas isso não quer dizer que seja impossível ter um desenho bonito se não retirá-la. Para a diretora da Escola Internacional de Manicures Mavala, em Londres, Jennifer Wiles, tudo é uma questão de técnica. “Para deixar o contorno da unha bonito, sem retirar as cutículas, é só passar um creme amolecedor e empurrá-las com um palitinho de ponta quadrada. Isso vai ajudar a eliminar as células mortas sem agredir as cutículas e o contorno ficará perfeito e pronto para a esmaltação”, ensina a especialista de um dos maiores centros de cuidados e treinamentos do mundo
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