Código Florestal
Manifestantes do Ato em Defesa das Florestas pretendem entregar documento com 1,5 milhão de assinaturas ao ministro Gilberto Carvalho
Luciana Marques
Um grupo de ambientalistas, formado por representantes do Comitê Brasil em Defesa das Florestas, invadiu na manhã desta terça-feira a pista do eixo monumental em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Os manifestantes protestam contra alterações no projeto do Código Florestal, que pode ser votado ainda nesta semana no Senado. Eles pretendem entregar um documento com 1,5 milhão de assinaturas contra alterações do Código Florestal ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Entre outras organizações, participam da manifestação o Greenpeace e o SOS Mata Atlântica. Também estão presentes artistas como a cantora Vanessa da Mata. A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva integra o ato, mas não estava presente no momento da invasão. Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental, disse que objetivo do protesto é pressionar o governo para vetar itens do texto do Código Florestal que beneficiam os ruralistas. “Queremos pedir para a presidente Dilma que assegure o compromisso que ela assumiu na campanha de vetar os dispositivos do código que garantissem anistia ou permitissem novos desmatamentos”, afirmou.
Para conter os manifestantes, a Polícia Militar contou com uma equipe de sessenta homens. A segurança da Presidência também foi reforçada. “É uma precaução, porque tivemos problemas na semana passada”, afirmou o Major Willian, responsável pela operação. Na ocasião, a pista foi ocupada por servidores da Justiça. A “precaução” da polícia não impediu que manifestantes bloqueassem o trânsito novamente nesta terça-feira.
A ocupação da rua ocorreu logo depois que um grupo de quinhentas crianças se retirou do local. Com camisetas e balões verdes, os alunos de escolas de Brasília gritaram a favor das florestas. Uma faixa com a frase "Dilma, salve as florestas e proteja nosso futuro" foi montada no local, além de um balão gigante do Greenpeace com os dizeres “Senado, desliga essa motosserra”.
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