Europa
Agência de risco Moody's diz que nenhuma nação está imune à queda no rating
Moedas de euro (Michael Buholzer/Reuters)
A agência de classificação de risco Moody's adverte em comunicado emitido nesta segunda-feira que o contínuo e rápido aumento da crise da dívida na zona do euro ameaça a avaliação econômica de todos os países da União Europeia (UE).Diante da ausência de políticas que permitam estabilizar as condições de mercado a curto prazo, o risco do crédito continua em aumento, acrescenta a Moody's.
Segundo a agência, as autoridades do euro enfrentam cada vez mais limitações ante a crescente pressão para agir rapidamente com o objetivo de restabelecer a confiança creditícia.
"Apesar de a zona do euro em seu conjunto contar com uma grande força econômica e financeira, as debilidades institucionais dificultam a resolução da crise", destaca o comunicado.
Quanto ao âmbito político, a Moody's percebe que a zona do euro se aproxima de uma encruzilhada, que pode levar tanto a uma maior integração do bloco quanto à sua fragmentação.
A agência alerta que um ímpeto político a um plano que resolva o problema só pode surgir após uma série de choques, que podem fazer com que mais países percam acesso a financiamento por um período sustentado de tempo.
Isso pode levar as avaliações desses países a entrarem numa área especulativa à luz dos testes de solvência que devem ser requeridos, indica a nota.
Nas últimas semanas, a possibilidade de mais cenários negativos aumentou, segundo a Moody's, devido às incertezas políticas na Grécia e Itália e de perspectivas econômicas piores que as estimadas pelos analistas.
"A possibilidade de mais suspensões de pagamentos por parte de países da zona do euro não é mais ignorada. Segundo a Moody's, quanto mais se estender a crise de liquidez, a possibilidade de default (moratória) aumentará com maior rapidez", diz a agência. O comunicado assinala que uma série de calotes pode aumentar a possibilidade de um ou mais países abandonarem a zona do euro.
A Moody's lembra ainda que a situação é fluente e os políticos podem reagir aos riscos com novas medidas.
(com Agência EFE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário