Você é muito bem-vindo aqui!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Embarcação colide com 900 passageiros a bordo no Rio. Bombeiros resgatam 55 feridos

Rio de Janeiro

Em 28/11/2011 - 14:04

Passageiros ficaram em pânico com dois choques da 'Gávea I' contra atracadouro desativado. Vítimas foram levadas para UPA e três hospitais públicos

Cecília Ritto
A embarcação acidentada, com barcos que deram apoio ao resgate: 55 feridos entre os passageiros A embarcação acidentada, com barcos que deram apoio ao resgate: 55 feridos entre os passageiros (Uanderson Fernandes/Agência O Dia)
Um catamarã com 900 pessoas a bordo colidiu na chegada à estação da Praça 15, no Rio de Janeiro. De acordo com comandante do Grupamento de Socorro e Emergência dos Bombeiros, Gabriel Obeid, 55 pessoas ficaram feridas, a maioria com escoriações se ferimentos leves. O atendimento de emergência foi encerrado às 16h. “Nenhum passageiro teve ferimentos graves. A maioria teve entorces e contusões”, explicou o oficial. A barca se chocou contra um atracadouro desativado.
Reprodução
Passageiros aguardam atendimento no interior da embarcação 'Gávea I', da Barcas S.A.
Passageiros aguardam atendimento no interior da embarcação 'Gávea I', da Barcas S.A.
A embarcação Gávea I – um catamarã social, como são chamadas as novas embarcações da Barcas S.A. – deixou Niterói às 12h10. Pouco antes das 12h30, quando se aproximava do terminal da Praça 15, no Rio, os passageiros ouviram a voz de uma mulher desesperada no sistema de som. Alguns chegaram a pensar que era uma falha do sistema e riram. “Solte os ferros”, dizia a mulher. Muitos passageiros já estavam próximos da proa, em pé, esperando o momento da saída. Houve então, o primeiro impacto, com muitas pessoas se machucando. No intervalo de menos de um minuto, mais uma a barca colidiu, e mais pessoas foram jogadas ao chão. Alguns assentos chegaram a sair do lugar.

Os feridos foram levados para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Botafogo, e para os hospitais Souza Aguiar, Miguel Couto e Salgado Filho. A Barcas S.A. não informa detalhes sobre o que causou o acidente.
Paulo Araújo/AG. O Dia
Uma passageira ferida no acidente com a embarcação 'Gávea I', da empresa Barcas S.A, é restagata por bombeiros
Uma passageira ferida no acidente com a embarcação 'Gávea I', da empresa Barcas S.A, é restagata por bombeiros
A professora Graciana Fischer, 35 anos, estava lendo no momento da colisão, em um dos assentos. “Tinha muita gente em pé, perto da saída. Teve a primeira batida, as pessoas caiam sobre as outras, algum tentavam sentar. E então ela bateu novamente”, contou. “Parecia que ia entrar um navio na barca, não sabíamos o que estava acontecendo. No segundo impacto, eu também caí”, disse.

Uma das reclamações dos passageiros foi a demora para a tripulação emitir um aviso. Segundo os passageiros, passaram-se cerca de 30 minutos até que viesse o primeiro aviso.

A última passageira a abandonar a barca acidentada foi a dentista Daniele Lima, 38 anos. Daniele tentou ajudar nos primeiros socorros aos feridos. “Quando ouvimos a voz da mulher no sistema de som, dizendo para soltar o ferro, achamos que era uma brincadeira que, sem querer, foi parar nos alto-falantes”, disse.

A primeira embarcação a se posicionar junto ao Gávea I foi uma lancha da Capitania dos Portos, com bombeiros a bordo. Eles fizeram a primeira triagem dos passageiros feridos. Inicialmente, organizou-se uma remoção dos feridos com maior gravidade. No entanto, a dificuldade e a pressa entre os passageiros obrigou o grupo a mudar de estratégia. Os feridos foram levados para o fundo da embarcação e, depois de retirados todos os demais passageiros, os machucados saíram em macas.
Veja

Nenhum comentário:

Postar um comentário