Rio de Janeiro
Em 28/11/2011 - 14:04
Passageiros ficaram em pânico com dois choques da 'Gávea I' contra atracadouro desativado. Vítimas foram levadas para UPA e três hospitais públicos
Cecília Ritto

A embarcação acidentada, com barcos que deram apoio ao resgate: 55 feridos entre os passageiros
(Uanderson Fernandes/Agência O Dia)
Um catamarã com 900 pessoas a bordo colidiu na chegada à estação da Praça 15, no Rio de Janeiro. De acordo com comandante do Grupamento de Socorro e Emergência dos Bombeiros, Gabriel Obeid, 55 pessoas ficaram feridas, a maioria com escoriações se ferimentos leves. O atendimento de emergência foi encerrado às 16h. “Nenhum passageiro teve ferimentos graves. A maioria teve entorces e contusões”, explicou o oficial. A barca se chocou contra um atracadouro desativado.
Reprodução
Passageiros aguardam atendimento no interior da embarcação 'Gávea I', da Barcas S.A.
A embarcação
Gávea I – um catamarã social, como são chamadas as novas embarcações da Barcas S.A. – deixou Niterói às 12h10. Pouco antes das 12h30, quando se aproximava do terminal da Praça 15, no Rio, os passageiros ouviram a voz de uma mulher desesperada no sistema de som. Alguns chegaram a pensar que era uma falha do sistema e riram. “Solte os ferros”, dizia a mulher. Muitos passageiros já estavam próximos da proa, em pé, esperando o momento da saída. Houve então, o primeiro impacto, com muitas pessoas se machucando. No intervalo de menos de um minuto, mais uma a barca colidiu, e mais pessoas foram jogadas ao chão. Alguns assentos chegaram a sair do lugar.
Os feridos foram levados para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Botafogo, e para os hospitais Souza Aguiar, Miguel Couto e Salgado Filho. A Barcas S.A. não informa detalhes sobre o que causou o acidente.
Paulo Araújo/AG. O Dia
Uma passageira ferida no acidente com a embarcação 'Gávea I', da empresa Barcas S.A, é restagata por bombeiros
A professora Graciana Fischer, 35 anos, estava lendo no momento da colisão, em um dos assentos. “Tinha muita gente em pé, perto da saída. Teve a primeira batida, as pessoas caiam sobre as outras, algum tentavam sentar. E então ela bateu novamente”, contou. “Parecia que ia entrar um navio na barca, não sabíamos o que estava acontecendo. No segundo impacto, eu também caí”, disse.
Uma das reclamações dos passageiros foi a demora para a tripulação emitir um aviso. Segundo os passageiros, passaram-se cerca de 30 minutos até que viesse o primeiro aviso.
A última passageira a abandonar a barca acidentada foi a dentista Daniele Lima, 38 anos. Daniele tentou ajudar nos primeiros socorros aos feridos. “Quando ouvimos a voz da mulher no sistema de som, dizendo para soltar o ferro, achamos que era uma brincadeira que, sem querer, foi parar nos alto-falantes”, disse.
A primeira embarcação a se posicionar junto ao
Gávea I foi uma lancha da Capitania dos Portos, com bombeiros a bordo. Eles fizeram a primeira triagem dos passageiros feridos. Inicialmente, organizou-se uma remoção dos feridos com maior gravidade. No entanto, a dificuldade e a pressa entre os passageiros obrigou o grupo a mudar de estratégia. Os feridos foram levados para o fundo da embarcação e, depois de retirados todos os demais passageiros, os machucados saíram em macas.
Veja
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