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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Oposição pede que Procuradoria do DF investigue extorsão

Escândalo no Trabalho

Reportagem de VEJA mostra que assessores do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, cobraram propina em troca de registro de sindicato

Luciana Marques
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participa de audiência na Câmara em 10 de novembro O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participa de audiência na Câmara em 10 de novembro (Lula Marques/Folhapress)
O PPS entregou nesta segunda-feira uma representação na Procuradoria da República no Distrito Federal pedindo que o órgão investigue o envolvimento de assessores do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na cobrança de propina em troca de registro sindical. Reportagem da edição de VEJA desta semana mostra que o governo foi alertado sobre o caso há nove meses por sindicalistas ligados ao PT, mas nada foi feito a respeito.
Na representação, o PPS pede que os procuradores investiguem a participação do assessor Eudes Carneiro e do ex-secretário de Relações do Trabalho Antonio Medeiros na irregularidade. O mecânico Irmar Silva Batista relatou a VEJA que Eudes pediu 1 milhão de reais em troca da liberação do registro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp). O encontro foi realizado por intermédio do então secretário de Relações do Trabalho. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.
“As suspeitas são de que há uma complexa engrenagem de desvios éticos instalada no Ministério do Trabalho”, afirmou o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR). “Se forem confirmados os fatos, os envolvidos nesse esquema têm de ser responsabilizados criminalmente”, disse.
Reportagem - Em fevereiro deste ano, Irmar enviou por e-mail uma carta para a presidente Dilma Rousseff e para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. No documento, ele narra o caso e pede providências. O Palácio do Planalto acusou o recebimento da carta em 9 de março, mas, na semana passada, a assessoria de imprensa da Presidência informou que não foi possível fazer nada a respeito. E citou motivos técnicos: o trecho que narrava a denúncia, estranhamente, teria chegado cortado na mensagem recebida. Ouvidos por VEJA, todos os citados por Irmar Batista negaram ter pedido propina.
Veja

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