Vazamento de óleo
O ministério pediu que os órgãos enviem relatórios sobre os impactos na economia dos municípios afetados

Outro inquérito vai apurar os danos que o vazamento poderá acarretar na economia dos municípios de Macaé, Casimiro de Abreu, Carapebus e Rio das Ostras. O procurador da República Flávio de Carvalho Reis pediu expedição de ofício à Marinha, à Agência Nacional de Petróleo (ANP) e ao Ibama. Os três terão de enviar os relatórios técnicos com esclarecimentos sobre o impacto do acidente na atividade pesqueira dos municípios.
O terceiro inquérito tem por objetivo analisar os procedimentos- classificados como “precários” pelo MPF- de fiscalização do Ibama e do ANP. Um dos problemas apontados pelo órgão é o instituto e a agência se basearem principalmente em dados fornecidos pelas próprias petroleiras em suas fiscalizações. O Ministério Público quer a adequação dos procedimentos de fiscalização.
"Incidentes como esse dão impulso a discussões sobre os riscos da atividade de exploração de petróleo. É importante que os órgãos competentes efetivamente fiscalizem se as empresas operam dentro dos níveis de risco tolerados pelas licenças e normas ambientais," disse o procurador da República Flávio de Carvalho Reis, através de nota.
O MPF investiga também as causas e os responsáveis pelo vazamento em inquérito instaurado pela Procuradoria da República em Campos, município do norte-fluminense do Rio. No próximo dia 7 de dezembro, o presidente da Chevron no Brasil, George Buck, deve prestar esclarecimentos sobre o acidente. Ele foi intimado pelo procurador Eduardo Santos.
Deputados- Integrantes da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, que acompanha as investigações sobre o vazamento de petróleo na Bacia de Campos, esteviveram no Rio nesta segunda-feira. Os deputados reuniram-se com o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Minc, e concluíram ser necessário mudar a lei de crimes ambientais. Para Alessandro Molon, do PT, tem que haver um endurecimento nas normas. “Precisa haver multas mais duras e caras. Também é preciso estudar mecanismos para agilizar e garantir a cobrança das multas. Além disso, precisamos colaborar para que o Brasil tenha planos de contingência”, afirma.
Segundo Molon, a multa ambiental de 50 milhões deve ser atualizada. “É preciso que haja um valor compatível com os danos. Uma mera atualização elevaria o valor para 116 milhões”, explica.
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário