São Paulo
Prefeito diz que manterá contrato "legal e transparente" com a Controlar
Cida Alves
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (Eduardo Knapp/Folhapress)
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), classificou como "ridícula" a acusação do Ministério Público Estadual (MP-SP) de que tenha favorecido duas empresas que doaram recursos para sua campanha de reeleição em 2008. "Isso é ridículo", disse, encerrando a entrevista coletiva que concedeu após um ato no Palácio dos Bandeirantes na manhã desta segunda-feira.Leia também: Prefeito Gilberto Kassab afirma: 'Não temo a cassação'
As empresas são donas da Controlar, que realiza o serviço de inspeção veicular da frota na capital. Segundo a Ação Civil Pública por improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público (MP) na última quinta-feira, há mais de trinta itens irregulares no contrato entre a Controlar e a prefeitura. A fraude teria causado um prejuízo de 1 bilhão de reais. Os bens do prefeito, de treze empresários e de seis empresas foram bloqueados pela Justiça na sexta-feira. O valor seria utilizado para ressarcir os cofres públicos e para o pagamento de multa a qual o prefeito estará sujeito se for condenado.
A Justiça também determinou o cancelamento do contrato com a Controlar e a realização de nova licitação no prazo de 90 dias. Nesse período, o serviço de inspeção seguirá sendo feito pela empresa. A Procuradoria-Geral do Município está preparando um recurso para tentar manter o contrato. O prefeito disse que irá até o fim na batalha judicial. "Estamos certos de que o contrato é totalmente regular e transparente", afirmou Kassab.
Creches - O prefeito assinou esta manhã um convênio com o governo do estado que liberou 40 milhões de reais para a construção de 22 creches na capital. No total, serão atendidas 3.819 crianças. Porém, essa quantidade representa pouco mais de 2% da demanda por Educação Infantil no município, que hoje tem 174 mil crianças na fila por uma vaga - razão pela qual Kassab responde a outra ação por improbidade administrativa, proposta em março deste ano pelo MP.
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