Rio de Janeiro
Sindicato de Condutores redebeu denúncia sobre porblema que levou embarcação 'Gávea I' a acelerar, quando deveria reduzir velocidade para atracar
O caso do catamarã acidentado: pânico entre passageiros (Reprodução/TVGlobo)
Uma falha técnica, que fez o motor acelerar, quando devia ter a rotação reduzida, é a causa mais provável do acidente que deixou 55 feridos na segunda-feira, com um catamarã da Barcas S.A., na Baía de Guanabara. De acordo com uma denúncia recebida pelo Sindicado Nacional dos Condutores da Marinha Mercante e Afins, publicada nesta quarta-feira pelo jornal carioca O Dia, uma pane no sistema de controle da embarcação Gávea I provocou o choque contra um atracadouro desativado.Problemas técnicos acontecem. Mas, segundo o sindicato, houve outra falha grave, de decisão, que propiciou o acidente e expôs os passageiros a riscos bem maiores: a tripulação do Gávea I teria pedido a manutenção do painel de controle quando ainda estava em Niterói, mas a direção da empresa decidiu fazer isso só depois da viagem até a Praça 15, no Rio, onde seria feito o serviço. A travessia poderia ter sido feita sem os 907 passageiros a bordo, mas, para não gerar atrasos, a empresa optou por transportar quase mil pessoas em um catamarã com problemas.
Segundo o sindicato, o problema – que já se conhecia – começou a comprometer a viagem na altura do Aeroporto Santos Dumont, quando o catamarã deve ter a velocidade reduzida. Sem conseguir desacelerar, a condutora do Gávea I, comandante Núbia Gomes Batalha, tentou usar o motor da outra proa – a embarcação tem dupla proa, ou seja, atraca dos dois lados da baía sem fazer manobras. A operação não surtiu resultado e a saída foi lançar a âncora. As informações foram passadas ao sindicato por um tripulante da embarcação.
Horas depois do acidente, passageiros que estavam no Gávea I contaram ter ouvido a voz de uma mulher – provavelmente a comandante – ordenando o lançamento da âncora.
Aumento de tarifa – Em meio à investigação sobre as causas do acidente, a Barcas S.A., a Agência Reguladora de Transportes do Rio (Agetransp) estuda aumento na tarifa da travessia Rio-Niterói. O reajuste será salgado: de 2,80 reais para 4,70 – mais de 65%.
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