Itália
Segundo ela, há 'graves indícios' de culpabilidade contra comandante Schettino
Foto não datada do comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino (Reuters)
A juíza de instrução italiana que decidiu a prisão domiciliar do comandante do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira passada matando 11 pessoas até o momento, admitiu nesta quarta-feira que existem "graves indícios" de culpabilidade contra o capitão Francesco Schettino, responsável por "um desastre de proporções mundiais". A juíza Valeria Montesarchio enfatizou que o capitão se negou a voltar a bordo, apesar da ordem do comandante da Capitania, e que não há dúvidas da gravidade de suas ações.Entenda o caso
- • O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.
- • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.
- • Onze mortos foram confirmados até agora.
- • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.
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O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, em entrevista coletiva ao lado do premiê britânico, David Cameron, afirmou que a tragédia "poderia e deveria ter sido evitada". Ele garantiu que o governo italiano se esforça para "providenciar toda a assistência aos afetados" e para conter os riscos de desastre ambiental na região.
Danos - O governo da Itália afirmou nesta quarta-feira que já ocorreu "dano ambiental" na região do acidente, embora muito restrito ao fundo do mar da ilha de Giglio em consequência do naufrágio de sexta-feira. O transatlântico Costa Concordia contém em seu interior 2.380 toneladas de combustível.
À margem de seu comparecimento nesta quarta-feira no plenário da Câmara Baixa, o ministro de Meio Ambiente italiano, Corrado Clini, afirmou que existe o risco de um possível vazamento de combustível ao mar, que pode dispersar-se ao longo de toda a costa do Tirreno. "Existe já um dano ambiental, muito contido, relativo aos fundos marítimos da ilha do Giglio", afirmou Clini aos repórteres nos corredores da Câmara Baixa italiana.
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/justica-diz-que-ha-graves-indicios-de-culpabilidade-do-capitao-do-cruzeiro
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