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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

'Capitão causou desastre de proporções mundiais', diz juíza

Itália

Segundo ela, há 'graves indícios' de culpabilidade contra comandante Schettino

Foto não datada do comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino Foto não datada do comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino (Reuters)
A juíza de instrução italiana que decidiu a prisão domiciliar do comandante do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira passada matando 11 pessoas até o momento, admitiu nesta quarta-feira que existem "graves indícios" de culpabilidade contra o capitão Francesco Schettino, responsável por "um desastre de proporções mundiais". A juíza Valeria Montesarchio enfatizou que o capitão se negou a voltar a bordo, apesar da ordem do comandante da Capitania, e que não há dúvidas da gravidade de suas ações.


Entenda o caso


  1. • O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.
  2. • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.
  3. • Onze mortos foram confirmados até agora.
  4. • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.
Leia mais no Tema 'Naufrágio Costa Concordia'

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, em entrevista coletiva ao lado do premiê britânico, David Cameron, afirmou que a tragédia "poderia e deveria ter sido evitada". Ele garantiu que o governo italiano se esforça para "providenciar toda a assistência aos afetados" e para conter os riscos de desastre ambiental na região.
Danos - O governo da Itália afirmou nesta quarta-feira que já ocorreu "dano ambiental" na região do acidente, embora muito restrito ao fundo do mar da ilha de Giglio em consequência do naufrágio de sexta-feira. O transatlântico Costa Concordia contém em seu interior 2.380 toneladas de combustível.
À margem de seu comparecimento nesta quarta-feira no plenário da Câmara Baixa, o ministro de Meio Ambiente italiano, Corrado Clini, afirmou que existe o risco de um possível vazamento de combustível ao mar, que pode dispersar-se ao longo de toda a costa do Tirreno. "Existe já um dano ambiental, muito contido, relativo aos fundos marítimos da ilha do Giglio", afirmou Clini aos repórteres nos corredores da Câmara Baixa italiana.
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/justica-diz-que-ha-graves-indicios-de-culpabilidade-do-capitao-do-cruzeiro 

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