Itália
Jovem diz que se sente 'ferida' com rumores e que estava no navio 'para ajudar'
Domnica Cemortan, de 25 anos, disse sentir-se “ferida e enganada” com os rumores de sua “proximidade” com o comandante (Eduard Bizgu / AFP)
A jovem loira que jantava com o capitão do Costa Concordia pouco antes do naufrágio negou ser amante de Francesco Schettino, e disse que estava lá "para ajudar". Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Domnica Cemortan, de 25 anos, disse sentir-se "ferida e enganada" com os rumores de sua "proximidade" com o comandante após a divulgação de fotos da jovem conversando e bebendo vinho com ele na noite de sexta-feira.Entenda o caso
- • O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.
- • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.
- • Onze mortos foram confirmados até agora.
- • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.
"Não sou amante do capitão Schettino, e sabe por quê? Ele sempre mostra a todos fotos de sua filha quando era pequena. Um homem que quer uma amante não se comporta assim", falou a jovem ao jornal. Domnica havia dito na quinta-feira que fazia parte da tripulação, o que explicaria a sua presença na cabine ao lado da ponte de comando do Costa Concordia. Porém, o seu nome não consta na lista de tripulantes, nem de passageiros, o que levou as autoridades a investigarem o motivo de sua presença.
Domnica também negou que o capitão jantava com ela no momento da colisão, apesar de ter admitido na quinta-feira que havia jantado com ele. "No momento do impacto, havia alguns oficiais do navio na minha mesa, mas é mentira que o comandante estava conosco, ele passou ali antes e ficou pouco tempo, não me lembro da hora exata, mas foi pelo menos meia hora antes", disse ela.
Tradução - A jovem contou ainda ao Corriere della Sera que foi chamada à ponte de comando de Schettino para traduzir as instruções do italiano para o russo, a sua segunda língua, já que "havia tantos russos a bordo". Na verdade, dentre as mais de 4.200 pessoas a bordo apenas 108 eram russos. A maioria dos passageiros eram italianos (989), alemães (569) e franceses (462). "Eu repetia em russo o que eles diziam em italiano", afirmou.
Quando questionada sobre o motivo de sua presença no navio, a loira disse que havia acabado de deixar um emprego de hostess e resolveu tirar férias. "Quis fazer um cruzeiro com meus amigos que trabalhavam a bordo. Quais? Não digo. Comprei o bilhete na Itália, com meu dinheiro", limitou-se a dizer.
Heroísmo - Por fim, a moldávia voltou a defender Schettino, chamando-o de herói. "Schettino fez tudo que era possível", garantiu. "Além do mais, me diga o que é um herói, é aquele senhor italiano que insultava o marinheiro dizendo que ele deveria voltar a bordo? Julgar é fácil", retrucou Domnica, referindo-se ao comandante da Capitania dos Portos de Livorno, Gregorio De Falco, que ficou famoso após a divulgação de um telefonema no qual ele exige com furor que Schettino volte a bordo e comande a operação de resgate, já que o capitão deixou o navio antes de evacuar todos os passageiros.
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/nao-sou-amante-de-schettino-diz-loira-que-estava-com-capitao
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