Aconteceu!
O ministro Jobim disse que a indicação de seu assessor foi uma decisão sua, e que não teve nenhuma resistência de outras partes.
Comissão da Verdade deve avançar até o final de maio
O ministro Jobim condecora José Genoíno durante a comemoração do Dia da Vitória, que marca o fim da 2ª Guerra Mundial
Na primeira fila dos 284 agraciados com a medalha da Vitória, neste domingo (8), estava José Genoíno Neto, assessor do ministro do Estado da Defesa, Nelson Jobim, ex-guerrilheiro do Araguaia e um dos petistas envolvidos na polêmica do mensalão.
O evento no aterro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, foi a 66ª comemoração do Dia da Vitória, que marca o fim da 2ª Guerra Mundial.
Questionado se estava surpreso com a condecoração, Genoíno disse que a sua relação atual com as Forças Armadas é de tranquilidade e respeito.
- Já aconteceu tanta coisa na minha vida e com o Brasil, que o importante agora é olhar para o futuro e fortalecer a diplomacia e a defesa brasileira.
A escolha dos condecorados é feita por uma comissão do Ministério da Defesa e dos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.
- Sobre Genoíno ter sido guerrilheiro e ter ganhado a medalha mostra que estamos olhando para frente. A Comissão da Verdade é também uma das maneiras de se pensar no futuro, sem esquecer o passado. Ela não é um projeto partidário, nem de governo, mas de país para a recomposição da memória histórica.
A Comissão da Verdade tem provocado discussões entre políticos, militares e sociedade civil, pois prevê o esclarecimento de situações ocorridas durante a ditadura, mas sem nenhuma medida punitiva. De acordo com Genuíno, essa comissão deve avançar na Câmara de Deputados até o fim de maio e deve ser votada.
Seis ministros também foram agraciados com a medalha da Vitória, mas não compareceram: Antônio Palocci, da Casa Civil, José Eduardo Cardozo, da Justiça, Fernando Bezerra, da Integração Nacional, Mario Negromonte, das Cidades, Luiza Bairros, da Igualdade Racial, e Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos.
Brasil na 2ª Guerra Mundial
O escultor Octávio Pereira, 86 anos, participou do único grupo de caça brasileiro enviado para a 2ª Guerra quando tinha 19 anos. Antes de chegar à Itália, ele passou por treinamentos no Panamá e nos Estados Unidos.
- Acredito que agora as Forças Armadas estão mais preparadas. Lembro de quando a guerra acabou e ficamos eufóricos. Nosso grupo de caça deu uma pequena contribuição para a democracia.
O Brasil declarou guerra contra os países nazifascistas em 1942, mas os mais de 25 mil pracinhas só chegaram à Itália em 44. Durante o combate, a FEB (Força Expedicionária Brasileira) perdeu 467 soldados, além de oito pilotos da força aérea, e as cinzas desses heróis estão no Monumento dos Mortos, segundo a Associação Nacional dos Veteranos da FEB.
R7
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