São Paulo
Promotoria pretende ouvir na próxima semana o deputado Roque Barbiere (PTB), autor das denúncias, e a testemunha Tereza Barbosa
Deputado estadual Major Olímpio (PDT) não deu provas da prática de corrupção ao promotor do Patrimônio Público (Vidal Cavalcante/AE) Olímpio citou a maneira desigual com que as verbas para emendas são distribuída entre os deputados da base governista e os da oposição. “Se existir um mecanismo de corrupção, o governo é, no mínimo, omisso”, disse Olímpio. Ele admitiu que sua apresentação não foi marcante: "Não tenho provas, mas tenho os indícios".
“Ele não trouxe denúncias concretas”, afirmou o promotor Carlos Cardoso, que conduz o inquérito sobre o caso. Cardoso lembrou que o trabalho do MP está apenas no início. Na próxima semana devem ser ouvidas as principais testemunhas.
Uma delas é Tereza Barbosa, presidente da entidade assistencial Centro Cultural Santa Terezinha. Foi ela quem revelou que deputados negociavam emendas. Temendo represálias, ela não revelou nenhum nome até o momento. Seu depoimento deve ser agendado na segunda-feira. Por motivos de segurança, a data não deve ser divulgada pela promotoria.
O outro é deputado estadual Roque Barbiere (PTB), responsável por trazer o esquema à tona. Em entrevista, o parlamentar afirmou que 30% dos 94 parlamentares da Alesp se valiam da venda de emendas.
A promotoria também requereu documentos à Secretaria Estadual da Fazenda e à Alesp para entender o trâmite e o caminho que os recursos destinados pelas emendas percorrem para que não sejam detectados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Só assim será possível descobrir se houve crime contra a administração pública e a prática de improbidade administrativa.
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