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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Humor brasileiro reflete a nossa falta de identidade, diz historiador

Entrevista

Autor do livro As Raízes do Riso, sobre a gênese do humor no país, mostra como características culturais estão impregnadas no nosso jeito de fazer rir

Rodrigo Levino
As personagens Valéria (Rodrigo Sant'Anna) e Janete (Thalita Carauta), do quadro 'Metrô Zorra Brasil', do 'Zorra Total', da Globo. No programa, Janete sofre assédio e é encorajada pela transexual Valéria a aceitar: 'Aproveita, que você não pode escolher muito, sua estranha' As personagens Valéria (Rodrigo Sant'Anna) e Janete (Thalita Carauta), do quadro 'Metrô Zorra Brasil', do 'Zorra Total', da Globo. No programa, Janete sofre assédio e é encorajada pela transexual Valéria a aceitar: 'Aproveita, que você não pode escolher muito, sua estranha' (Renato Rocha Miranda/Divulgação/TV Globo)
Há um humor tipicamente brasileiro? Baseado em formatos importados e de história relativamente recente, o humor nacional não parece muito descolado de seus modelos estrangeiros. Mas ele tem, sim, as suas particularidades. De acordo com Elias Thomé Saliba, titular de teoria da história da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro As Raízes do Riso (editora Companhia das Letras, 366 páginas), que investiga a gênese do humor no Brasil, o cômico feito no país é impregnado da nossa cultura. Estão presentes nele duas características marcantes da sociedade brasileira: a confusão entre as esferas pública e privada e a vocação para tratar tudo de maneira emocional – ou cordial, como diria Sérgio Buarque de Hollanda. “O humor brasileiro é reflexo da nossa falta de identidade”, diz Saliba.
Vja

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