Invasão da USP
Reunião acontece na tarde desta segunda-feira. Invasores querem propostas concretas. Se não desocuparem o prédio até às 23h, PM poderá intervir
Bruno Abbud
Desordem: alunos entram e saem do prédio da reitoria da USP, ocupado desde 1º de novembro (Rahel Patrasso/Folhapress) De acordo com a reitoria, a reunião foi agendada a pedido dos invasores. Depois de uma audiência de conciliação ocorrida no último sábado, 5, a Justiça determinou que os manifestantes deixassem o prédio até às 23 horas desta segunda-feira. Caso contrário, poderão ser retirados à força pela Polícia Militar.
Segundo Magno de Carvalho, a comissão formada pelos manifestantes pretende ouvir propostas concretas na reunião de hoje. "Queremos propostas concretas, principalmente sobre a retirada dos processos administrativos", disse Carvalho, referindo-se aos processos contra alunos e funcionários envolvidos em manifestações anteriores. Segundo ele, que responde a pelo menos três, por formação de piquetes, a assembleia dos estudantes, marcada para a próxima quarta-feira, só poderá ser antecipada se a reitoria emitir novas propostas. "A possibilidade de assembleia depende do que a reitoria pretende fazer concretamente", avisou.
Magno informou que, nesta manhã, por volta das 10h30, conversou por telefone com o professor Wanderley Messias. "Eu disse para ele colocar as propostas no papel", afirmou. "Ele não garantiu nada, mas disse que ia conversar com os outros membros da reitoria para saber o que poderá nos dizer na reunião das 14h30".
Histórico ─ O prédio da reitoria da faculdade foi invadido por estudantes inconformados com a derrota na assembleia realizada na noite de terça-feira, dia 1º, que decidiu – por 559 a 458 votos – pela desocupação do edifício da administração da FFLCH. A ocupação da FFLCH ocorrera na madrugada de sexta-feira, 28 de outubro, depois que três estudantes de geografia foram flagrados por policiais militares fumando maconha dentro do campus. Os invasores pedem o fim do convênio entre a PM e a USP – firmado em setembro deste ano, que passou a permitir a atuação de policiais dentro da Cidade Universitária – e a extinção de processos internos contra funcionários e estudantes.
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