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Governador e parlamentares lembram que apoiaram a presidente nas últimas eleições para tentar barrar proposta do senador Vital do Rêgo. Prefeitos prometem levar 10 mil pessoas ao centro do Rio para protestar contra mudança na distribuição de recursos
Rafael Lemos
O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) no encontro que planejou a manifestação da próxima quinta-feira, no centro do Rio: plano é cobrar veto de Dilma (Shana Reis/Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro) "A presidente Dilma foi acolhida com amor pelo povo do Rio. Eu me dediquei a ela no primeiro e no segundo turnos", lembrou Cabral
"A presidente Dilma foi acolhida com amor pelo povo do Rio. Eu me dediquei a ela no primeiro e no segundo turnos", lembrou Cabral, durante a reunião preparatória para a manifestação Contra a Injustiça - Em Defesa do Rio, no Palácio Guanabara, com a presença dos presidentes da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Justiça, parlamentares, prefeitos e representantes de entidades da sociedade civil.
O vice-governador Luiz Fernando Pezão destacou a expressiva votação que a presidente obteve no Rio. "A maioria de nós aqui foi para as ruas apoiá-la. Ela foi eleita com quase 70% dos nossos votos", afirmou Pezão, engrossando o coro que ainda contou com os senadores Lindbergh Farias (PT), Marcelo Crivella (PRB) e Francisco Dornelles (PP).
Dornelles exigiu postura mais firme de Dilma, argumentando que é papel dela evitar uma guerra entre os estados. "Essa é a maior agressão ao estado de direito que o Brasil já conheceu em toda a sua história. Faço um apêlo à presidente Dilma porque ela tem a responsabilidade de evitar o início de um conflito federativo. Ela não pode delegar essa decisão a ministros que não têm sensibilidade política para considerar os impactos sociais da medida", disse o senador, que acrescentou na saída: "Ela não pode colocar nas mãos, por exemplo, do ministro (Edison) Lobão, que é ligado ao Sarney e ao Nordeste. Precisamos de alguém com uma visão neutra".
Veto não é solução - O veto de Dilma, no entanto, está longe de ser a solução para a questão dos royalties na opinião do ex-governador do Rio e atual deputado federal Anthony Garotinho (PR). "Apostar todas as fichas no veto da presidente pode significar a nossa derrota", alerta.
Garotinho lembra que, mesmo que o veto saia, ele provavelmente será derrubado pelo Congresso, onde os estados produtores estão em desvantagem numérica. O caminho, então, seria promover uma mudança no texto do projeto, através de um substitutivo na comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar o caso.
Ainda assim, o apoio de Dilma seria importante. "Ela pode pedir ao Congresso que retire o caráter de emergência do projeto. Assim, teremos mais tempo para mudar o texto", justifica Garotinho.
Manifestação - Segundo o governador Sergio Cabral, o Metro Rio e a anFetranspor vão disponibilizar transporte gratuito para a manifestação, cuja concentração está marcada para as 15h do próximo dia 10, na Praça da Candelária, no Centro. Os municípios produtores prometem lotar o evento, com 10 mil pessoas trazidas em 200 ônibus.
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