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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dilma sobre Alckmin: "Divergências acabam após eleições"

São Paulo

Em cerimônia que reuniu integrantes do PT e do PSDB no Palácio dos Bandeirantes, presidente promete construir 100 mil moradias populares

Cida Alves
Dilma Rousseff: "Políticas de governo devem estar acima das diferenças partidárias, de crença política, religiosa e das opções futebolísticas" Dilma Rousseff: "Políticas de governo devem estar acima das diferenças partidárias, de crença política, religiosa e das opções futebolísticas" (Ichiro Guerra/PR)
Com um discurso apaziguador, a presidente Dilma Rousseff anunciou, ao lado do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, uma parceria para a construção de 100.000 casas populares em 106 municípios paulistas até 2015. Os imóveis serão destinados a pessoas com renda familiar mensal de até 1.600 reais e terão prioridade moradores de áreas de risco, como favelas e beira de mananciais, além daqueles que vivem em áreas rurais.
Em sua fala durante o evento, Dilma disse que há uma "parceria estratégica" entre os governos estadual e federal e afirmou que as políticas de governo devem estar acima das "diferenças partidárias, de crença política, religiosa e das opções futebolísticas". "Temos nossas divergências em período eleitoral, mas elas acabam quando terminam as eleições".
A promessa inicial era erguer 97.000 imóveis por meio do programa Minha Casa, Minha Vida e da Agência Casa Paulista. Porém, durante a cerimônia que reuniu representantes dos dois partidos historicamente rivais, a presidente anunciou que seriam 100.000 imóveis e disse que o governo federal arcará com a construção das outras 3.000 casas.
A presidente anunciou também que o governo está analisando a possibilidade de ampliar em mais 400.000 unidades a meta de construção de moradias populares na segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida, atualmente em 2 milhões de unidades. A decisão, informou Dilma, sairá até junho deste ano
Teto - Segundo o governo, serão beneficiadas, prioritariamente, quatro regiões metropolitanas de São Paulo: capital, Baixada Santista, Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte. Segundo o governo estadual, nestas cidades se concentra 70% do déficit habitacional do estado. No total, serão investidos 8 bilhões de reais, sendo 6,1 bilhões do governo federal e 1,9 bilhão do governo estadual.
O estado de São Paulo vai complementar com 20.000 reais o teto para financiamento de moradias construídas em São Paulo, que hoje é de 65.000 reais, custo máximo da unidade no programa federal. As famílias selecionadas pagarão o imóvel em 120 prestações, com valor limitado em 10% da renda. O valor mínimo da prestação será de 50 reais.
"Além do benefício para as famílias, essa parceria vai gerar mais de 300.000 empregos diretos e indiretos na construção civil", disse o governador Geraldo Alckmin. O governador enumerou parcerias entre o seu governo e o de Dilma, e disse que esse tipo de parceria são "alicerces que ficarão de pé em meio a qualquer intempérie". "Estamos juntos", concluiu.
Temas delicados - Na cerimônia, Dilma não citou nenhum dos temas delicados que têm pautado a semana, como a tragédia das chuvas na Região Sudeste, as denúncias de favorecimento por parte do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e a operação na Cracolândia. No final da solenidade, que também teve a presença do prefeito Gilberto Kassab, nem Dilma nem Alckmin falaram com a imprensa. Segundo a assessoria da presidente, nesta tarde ela deve despachar do escritório da Presidência na Avenida Paulista. Dilma pega o avião de volta para Brasília às 16h30.
Não foi confirmado se Dilma encontrará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nesta manhã veio à capital para fazer mais uma seção de radioterapia no Hospital Sírio-Libanês. Ele deixou o hospital por volta das 13 horas.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/dilma-sobre-alckmin-divergencias-acabam-apos-eleicoes
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