Você é muito bem-vindo aqui!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Quero o Exército na rua, mas para outra coisa

Reinaldo Azevedo em:10/08/2006
às 17:21
O candidato tucano Geraldo Alckmin fez muito bem em atacar o lado vivandeira de Luiz Ignorácio Lula da Silva. E o fez nos termos corretos: Exército serve para manobras militares, não para manobras políticas. E deixo claro uma coisa: eu acho que as Forças Armadas devem, sim, ser usadas no combate ao narcotráfico e ao contrabando de armas. E não só nas fronteiras. Há muito tempo é preciso arriar a bandeira do narcotráfico na periferia de São Paulo, nos morros do Rio e nos presídios do país inteiro. Em seu lugar, hastear a Bandeira Nacional. O tráfico quer território. E o Estado brasileiro o está cedendo. Mas não é com a chicana lulo-bastista (de Márcio Contumaz Bastos) que se faz isso. É preciso haver um plano, estabelecer metas, prazos, estratégia, tática, como em qualquer guerra. Não pode é o governo federal contingenciar a verba da segurança no limite da indigência e depois oferecer suas saídas milagrosas. As Forças Amadas poderiam, sim, há muito tempo estar em atuação nas áreas que foram roubadas ao Estado de Direito. Sabem para quê? Dentre outras coisas, para libertar a população civil que é refém. Os ataques do PCC em São Paulo precisam é de ações de inteligência. Chegam a 150, concentrados em menos de 20 cidades. Podem acontecer em qualquer lugar. Não é possível pôr tropas nos 5.600 municípios brasileiros. Reitero: a mais eficiente segurança interna do mundo, a de Israel, não consegue impedir de todo os ataques terroristas. E Israel é do tamanho de Sergipe, o menor Estado brasileiro. Pensem na extensão das nossas áreas urbanas. Essa história de que o Exército poria fim ao terrorismo do PCC deriva de ignorância ou de má fé. Sua utilidade seria outra.
Por Reinaldo Azevedo
VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário